Que génio pá!
- Isto aqui aparece verde e está verde porqueee... Deixem lá veeer... (pausa) Porque é verde.
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- Isto aqui aparece verde e está verde porqueee... Deixem lá veeer... (pausa) Porque é verde.
Vir pedir-me moedas, quando eu estou a estacionar num sítio onde há taxa de estacionamento e das mais caras.
Deve de achar que as moedas nascem nas árvores.
E ainda me diz:
- Olhe, atenção com as horas que a partir das sete não paga!
E se se fosse lixar, não?
Se há coisa que detesto, é estar a manobrar o Peixmóbil e, como por artes mágicas, aparecer um arrumador na traseira, a dizer-me como o fazer. Ontem, por pouco, não embiquei mais a menina para cima dele porque não calhou. Ia mesmo ficando bem passado.
Raios partam.
Ironia da vida, hoje não vou poder dizer juras de amor aos nossos jogadores da selecção nacional. Vou sofrer à distância e por meio de sms. Assim não há direito. Não vou poder mimar com nomes fofinhos e mimosos o Ronaldo quando ele chutar e a bola bater na trave da baliza, nem acarinhar o adversário quando nos fazem falta à descarada.
Lá dizem que o que os olhos não vêem, o coração não sente. Mas não é bem assim. Como eu queria poder torcer pela nossa selecção, por a mão ao peito e cantar o nosso hino nacional.
Não ligo muito a futebol, aliás, o pai Adamastor costumava perguntar:
- Peixa, filha, és de que clube?
E eu, na minha santa ingenuidade, respondia:
- Da selecção nacional, pai!!
Pois é... Pequenita e já era assim... peculiar! :)
Ao menos poupo as unhas, o fígado, o estômago e o coração.
Mas ai meu deus, não respondo por mim se ganharmos o jogo.
Pelo sim, pelo não... E claro, não querendo intimidar o adversário, nããããão temos de ser bons desportistas, mas que tal o pessoal no estádio se vestir de padeiro e ter na mão uma pá de padeiro...? Hum...? Assim só porque, coiso e tal.
Uma adenda às gajas:
Quando vão à casa-de-banho e têm um vestido, ou uma saia ou calções ou o que seja, aconselho-vos a terem cuidado com as vossas cuecas. E porquê? Pois bem, porque às vezes acontecem coisas meio inesperadas, as quais nós não costumamos ligar, mas que efectivamente acontecem. Provavelmente a maioria do gajedo nunca reparou nesta situação... Excluindo aqui a je, pois está claro. Sabem a que me refiro? Não queiram sair da casa-de-banho, com a marca dos elásticos do cuecal, nos tornozelos ou em outro sítio das pernas. Ah pois é. Posso garantir que não é bonito e que aquelas porras de marcas custam a desaparecer. Quer-se dizer, vai uma gaja à casa-de-banho, contribuir para o aumento do nível das águas e, por muito que queira disfarçar que não adormeceu na poltrona ou que acabou de sair da casa-de-banho, aqueles míseros e fatídicos vergões, denunciam logo de onde uma pessoa vêm.
Por via das dúvidas, usem sempre lingerie com elásticos fashion, torcidinhos, com rendinhas e mais não-sei-quê, porque se isso vos acontecer, e se se cruzarem com alguém no corredor, sempre podem dizer que é um género de tatuagem, só com relevos, que agora usa-se muito.
O colega é que mete o dinheiro na máquina do café, pronto a oferecer-lhe o café né, de vez em quando o pessoal é um porreiraço e oferece café aos colegas, sair troco e o cromo a quem o café foi oferecido, é que tira o troco e o guarda no bolso.
É de se observar o cromedo que por aí habita as nossas terras lusitanas, que coloca as moedinhas bem contadinhas e certinhas na máquina do café, com o intuito de tirar um obviamente, e ainda vai verificar se a máquina deu troco.
Estava eu a lambuzar-me a comer cerejas, toda contente, que nem um passarito a esponjar-se numa poça de água, num dia de calor. O pai Adamastor olha para mim, e após breves momentos de me observar a traçar as cerejas a alta velocidade, diz-me, com o seu ar sábio e voz grave:
- Peixa filha... Nunca abras as cerejas!
- Hein?
- Nunca abras as cerejas filha, senao já não as comes.
