Tão eu.
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É muito mas muito à frente!
Não imaginam o stress que é, dar de caras com uma poça dentro do vosso maquinão. Só faltavam os sapinhos, umas carpas koi e uns nenúfares para a cena ficar compostinha - Se fosse quentinha, ainda dava para lá meter os pés e relaxar, mas nem isso.
Fora isso, valham os jornais e os trapos velhos a ensoparem a cenóide. Sempre posso ir lendo as notícias, embora atrasadas, do jornal quando estou parada no trânsito. Nada se perde.
Ironia da vida, foi deixar o vidro de trás ligeiramente aberto, chover como se não houvesse amanhã durante toda a noite - que cargarona de água, um verdadeiro oceano caído do céu (parece poético, mas é tudo menos poético) - e o carro não estar minimamente molhado, naquela zona... Mas com meia dúzia de pingas foleirotas, que nem davam para ensopar uma pessoa como deve de ser, até deviam de ter vergonha de terem "chovido" assim, já não há pingos de chuva que se prezem e formar uma lagoa interior, com tudo fechado.
Tudo isto se deu, graças aos escoamentos da voiture estarem entupidos com folhas e galhos e merdices. Das duas uma: ou algum passaralho andava a fazer ninho no Peixmóbil ou então a minha viatura é tão dedicada à natureza e com veia de ambientalista e ecológica, que lhe deu para começar a armazenar folhas e fazer compostagem das mesmas. Esqueceu-se foi de me avisar, que daí por diante, eu teria de levar umas galochas para entrar e uma bóia, para não me afundar.
Haja paciência.
Ao menos que fosse uma poça suficientemente grande, para que eu começasse a fazer piscicultura, mas não... nem para isso servia. Só para me embaciar os óculos quando o sol bate no carro e se cria a condensação, parecendo eu que entrei num banho turco.
Olhem eu nas minhas sessões de karaoke caseiro, com um teclado destes? Que show.
É pena já ter feito anos, este teclado é a minha cara... Já sei que pedir ao Pai Natal este ano. Vou a correr escrever-lhe a carta.
...quanto esta galinha.
O que eu me farto de rir às custas desta parvoeira. O Ed Sheeran que não se ponha a pau, que a galinha rouba-lhe as fãs todas, com esta voz sexy.
Só pode. Porque é que as alminhas que passam por mim ficam a olhar para mim, especialmente nos dias de nevoeiro ou encobertos ou até de chuva? (*música angelical*) Será porque nunca viram uma criatura tão angelical e maravilhosa, de pele branca como os carneiros da fruta - que se me dá o sol no início do Verão provoco acidentes porque encandeio as pessoas - cabelo loiro encaracolado tipo ninho de ratos, romelas - pela manhã dado o speed mode que às vezes me despacho - nos olhos grandes verdes como qualquer coisa verde, menos alface ou cor do Slimer dos Ghost Busters ou será porque normalmente ando com o chapéu de chuva e não o uso, apanhando molhas até às espinhas, ficando a parecer uma esponja ensopadinha em água? Não... nada disso. E eu que já me andava a sentir uma verdadeira rock star. Mas não. Descobri que são... os óculos de sol. E porquê? - Não, estes não são fuschia, habitualmente azul turquesa estilo aviador - Precisamente por isso, porque muita criatura acha que óculos de sol só se usam quando faz sol. Ainda há tempos alguém me disse:
- Beeeemmm Peixa, está cá um sol do camandro para estares de óculos de sol...!
Sabe bem quem usa óculos com frequência e principalmente quem têm farolins claros, que por vezes mesmo não estando sol, a claridade que se faz sentir nos põe meio ceguetas, fazendo-nos pitosgas como o Mr. Magoo, e os óculos de sol fazem maravilhas - Isso estou eu para aqui a dizer. A verdade é que os uso porque são novos Brincadeira.
No fundo, acho mesmo é que é inveja. Quem dera a muitos uns lunetes daqueles. Melhor ainda então, se fossem da Barbie, mas esses já não se fazem... infelizmente... not! Senão aí é que ia ser, eu a passar e o mundo a parar, só para me observar a esbanjar purpurinas e borboletas, onde quer que passasse. O mundo nunca mais seria o mesmo.
Há coisas que me transcendem. O factor de algumas pessoas mentirem na idade. Meus queridos, mas quem pensam vocês que iludem? Só a vocês próprios! Ou acham que por mentirem na idade, a gadelha não fica branca - ou cinza ou às "riscas" como eu costumo dizer que é a trunfa do pai Adamastor - as vossas peles não descaem, as maminhas não fazem companhia ao umbigo e o rabo à região poplítea da perna e que a vossa cara não fica a parecer agarrada por arames, cheia de fissuras como a terra gretada com falta de água, tais as rugas? Sem mencionar nas asas de morcego dos braços, duplo queixo e as bigodaças crescerem como erva selvagem nos passeios, onde nunca antes se imaginava ter isso a crescer e ter de aparar tais criaturas.
