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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Fandangos da minha vida.

frito e escorrido por Peixe Frito, 30.05.18

- Estou? Olá, então você ligou-me?

- Sim, liguei porque tinha uma chamada sua.

- Ah mas eu liguei porque você me tinha "chamado" e eu não atendi.

- Pois, mas eu liguei porque tinha uma chamada sua.

- Exacto! Porque a menina me ligou!

- Siiiim... - risos - Vou explicar: Tinha uma chamada sua! Liguei... o senhor não atendeu. Entretanto ligou-me e eu não atendi. Agora estou a responder às suas duas chamadas. E agora diz que me ligou porque eu liguei?

- Ah pronto... foi engano meu de certeza!!

 

E é assim que andamos nisto, várias vezes ao dia.

É que não é altamente gráfico nem nada!

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.05.18

- Então, como vai o Jony*?

- O Jony come muito. Muito muito. No outro dia fez assiiiiim um cocó alto - gesto a esticar o braço e mãozinha acima da cabeça para demonstrar o quão alto era a poia - tão alto, sabes, assim como uma árvore do Pai Natal em cocó. Uma árvore do Pai Natal de cocó!! (ria imenso a dizer isto).

E ali fiquei eu a imaginar como seria de facto se fosse verdade o que a rabinho pequeno me estava a relatar, como o rabo paranormal que aquele animal deveria de ter, arraçado de buraco negro só pode, que até conseguia largar árvores de natal pelo buraco traseiro. Ou um autêntico artista, escultor de cocós em forma de árvore. Uma imagem digna de ficar presa no nosso pensamento. 

Valha a imaginação na cabeça daquela criatura pequena.

E tudo começou com uma pergunta tão normal como qualquer outra. Nunca se sabe o rumo que uma simples conversa entre dois seres, pode tomar.

 

*animal de estimação da rabinho pequeno, um piriquito novinho e tenrinho que nem ela.

Não há-de uma pessoa estar a ficar velha!

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.05.18

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 Uma pessoa às vezes até fica meio tótó (ou no meu caso, mais ainda) quando se apercebe e realiza como o tempo de facto passa sem darmos conta.

Faz hoje dez anos que decidi oficialmente publicar o primeiro post aqui na fritadeira, coisa que até foi engraçada, só eu sei o quanto me senti com nervoso miudinho e uma ligeira excitação por o ter feito, após ter ponderado durante uns dias, se iria criar um blog ou não. Dez anos que criei aqui a minha amada fritadeira, que mesmo com alturas em que estive mais ausente, jamais tive a coragem de fechar a porta. Dez anos que ando a debitar pensamento e devaneios na blogosfera. Posso dizer que estes têm amadurecido e sendo mais polidos ao longo do tempo (parece mentira, não é?) pois claro, até por mim o tempo passou e por mais incrível que pareça, me maturou como à fruta.

Dez anos, e ainda por aqui ando. Mais tempo de vida do que de muitas criaturas de duas pernitas que por aí andam.

Agradeço profundamente a todos os leitores frequentes, a quem de facto teve a coragem de subscrever o blog e a quem não têm vergonha de admitir que cá vem ler e fuçar, deixando os seus comentários, que by the way, é coisa que adoro, ler os vossos comentários às minhas patetices e sorrir sempre ao vos responder.

Devo dizer que adoro escrever, seja sobre o que for. E que o facto de eu escrever parvalheiras e tonterias aqui pela fritadeira, é somente porque adoro espalhar o meu terror por todos os lados e terrenos, espalhando a minha essência parvalhal por todos os lares, numa tentativa de partilhar convosco a minha descontracção geral pela vida, falando das coisas que me acontecem e dando importância às pequenas coisas tontas da vida, na esperança que vos façam rir ou no mínimo soltar um sorriso amarelo, vos animando o dia - a esperança é a última a morrer, lá dizia o outro.

Apesar de ter sido roubado algures pela internet, estejam à vontade para tirarem uma fatia do bolo virtual e festejar comigo o décimo aniversário aqui da minha menina fritadeira - não têm calorias, é vegan, gluten free, paleo e mais o catano, por isso podem enfardar à vontade.

Muito agradecida a todos!!

Só visto, que contado ninguém acredita.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.05.18

- Olha, este frasco de picante está esquecido aqui no armário! Será que ainda está bom? - pergunta a mãe Peixa

- Ainda deve estar. O picante não se costuma estragar - responde o resto do povo, pensativo.