- Oh por favor, não me venhas com a conversa dos carneiros.
- Sim sim, algumas estão cheias de carneiros.
- Bah pai, vê-se por fora que estão bichadas.
- Ai é que te enganas filha... Há umas que o bicho vêm de dentro.
Silêncio. Comi uma cereja muito timidamente a pensar no que o pai Adamastor tinha acabado de me dizer. Perante a minha cara de «Fosga-se, estava a comer tão bem sossegada...», o pai Adamastor continuou:
- Ah mas eu não percebo o problema das pessoas com os carneiros da fruta. Aquilo é que é saudável, sem químicos nem nada. Só comem fruta! Mais saudável do que aquilo, é difícil!
Raios partam, parecia mesmo eu, quer no sentido de oportunidade a dizer as coisas nas melhores alturas, quer no discurso.
Lá diz o outro: Quem sai aos seus, não é de Genebra.
Ah...! E continuei a comer cerejas. Que se lixem os carneiros.
Abrir a tampinha do iogurte liquído e espirrar-me com o dito.
Pelo menos sempre fico a cheirar a morango e com um padrão artístico na roupa.
Hoje passei por uma viatura de uma escola de condução. O que me chamou a atenção não foi o facto do carro estar forradinho forradinho a publicidade à dita escola - nem um espacinho têm para se coçar, que abuso. A sorte é que os vidros não estão forrados, porque senão encontrar as portas naquele carro era uma maravilha - mas sim a marca do carro... Invés de um Hyundaizito ou um Opelzito Corsita ou um Peugeotzito - viatura com a qual eu própria aprendi a desviar-me dos peões e a tentar manter a viatura numa coisa a que o instrutor chamava faixa de rodagem sem andar a brincar aos carrinhos de choque com os outros condutores, o que, para mim, era emocionante - a viatura em causa era um merozinho, assim uma coisita rasca como um... Mercedes dos mais recentes.
Das duas uma: Ou os proprietários da escola de condução têm o cérebro dormente e esqueceram-se qual o propósito de uma escola de condução ou não têm mesmo é amor ao dinheiro, porra. Meu rico carro. Até me doeu a alma. Quase tanto como quando vejo o Humberto Bernardo! - Sim, muito grave.
Bem pensadas as coisas, já entendi o porquê do carro estar todo forrado a publicidade: com aquelas camadas de vinil, os riscos, mossas e isso, o carro praticamente não fica lesado, e no caso de batida, as peças mantêm-se todas coladinhas no respectivo sítio.
Ou então ainda, estes proprietários têm uma visão de negócio muito peculiar: É somente para gente de bem. Sim, qual o interesse de uma tiá benzóca aprender a conduzir - daquelas pobres que não têm motorista - num Opel Corsa ou num Peogeot, se a probabilidade de os conduzirem é reduzidíssima ao quadrado? - ainda ficam traumatizadas por conduzirem um desses veículos invés de um de mais performance e estilo, como um BMW ou um Audi ou um Mercedes.
- Ai córrore Pureza, passei por uma situação tão mas tão traumatizante..! - diz a tiá benzóca a fazer um gesto de afastar o seu cabelo da cara.
- Que se passou, Bibázinha?
- Ai, meu deus... Então não fui forçada a entrar num Opel Corsá? E a conduzi-lo? Ai nem estou em mim.
- Oh... Realmente minha queridá, que crueldade!
É um facto, os sensores de estacionamento devem de ser um espectáculo para as manobras.
Comentar com um colega que tenho de ir abastecer o Peixmóbil, e em conjunto com um ar pacífico típico da criatura em questão, na sua maior naturalidade diz-me:
- Então, mas o preço do gasóleo voltou a descer, foi?
- ...
Se eu tivesse à espera que o preço do combustível baixasse para ir abastecer o Peixmóbil, passava a maioria do tempo ou à boleia ou com alguém a empurrar a minha viatura, isso era certinho.
Se bem que andar a empurrar a viatura em pleno trânsito em plena Lisboa, iria ser interessante. Ou então andar a empurrá-la na IC19, ai então é que era, principalmente nas subidas!
- Aquele gajo pá, ó Peixa, agora quando for comprar um chapéu para o verão, sabes, têm de ir a uma empresa de toldos, que num pronto-a-vestir não há chapéus para ele.