Há pessoas de quem eu nunca soube a verdadeira idade - nem que me interessasse, na verdade. É mesmo só para fofoca - Durante uns 15 anos, a criatura dizia que tinha 40 anos. Ao que havia quem lhe dissesse: 40 em cada perna! - Medo.
Pois é, cada um sabe de si, porém para mim não há necessidade de fazerem figuras ridículas de graça, ao olharmos para as vossas fronhas e vermos a terceira idade, quando ateimam em dizer que ainda são jovens adultos. Negar a velhice, não a atrasa. Nem não colocarem visível a vossa idade e data de nascimento nas redes sociais, tenho dito.
Já lá vai o tempo em que as sociedades respeitavam os mais velhos, com a sua sabedoria e conhecimento para partilharem com os mais jovens e em que era um orgulho ser ancião. Hoje em dia, só querem saber das plásticas e vivem do medo de envelhecerem.
Vou lançar um novo movimento: "ser múmia rock's!", a ver se ter rugas não passa a ser moda.
A mim, a única coisa que me preocupa, é que com as peles, a idade e a gravidade, as tatuagens passem a ser algo esquisito, como que um borrão dos psicólogos de: "O que é que vê nesta imagem? Ah eu vejo um passaralho. Pois olhe, na verdade, isso era uma fotografia do meu chihuahua Avec(*), que faleceu há 50 anos". Queira Deus que eu seja uma velhita com muita ruga mas com umas tattoos do catano, que não precisem de livro de explicações para se perceber o que são.
(*)Piadinha parva do dia, sem querer ferir susceptibilidades a ninguém:
Vai uma pessoa do norte a passear o seu cão e cruza-se com outra:
- Ahhh que cão tão lindo! Como se chama?
- Avec.
- Avec? Mas isso é "com" em francês!
- Então, e não é isso? Ele não é um "caum"?
Vá, não me apedrejem mais.
Gaja que é gaja, desenrasca-se. Seja em que situação for. Até mesmo, quando esburaca os collants de algodão pela matina a caminho do trabalho, num local muito pouco aconselhável a os collants romperem (na parte interior da coxa) quando alguém vai de saia curta e, na falta de agulhas para lhes dar um pontinho, vai de os agrafar, numa tentativa momentaneamente frutífera, de resolver a situação. Escusado será, que tempos mais tarde, os buracos voltaram, mais furiosos que nunca.
Isto de se agrafar os collants, é deveras melindroso. Vai não vai, ainda se agrafa ao cuecal e depois como é? - Se for só ao cuecal e não apanhar mais nada, é uma sorte.
Se calhar, o melhor eram mesmo uns clips: ficava a parecer uma malha metálica e se alguém visse, acharia que era um efeito que os collants tinham e não uns buracos do inferno desalmados.
Era para ser ofensivo... porém, fiquei a pensar no quanto alguns peixinhos do mar cheiram mesmo a mar, quando fresquinhos fresquinhos, e nem sequer me ofendi, até aceitei como elogio. Seria pior se cheirasse a tinta de choco ou a alforreca! - ou a alga seca à beira mar...
- Cheira aqui o copo!
- Isso deve é cheirar a baba.
- Não cheira nadaaa... a baba cheiras tu!
- Não. No máximo devo é cheirar a peixinhos, como tenho em casa.
- Não não! Tu deves no máximo é cheirar a peixinhos do mar!
Cheia de orgulho por não chorar ao cortar duas cebolas, com tanta perícia quanto um mestre cuca, ali todas lindas e fofas com o corte impec e maravilhoso, digno de uma prova de triagem do MasterChef, mas quase ir chorando pela falta de destreza ao apresentar a faca ao sabugo do dedo, no final da última cebola.
É assim. Quem me manda gabar não estar a chorar que nem uma madalena arrependida a cortar cebolas, antes de ter acabado tudo?
As cebolas do dêmo arranjam sempre maneira de castigar que não chora por elas: ou choramos a bem, ou choramos a mal.
Mas lá diz o outro que quem ri por último, ri melhor: mesmo com o dedo em baixa de combate, foram parar na mesma à frigideira e deram umas belas cebolas caramelizadas que irei degustar com todo o gosto.
Fica aqui o aviso para as cebolas que lêem este post: sou o vosso maior pesadelo. Don't mess avec a gaja, senão quilham-se.
Depois não digam que não avisei.