É pena é não existir um sem Humberto Bernardo... Ou Miguel Dias... Ou sem aquele colega chato que vêm pedir alterações ou entregar novo trabalho mesmo quando estou a pegar nas chaves para me ir embora -.-
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É pena é não existir um sem Humberto Bernardo... Ou Miguel Dias... Ou sem aquele colega chato que vêm pedir alterações ou entregar novo trabalho mesmo quando estou a pegar nas chaves para me ir embora -.-
Lá vou eu na minha vida, pacata e serena, e oiço o alarme de um carro a tocar. E a tocar. E a tocar. E a tocar. Passo pela gasolineira, e qual o meu espanto, que observo um gajo, na maior das descontracções a abastecer o seu veículo, grande pose a segurar na mangueira - hey, sei que esta junção não soou bem, mas não sejam pervertidos :) - e mão na cintura, com o dito veículo com os quatro piscas ligados e... o alarme do carro a tocar.
Ora, digam-me lá se não é de cromo. Ok, poderia ter algum problema da junta (junta tudo e deita fora), mas admira-me a descontracção, paz de alma daquele ser a abastecer o carro que estava constantemente a apitar e com os piscas de emergência accionados, em plena gasolineira com bastantes pessoas a abastecerem e tudo a olhar para ele de esguelha, assim como quem não quer a coisa.
Fantástico melga. Quando crescer, também quero ser assim.
Ultimamente, ando a deparar-me com cada cromedo nas gasolineiras, que quase me dá um chilique de arrepios-de-vergonha-alheia.
Ver uma criatura a entrar em sentido contrário num posto de abastecimento de combustível, ter o dito carro ao contrário nas bombas, tentar abastecer, ir á loja falar com a senhora, e observar esta muito calmamente - devo tirar-lhe o chapéu - a explicar à criatura que para abastecer têm de ter a viatura no outro sentido, pois estava em sentido contrário.
Foi de bradar aos céus a cara de admiração da dita criatura, quando a moça lhe disse que o carro estava mal colocado.
Eu também fiquei admirada... Com tantos sinais verticais e de chão de sentido proibido, como é que aquele ser não viu nenhum.
- Eu quero um churro de leite de ovos*!
GOD que isto dá para tantas piadas bonitas e fofinhas...
*A criatura imaculada queria dizer ou creme de ovos ou doce de leite.
A cozinheira no refeitório faz tanto mas tanto mas tanto chinfrim com os tachos e as panelas que, ou está a praticar bateria ou está a treinar para fazer parte do pessoal dos Stomp.
Aos menos que fosse um pouco mais melodiosa, que vão para ali uns "acordes" assim meio para o coiso, a porem o cabelo do pessoal de pé e a afastar a bicheza para bem longe - com um pouco de sorte também afasta as moscas e as melgas.
De certeza que quem lhe disse que ela tinha jeito para a coisa, foi a mãe dela. Não sei. Cheira-me.
Não há nada como começar o dia, a pensar que é sexta-feira e a mandar desalmadamente aquela mosca que me anda a zumbir aos ouvidos há dois dias, para o jardim das tabuletas.
Que doçura de criatura que eu saí, realmente. É espremer e só sai mel... Até enjoa de tanta doçura.
Mas porquê, que cada vez que vejo uma teia de aranha com a dita aranha incluída, tenho sempre que lá ir espetar as escamas ou lá tocar com o que seja, só para ver a aranha a correr desenfreadamente para "caçar" a sua presa?
Há uns tempos, ia mesmo sendo filada por uma aranha... Espetei a minha escama na teia e pimbas, a aranha arranca a rasgar pano cá com uma velocidade, e não me apanhou a escama por instantes - amadora. Isto de eu andar a enfiar escamas nas teias já é um ritual de há anos. Já é muito tempo a virar frangos, Carlota! Ainda tens de papar muitas melguinhas, mosquecas e afins... get it?
Mas sabem, eu compreendo-a. Nas redondezas, estavam uma carrada de teias de aranha - mais parecia as teias de aranha que figuravam nos filmes do Indiana Jones, mas das verdadeiras, não das de Halloween como eu também penduro no aquário - e como é natural, a concorrência é renhida. Dei-me ao trabalho de contar, e eram cerca de... 25 aranhas. Desde o aranhao de 70 mm de pata a pata, à aranhita-ita-ita que nem a fita métrica consegue medir o tamanho daquilo.
Enfim. É a vida. Para meu deleite, tive muitas teias para espetar as escamas naquele dia. As aranhas é que não me acham lá muita piadinha. Vá-se lá compreender e saber porquê.
Acabar de almoçar e já estar a pensar que vai fazer para o jantar.
No outro dia, assisti a um feito fantástico. Estava eu descansada da minha vida e observo um pássaro a andar, descontraídamente, na rua. Bica aqui, bica ali, esgravata, escarafuncha, coça-se... Rica vida. Eis que, o raio do pássaro que não deve de saber para que servem as asas, decidiu atravessar a estrada. De que me lembrei eu...? Ora pois aí está...
- Ei...! Ó montinho de penas com patinhas, porque vais atravessar a estrada?
Silêncio. Pois é... O passarito que estava a fazer o seu jogging matinal não me repondeu e, pior ainda, borrifou-se para mim de alto a baixo.
Não há direito. Custava muito responder-me? Niguém sabe porque a galinha atravessou a estrada, mas lá no fundo eu tinha esperança que este passarito caminhante me respondesse a essa dúvida existêncial, que martela constantemente e profundamente a minha alma.