No outro dia foi um pardal, que decidiu armar-se em kamikaze mesmo a meu lado, hoje... não, não foi uma ave. Ia levando com uma libélula não na tola, mas nas pernas. Consegui desviar-me e a bicharoca que me parecia um boing, "aterrou" a meus pés.
Que disse eu?
- Fosga-se, mas isto é mesmo a sério??
Pois é... Era linda. Um azul fantástico. Cheguei mais perto, e lá a bicha se virou e levantou voo, a rasar novamente em mim - para aprender a não ir ver mais de perto criaturas aladas a nadarem de costas à minha frente.
Que sinal me está a enviar o Universo? Juro que tenho tomado banho todos os dias e tenho lavado bem atrás das orelhas!!
Após uma desgastante e persuasiva pesquisa de mercado, onde algumas pessoas tiveram de fugir como se não houvesse amanhã e outras viram que não tinham outro remédio senão contribuir, na vã esperança que eu desaparecesse, cheguei à conclusão do impacto que uma bigodaça, farfalhuda a parecer um piaçaba ou enroladinho que nem um caracol de pastelaria, pode ter numa pessoa, ou nas pessoas que co-habitam com essa dita pessoa bigodal.
Não me refiro ao dito bigode e aos inúmeros devaneios que o mesmo possa causar:
- Jaquim, é preciso tirar aquela teia de aranha ali do canto, será que podes tratar disso? É que não chego lá...
- Ó Maria, é já a seguir!
Ou noutros casos:
- Ó Manel, corta-me lá esse bigode, que mais parece que ficaste com o espanador colado à cara!
Ou ainda:
- Olha olha... Que se passa na tua cara pá?
- Como assim??
- Tens aí um bicho morto!!
Ou até mesmo:
- Que rico almocinho hoje, hein?
- Então... como sabes tu que almocei eu hoje?
- Oh... Óbvio! Tens um pedaço de costeleta de vitela armazenada no bigode. E foi com batatinhas a acompanhar, sim senhor, muito bem!
Refiro-me especificamente à ausência do mesmo. O quê?? Dizem vocês. Pois bem, meus caros. Pior do que um bigode capaz de fazer de lianas para o Tarzan ou de chicote para o Indiana Jones, é mesmo estarmos habituados a ver uma pessoa de bigode, durante tempos e tempos, e depois dar-mos de caras com a mesma pessoa, mas sem bigode, e termos uma reacção estranha. Nem é o não reconhecermos a pessoa. O mal é quando nos dá um ataque de riso parvo.... Como é o meu caso.
O pai Adamastor usou bigodaça durante muitos anos. Aliás, era eu uma tenra alevim e o pai Adamastor usava a sua bigodaça preta com orgulho (hoje em dia, se a deixasse crescer, era mais a arraçar o zebra, preta com riscas brancas) até ao dia em que se lembrou de mudar de visual. Ainda hoje me lembro do que senti quando o vi, o espanto porque sempre o tinha conhecido de bigode, e a crise de riso que se sucedeu após o dito, que perdurou uns tempos. Para terem noção, ainda hoje esse momento é recordado, com umas risotas a acompanhar, tal foi o impacto que essa mudança teve no aquário.
Tão mau quanto a risota trocista, é o facto de não conseguirmos despegar os olhos da pessoa e pensar: «Possas, afinal aquela pessoa sempre tinha lábios e boca, não era só queixo.» Sim, em muitos casos, parece mesmo que o bigode têm vida própria e fala e tudo.
E há outros, que metem verdadeiramente medo. Parece que nos vão agarrar, parecem bracinhos a esticarem-se quando passamos e que vão enrolar-nos nele que nem uma aranha faz com a teia. Imagino a quantidade de laca que alguns senhores gastam, quantos arames e quiçá que outras estruturas de fixação existem por debaixo do que aparentemente é um simples bigode. Nunca se sabe.
Medo. Tenham muito medo.
Pois é. Nada como ir tirar um belo café para acompanhar umas fantásticas bolachinhas, apanhar o pouco solinho que às vezes as nuvens nos dão a abébia de ter, ir deixando cair uma bolacha e entornar o café mesmo por cima de nós. O que vale é que lá se conseguiu disfarçar as nódoas na camisa e tira-se o colete e a coisa compõe-se.
