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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Há temas sensíveis. E este sem dúvida é um deles.

frito e escorrido por Peixe Frito, 30.04.18

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É considerável a quantidade de pessoas as quais já choquei, quando me perguntam se eu tenho microondas e eu respondo que não. "E o que fazes quando precisas aquecer comer?" "Uso o fogão." "E quando precisas de água quente ou leite?" "Uso o fogão." "E quando precisas de wanna say, wanna go*?" "Uso o fogão".

Começo a achar, que muita gente já não sabe o que é o fogão, porque quando eu respondo "o fogão", a reacção costuma ser de surpresa e seguido com a pergunta perplexa: "O fogão?!". Até parece que acabei de dizer que vi um tiranossauro rex a fazer carjacking, mas pronto.

Choquei quase tantas criaturas com a situação de não ter microondas por opção própria, que todas acabam por fazer ar de "coitada... não têm microondas e por conta própria. Está mesmo perdida e entregue aos bichos" quanto as que têm robot de cozinha da moda e me dizem que adoram cozinhar com ela e que eu digo que para mim, aquilo não é cozinhar. Ah e tal, eu adoro cozinhar e para mim aquilo é cozinhar, além de que me poupa imenso tempo, posso fazer várias coisas ao mesmo tempo como ter a sopa a fazer e dar banho ao meu filho, dizem-me várias. Inclusive uma vendedora. Adorei outra me dizer que iria adorar se experimentasse. Expliquei amavelmente a ambas as criaturas, que respeito quem têm robot de cozinha da moda e a adore - eu tenho consolas nintendo e não censuro quem acha que já não se joga em consolas que necessitam de quatro pilhas para funcionarem e cujo ecrã é verde escuro -  que compreendo que facilite imenso em famílias ocupadas ou numerosas, mas que para mim, não me faz sentido. Continuo a gostar de cozinhar à "velha guarda". É só ver os olhos a faiscarem das pessoas a quem digo isto, todas tentam defender o robot de cozinha com unhas e dentes. 

Eu continuo na minha. Cada um usa o que quer, a mim não me faz diferença que usem esses aparelhos, se vos é benéfico. Agora eu é que tenho o direito a não querer ter uma criatura dessas na minha cozinha, tanto como essas pessoas têm direito a querer e usar uma delas no seu dia-a-dia.

Sei que não se pode pôr toda a gente no mesmo saco, mas sinto que este é um tema quase tabu, uma blasfémia digna de eu ir arder no inferno dos robots de cozinha, que não se pode abordar com toda a gente, apenas porque tenho opinião diferente.

Mais depressa aceitam que eu fale sozinha, que eu diga que vou olhar para o sol quando me perguntam as horas mesmo vendo e sabendo que não uso relógio ou que pinte as unhas de um pé de uma cor e do outro de outra diferente do que o raio de não alinhar em comprar, possuir, adquirir, obter uma máquina robot de cozinha da moda, só porque toda a gente acha que sim.

E quando eu digo para comerem açafrão que os ajuda nas dores ou a reduzir inflamações ou a beberem chá de gengibre com limão quando estão resfriados, isso ninguém liga, nem faz. Mas euuuu tenho de ter uma opinião diferente e arranjar uma cenóide daquelas, mesmo só sendo útil para ficar cheia de pó, gordura e nhanhenta no balcão da cozinha.

Nã. Don't think so. Fiquem com os aparelhos de cozinha e eu com o açafrão e o gengibre no cházito, está bem?

 

 

*Dialecto familiar, que se usa para nada mesmo. Só para não estarmos calados.

Já me aconteceram muitas, agora esta é estreia.

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.04.18

Nem com os relógios com a hora atrasada ou adiantada, me fizeram fazer estas figurinhas.

Ainda estou para perceber, mas hoje consegui chegar ao trabalho uma hora antes da entrada. Uma hora. Uma horaaaaaaa!! Raios partam, que podia ter estado com o bafunfo nas mantas tranquilamente, desfrutando do bem estar que é estar aconchegada no quentinho... Mas não. Quando de facto me apercebi que o local de trabalho estava de ferrolho puxado, cadeado e nem sinal de viaturas dos colegas, é que a "campainha" soou. Olhei lentamente para o relógio do Peixmobil e fatidicamente me mostrou 8:00 a.m. Ainda liguei para outras pessoas para me confirmarem a hora, não fosse eu estar equivocada e ser sábado (acontecia-me muito acordar em stress ao sábado de manhã, com a sensação de ter adormecido e estar atrasada para o trabalho) ou o relógio estar avariado.

Tudo congeminou contra mim: até o trânsito. Estava um trânsito diabólico a aquela hora da matina. Se tivesse encontrado meia dúzia de gatos pingados, ainda suspeitava, mas não... estava quase caótico.

O que vale, é amanhã ser sábado. E que já me ri um bocado com a situação.

