Dúvidas Existênciais de um Peixe Frito (8)
Porque será que as pessoas gesticulam quando estão ao telefone?
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Porque será que as pessoas gesticulam quando estão ao telefone?
...é que assim fico mais bem conservada.
...deviam de mudar de significado: pelo comportamento de muitos dos condutores nas nossas estradas, deviam era de serem chamados de "bébé ao volante".
A minha árvore de Natal este ano, vai ser decorada com restos de papel de escritório: Amachucados a fazerem de bolas; papel da trituradora para fazer de "chuva"; e rolos de cotão a fazerem de neve.
...do Outono. Está um frio de rachar (que ainda agora começou) e uma ventania tão potente, que não me admirava nada de ver uma vaca a voar.
Qual a minha surpresa, que neste fim-de-semana fui às compras, e já vi montes de lojas cheias de artigos natalícios. Será que esta gente anda "trocada"? Ainda nem sequer chegámos ao fim de Outubro!
Mas uma coisa é verdade: é preferível começar agora a comprar os efeites natalícios, porque o tuga sendo como é, vai deixar tudo para a última da hora, e depois é uma enchente de gente que nem se pode.
Norma geral, gosto de todas as estações do ano. Mas há uma que me faz especialmente "comichão": O Outono. E porquê? Pois bem, nem indo mais longe, começo logo com as minhas alergias da treta (que passo bastante bem sem elas), e porque tenho de começar em pensar usar chapéu de chuva.
Os centros comerciais, começam a estar especialmente apinhados de gente, e os artigos a estarem esgotados, o que é verdadeiramente enervante.
Outra coisa que me faz diferença no Outono, é a mudança da hora. Posso afirmar, que prefiro o horário de Inverno (somente porque durmo "mais" uma hora, porque de resto prefiro o de Verão). Ando sempre com as horas trocadas. É desesperante termos a sensação que já está na hora de "dar o pinote", e quando vemos, ainda falta uma hora.
Totalmente desmoralizante. Sem falar em sair de noite de casa, e chegar a casa de noite.
Qualquer dia, estou como os países nórdicos: Com uma luz artificial, a fazer de sol.
...lá no trabalho, que passa a vida a puxar a nhanha. É de tal manheira sonoro, que parece que vai cuspir um alien.
O meu local de trabalho parece a Twilight Zone.
Comprar revistas de culinária, todas as semanas se for preciso, e contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que lhes deram uso.
... estamos aflitinhos para ir à casa-de-banho, no trabalho, e está um aroma que parece que há lá um defunto? É tramado... Com a frequência que isto acontece, qualquer dia posso concorrer a aquelas competições de apneia. Pelo menos a medalinha de prata, consigo arrecadar! (Cada vez que isto acontece, começo a olhar para as minhas colegas com desconfiança... )
Mas o pior disto tudo, (o pior pior não vou dizer, já basta estar a postar um post com esta fina qualidade) é quando passamos no corredor, e a porta da casa-de-banho está aberta (até que quase dá para ver um fuminho verde nauseabundo, a sair da porta - ok ok, eu tenho a imaginação fértil).
E é na casa-de-banho das senhoras...
Nota mental: Pedir na carta ao Pai Natal, uma máscara anti armas químicas.
... é ir a Alicante e não encontrar "torrões de Alicante".
Ir ao café, que fica a 300 metros, e levar o carro.
Pintarem as unhas e depois andarem a pegar nas coisas pelas pontas, com os dedos indicadores, só para não esborratarem o verniz.
Estarem de dieta e fartarem-se de comer doces e bolos, às escondidas, e ficarem surpreendidas quando se pesam na balança e vêm que estão mais gordas:
"Oh.. Como pode ser? Eu até nem tenho comido nada que faz engordar..."
Preferir comer bolachas insípidas às normais, só porque não têm açúcar adicionado, nem colesterol, mesmo aquilo sabendo a palha.
Lêr as propriedades de um produto alimentar, antes de comprar, para ver se este não engorda.
...não tarda e estamos a ouvir aquelas músiquinhas irritantes, enquanto estamos às compras, a gramar com os anúncios do novo Action Man e da Barbie, e a cortar pinheiros nas florestas (nesta altura não faz mal, é Natal ), tudo por causa do espírito natalício.
Tenho de começar a pensar no que vou pedir na minha carta ao Pai Natal.
Ao que parece, agora anda na moda os anúncios dos produtos "naturais" para a falta de memória. Mas quem diz que os tugas os querem tomar? Quem quer ter memória para se lembrar de:
- O quanto a vida está cara, em termos de habitação e bens de primeira necessidade;
- Apesar do barril do petróleo estar mais "barato", as petrolíferas ateimarem em não baixar (pelo menos significativamente) o valor dos combustíveis;
- Como está difícil em arranjar (ou manter) emprego;
- Que os nossos chefes são uma granda chaga;
Resumindo, lembrar-nos que estamos a atravessar uma crise maior do que o iceberg que afundou o Titanic?
Por si só, já somos um povo com o fado na alma, quanto mais a tomar produtos para a memória. Ainda ficávamos mais deprimidos.
Não deviam era de inventar um produto "natural", que nos fizesse perder, convenientemente, a memória?
No pé em que está esta crise, nem o Pai Natal vai poder dar prendas.
Com este andar da crise, para emagrecer já não é preciso ir ao ginásio. Basta-nos ir ao supermercado fazer as compras do mês e ver a conta no final.