Finalmente, vamos para o solito tímido, que se esconde por detrás das nuvens com o rabo carregadinho de chuva. Suspiro. Ahhh... solinho bom... assim até seca a camisa e tudo.
«Bonk - Ponk», oiço eu mesmo a meu lado. «Fosga-se quem é o engraçadinho que me viu aqui a apanhar sol e me anda a atirar coisas da janela, a meter-se comigo?». Olho para cima, naturalmente para baixo e vejo um pássaro, um pardalito para ser mais específica, caído em cima do capot do carro a meu lado. Vejo a vida, a luz a apagar-se dos seus olhos. Morreu.
Resumindo:
- Ia levando com o bicho no alto da minha pinha e, além de ficar com o trauma do pássaro morrer embatendo contra a minha magnífica tola, ainda ia ficar novamente cheia de café entornado em cima de mim e não ia roer nenhuma bolacha, na certa.
- Pelo sim, pelo não, é melhor deixar de beber café a meio da manhã, dadas as evidências, porque se cada vez que beber café e o entornar em cima de mim, significar que vai morrer um pardalito daí a minutos, a espécie extingue-se.
- Quem gosta de passarinhos fritos, pode ir ali buscar o espécime que é fresquinho fresquinho, não levou chumbinhos nem nada, sou testemunha, é só depenar, arranjar, meter em vinha de alhos e preparar as coisinhas para fritar o bichaninho.
Só a mim. Nem posso beber um café e roer umas bolachas descansada.
Uma gaja anda a telefonar, a pedir pastilhas aos colegas. Telefonou para um colega homem, que era quem lhe parecia que era capaz de ter umas para fornecer. Não... Não tinha pastilhas. O mesmo colega perguntou ao resto dos colegas do gabinete, também homens, que lhe responderam que não tinham. Pronto... a gaja não vai pastilhar. Minutos mais tarde, a gaja recebe um telefonema de volta, do colega, a dizer que já tinha pastilhas para ela. Lá foi ela lampeira buscar uma pastilhita.
Diz-lhe o colega:
- Peixa, ninguém tinha pastilhas, quando eu perguntei. Responderam-me todos que não. Desliguei o telefone. Mas mal eu disse que era para a Peixa, houve logo um que disse que tinha e foi buscar à mochila. Quer-se dizer, um gajo pede, não há. Se é para uma gaja, há logo!
Diz um outro colega, que por acaso é na secretária ao lado do outro, a juntar-se à festa:
- E eu? Que estou farto de pedir pastilhas??
Pois é, meus caros. Gaja é gaja e não há discussão possível.
Estar a por ambientador e, só por acaso, andar lá na área uma mosca. Assim, à minha volta ou puro e simplesmente, a fazer reconhecimento de terreno. É fatal como o destino e certo como a morte, que andarei a tentar acertar na mosca com uma bela sprayzada de ambientador.
O pior é depois... o tufaço que fica na divisão, tudo por causa de uma singela e fofuxa mosca, que andava a laurear a pevide nas redondezas.
Numa reunião familiar:
- Oh Peixa, és tu. Pensei que era gente que aí vinha!
Não há nada melhor que sermos acarinhados pela família, que não nos vê há anos, com palavras tão ternurentas e fofinhas.
Uma discussão entre colegas, sobre uns mega hits musicais, do tempo dos ninossáuros:
- Havia um tipo que eu já não me lembro como se chama, que cantava o "Tcham!" "Segure o tcham, amarre o tcham, segure o tcham tacham tcham tacham tcham!!" Incrível como eu ainda me lembro dessas parolices. Se for preciso, daquilo que tenho de me lembrar, esquece lá isso eheh - diz aqui a Peixa.
- Hum... Eu desse gajo não me lembro, embora a música não me seja estranha.
- Ih pá, e o Netinho??
- Grande sucesso na altura, sem dúvida.
- Ah, esse era aquele que tinha o crocodilo? - diz uma outra alminha.
- Crocodilo?
- Sim, o crocodilo! - responde-me a imitar o gesto de um crocodilo a abrir e fechar a boca.
- Nãooo... Esse era o Iran Costa, e não era um crocodilo, era o bicho pá!
- Ahhh...
- Fosga-se... Mas em que mundo vives tu?? ()
-
Perguntar a alguém, se quando tocava umas músicas numa banda, se tocavam o bicho*.
* "É o bicho", de Iran Costa.