Ao menos reclamam do tempo e não andam a falar da vida dos outros.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.04.18

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No fundo no fundo, toda a gente se queixa das chuvas, sol forte ou ventanias que se têm sentido no pêlo, graças à bipolaridade do tempo. Ora porque chove e mais o catano-que-nunca-mais-vêm-o-sol-que-estou-farto-da-chuva-e-de-apanhar-molhas-e-que-já-vinha-mazé-o-verão-e-o-sol-já-falei-do-sol-não-sei-se-falei-do-sol-quero-lá-saber-que-estejamos-a-passar-seca-nacional-e-que-a-chuvinha-embora-incómoda-por-vezes-faz-uma-faltinha-do-camandro-para-que-nós-não-passemos-sedinha-ou-possamos-tomar-uma-banhoca-no-aconchego-do-nosso-lar-mas-isso-agora-não-interessa-para-nada, ora porque é sol e-está-calor-e-ai-que-não-aguento-que-me-desfaço-em-líquidos e é só ver pessoal de t-shirt e calções (ó pessoal... ó por favor! Mas será que ninguém pode ver uma réstia de sol e têm logo que andar a partilhar o bronze à lençol branco lavado com tide...?). Ficam doentes e depois desculpam-se que é do tempo estar marado... pois está claro. Nem eu diria outra coisa.

Quem deve agradecer imenso ao vento, são os varredores da rua. E porquê? Porque em certos sítios, é só fingir um pouco a abanar a vassourinha no ar, que o vento faz o resto. É só ver folhas, galhos, pétalas de flores, lixos e merdas coisas fofinhas a voarem pelo ar. Que o digam os pássaros como andam a "parar" os ventos: Ultimamente andam em excesso de velocidade. Fazem cada manobra perigosa e razia às árvores, que é um ver se te avias. Há pardais que passam por mim nas horas do caraças, tal é a bisga. Olha os passaritos a aprenderem a voar com estas ventanias? Bem... emoção e adrenalina no pico máximo. Esses não precisam de desportos radicais, basta sairem do ninho nos dias de vento forte.

Okay, está bem, vida de varredor nos dias de vento têm um dark side: não há montinho que resista. Assim como o vento ajuda a poupar as cerdas da vassoura, poupa as mãos de calos e farpas resultantes do esfreganço das mãos na madeira do pau (soou mal, eu sei, eu sei, adiante) e ajuda algumas criaturas a curtirem os efeitos do vinho matinal, também depressa lhe dá um vipe e desarruma a casa toda ao homem. Sem dó nem piedade. Como diz o outro (momento filosofal da manhã) "Deus dá com uma mão, e tira com a outra" ou como quem quer dizer "Andas pr'áí a fazer ronha a fazer festinhas ao chão com a vassoura por causa do vento, daí a nada falo com o S. Pedro e mando uma encomenda especial para ti, que vais apanhar o lixo na casa da peça das caldas*".

Coisas boas destas ventanias? hum... (*esfregar a mão no queixo com ar de intelectual a pensar*) Tirando o facto de me despentear ainda mais o cabelo encaracolado - despentear... pfff... até parece que alguma vez ele têm ar de penteado! - sarcasmos à parte, é a maneira subtil de a natureza permitir a fecundação das flores, de modo a que se dê propagação das espécies, que nasçam frutos e vegetais. Só pólen pelo ar, pétalas, abelhas desgovernadas. O problema é que além de fecundar as flores, fecunda-nos também o nariz: no meu caso em específico, invés de dar frutos pela batatinha do nariz, sai ranhoca para dar e vender - Se alguém quiser, tenho para a troca. Produto do dia, sem conservantes e aditivos.

Deixem lá, animem-se! As previsões do tempo avisam que a chuvinha vai voltar. Yeahhhhhhhhhhhhh pocinhas e poçonas, rios de água por todos os lados, shlap shlap com fartura - é o tempo dela, vá. Há-de vir o sol e a altura em que poderemos desfrutar de uns belos bronzeados à lagosta e de uns mergulhos na aguinha salgadinha e de entupirmos o ralo da banheira com a areia da praia com que vinha o cuecal cheiiiiinho.

 

* Se alguém não sabe que quero dizer com isto, é uma maneira politicamente correcta de dizer uma determinada asneira. Fica aqui um quizz: Que peça de artesanato regional é típica das Caldas?? Ver aqui. Olhem que há uns bem catitas hein? Todos fashion e o caraças. Obs.: Reparem no que diz o prato depois da prateleira... Não podia estar colocado em melhor sítio.

É mesmo à patrão e qualquer dia dá asneira.

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.04.18

Há uma tendência natural de aquando me cruzo com criaturas pequenas de qualquer género/espécie, sejam bebés, crianças ou até gatos ou canitos (não querendo comparar crianças a animais, naturalmente), que se dê uma interacção com a minha pessoa. Os bébés ficam fixos a olharem para mim e, quando olho para eles, sorriem com todas as gengivas e alma para mim. As crianças, normalmente adoram-me e não me largam. Os gatos observam-me... observam-me... observam-me. Depois lá optam por me miar e me perseguirem a miar, caminhando juntinho a mim. Um ou outro aventura-se e roça-se nas minhas pernas e ronrona. E os canitos? Pois é... os canitos normalmente comportam-se como se me conhecessem há milénios, abanam o rabo e o corpo todo de animação, saltam-me para cima, lambem-me... uma alegria. E falo de animais que nunca me viram na vida. 

Ainda ontem, me cruzei com um canito, que veio a correr na minha direcção estando eu a abrir a porta do prédio, parou, esperou que eu metesse a chave na porta e a abrisse. A graça está que vi o animal a correr para mim, feliz da vida. Parou a meu lado a olhar-me. Olhei para ele e senti uma ternura naquele olhar, com aquela criatura a abanar-se toda que mais parecia que estava numa zona com um sismo localizado, e que fiz? Nem pensei duas vezes. Depois de lhe dizer "Olá!! Estás bom??" vai de esticar a barbatana e de lhe dar uma festinha na cabeça. De bom grado, o animal recebeu a minha festinha. 

Honestamente meus queridos leitores, aqui a Peixa anda a desafiar a sorte e a integridade dos dedinhos das mãos. Até agora, com tantos canitos alheios ao fim de largos anos a quem eu dei festinhas sem sequer fazer a pergunta da praxe aos donos "morde??", nenhum me fincou o dente. Nenhum. Só depois de lhes dar festinhas é que caio em mim e reflito: ai catano... e se o bicho me mordesse? Sim... porque alguns parecem muito amáveis mas depois é cá um "anda-cá-que-vais-ver-como-é-que-elas-mordem".

Na verdade, não resisto. Quando olho para eles nos olhos e sinto um calorzinho no coração, aquela sensação de familiaridade, que me faz com toda a confiança lhes dar uma festinha, sem questionar se aquele é um verdadeiro animal feroz - acho que não se babarem, rosnarem e estarem de dentes de fora, já é um índice claro de que são mansinhos maaaaaassss nunca se sabe.

E se querem que vos diga, muitas das vezes os animais são mais sociáveis e simpáticos do que os donos. Pegando novamente no caso de ontem: o dono nem me dirigiu a palavra, ignorando-me completamente. Entrou comigo no prédio - descobri que é meu vizinho - enquanto eu fui à caixa do correio e me virei, já tinha entrado no elevador e subido, sem ai nem ui. Não sou necessariamente sensível nem fiquei a noite acordada a chorar em prantos, mas um pouco de educação, não faz mal a ninguém. E sim, ele fala, que eu ouvi-o a falar com o cão, enquanto me ignorava e fazia de conta que eu nem ali estava e nem agradeceu por eu segurar a porta para ele entrar.

Dito isto, vale mais a pena arriscar uma dentada ao oferecer carinho a outra alma, do que confraternizar com pessoas assim.

 

Parece-me um debate interessante mas com tendência a ser mortiço.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.04.18

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A almofada ficou num pranto a chorar por mim.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.04.18

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Isto hoje está assim. Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Esta expressa o meu sentir matinal de ser segunda feira de manhã, estar exageradamente em modo de  rabinho de sono, sair à rua com os pés pesados e ver nevoeiro cerrado temperado com chuva miudinha.

Fica tudo benzido.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.04.18

Abrir um yogurte calmamente, com cuidado, e espirrar tudo por todo o lado na mesma, quando a tampa abre.

Nem com máscara anti gás me safo.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.04.18

Tudo têm um cheiro ou aroma característico. O mar... Velas... Champagne e morangos... - okay, okay já estou a viajar na maionese e ainda agora comecei! - Chocolate. Terra molhada depois de uma rega ou da chuva. O cheiro dos pinheiros e restante flora, na serra. O cheiro a um belo churrasco ou de um prato de caracóis num dia de Verão. Porém, há cheiros e cheiros. O cheiro do alcatrão quente. De pneu queimado. De cinzas humedecidas. De porco chamuscado...! Não podia faltar o cheiro a chulé retardado bem como o cheiro a rabo, na várias situações a que se pode aplicar... espantosamente até em perfumes. Aromas do demónio.

Porém, ainda não encontrei nehum, mas nenhum que me nauseasse tanto, como o cheiro a espirro. Diabos o carreguem! A minha sorte é tanta que preciso de utilizar um cordame com cheiro a essa coisa nhanhosa, para uns embrulhos.

Ainda há tempos, estava a ver que me gormitava toda, ao pé de uma pessoa, que espirrou num gabinete de janela fechada, comigo lá dentro... e eu sem poder ir abrir a janela ou apanhar ar. Valha-me santo estômago.

Às vezes mais valia estarem sossegadinhos.

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.04.18

Desfazerem o bigode a cera, a mesma estar exageradamente quente e ficarem com a zona da bigodaça vermelha... a parecerem pontas de bigode.

Não sei o que era realmente pior: a gaja ter bigodinho, pequeno e discreto ou ficar com o escaldão da cera na zona do buço e ter de sair assim à rua.

Depois andava a dizer que era alergia. Está bem, está. Nem camadas de base lhe valeram nesse dia.

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