Vai a mãe Peixa, mergulha o dedo mindinho e... prova! - audiência em choque antes da risota de troça geral, vendo o ar de aflição da mãe, mudando de cor sei lá quantas vezes (ficámos a conhecer novas nuances e espectros de cor), emborcando leite como se o leite fosse a maior descoberta e delícia do momento - Ia ficando sem mãe, tal era a potência do animalesco picante. Dá-me ideia que se o pai Adamastor patenteasse o seu picante, era o maior desencardidor de sujidade e arrancador de tacos, tijoleira e azulejo, com apenas uma pinga do produto em cima: Pinguinha e pof! saltou a criatura, sem "mas" nem "quês". 

- Está aí uma coisa esperta! - diz o pai Adamastor - Então vais meter o dedo lá dentro e provas?? Cabecinha de alho!!

Ah pois é... não fazes outra!! - tão cedo.

E pronto, assim se mata o romantismo todo da cena!

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.05.18

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Ora eu adoro sol. Tal como adoro a chuva. Nestes dias têm-me sabido a "pato" sem penas, o solinho que têm estado: tira a humidade das roupas, da casa e mais importante ainda, a humidade da minha alma e do meu cérebro - que facilmente entra em curto circuito após o período de recolha, que é o Inverno.

Hoje chove. Não como se não houvesse amanhã mas está certinha, direitinha, sem vento (como a malta gosta) e constante. Assim como se chovesse pingos de chuva com pantufinhas calçadas, acabadinhas de sair da cama. Maravilhosa. Amo sair de casa, depois de dias quentes ou de sol constante, nesta altura do ano ou no meio do Verão, e se dar assim um dia de chuva, como se a fazer uma pausa. Uma pessoa pode vestir trapos de meia estação e mesmo assim, não ter frio.

Isto tudo para dizer, que sair de manhã de casa e sentir o cheiro a erva seca húmida pela chuva, a terra molhada, me aquece o coração. Dizem que a curiosidade matou o gato, neste caso, a Peixa é que ia coiso... Fui pesquisar o que é que origina o cheiro da chuva depois de chover. Mais valia ter ficado quieta. Fiquei com a mesma sensação depois de saber porque é que cheira a cloro intensamente nas piscinas: Então não é que o que origina o cheiro da chuva depois desta cair, que arrebata corações, nos faz apetecer agarrar no guarda-chuva dançando com os postes de electricidade na rua como se estivessemos a dançar a coreografia do Dirty Dancing, aquece as almas, quase causa pedidos de casamento tal o "baque" de romantismo que o aroma provoca - que pelos vistos pode causar danos nas células dos nossos pulmões dado o ozono "puro" e que por sua vez já explica a sensação de cozy do cheiro a terra húmida aka uma grandessíssima broa - é responsabilidade de umas excreções químicas de uma bactéria? ver aqui - Só o facto de haver a palavra "excreções" associada, já me assusta.

Ó senhores, com esta é que me quilharam. Já nem sequer o cheiro da chuva têm direito a ter um pouco de magia. Só falta me dizerem que não há unicórnios e que o Pai Natal meteu os papéis para a reforma.

Estou mesmo a imaginar, eu a dizer à minha cara metade: "Meu amor, vamos ali sentir o cheiro agradável das excreções químicas da bactéria streptomyces, após a chuva cair". Que romântico! - se eu sequer conseguir expelir esse palavreado todo, mas okay.

E foi desta que me deu o fanico.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.05.18

 

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Pois é... algum dia iria acontecer. Após ingestão como se não houvesse amanhã de amendoins cobertos com wasabi, é oficial que comer disso ou uma maçã doce, sabe ao mesmo. Fiquei imune ao picante!! 

E agora? A minha vida não vai ter a mesma emoção. Meh... Amuei.

Vai parecer que tudo está a renascer dos mortos!

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.05.18

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Imagem roubada daqui:

https://lifestyle.sapo.pt/sabores/dicas/fotos/dicas-para-criar-uma-horta-caseira-a-partir-dos-caules-dos-vegetais

 

Uma coisa é verdade: ao tempo que eu ando a ver se ponho em prática o cultivo de uma horta caseira, a partir dos restos dos alimentos. Dá alguma trabalheira, como andar a catar frascos e arranjar espaço para por as carcaças moribundas dos vegetais a apanharem sol, na esperança que estes voltem a brotar. Com tanto legume que se pode re-aproveitar para por novamente a germinar, a minha casa vai começar a parecer um cemitério de mortos vivos ou um hospital com feridos de guerra: uma alface sem cabeça, um aipo sem talos, uma cebola descascada, uma cenoura sem... sem... ponta!, uma batata doce que mais parece um Gremlin a germinar...! Uma imagem linda de se ver. Então logo pela manhã, quando lhe bate o sol, imagino o ar macabro daqueles semi defuntos com os brotos a crescerem - na verdade zombies dado que estão a brotar do próprio cadáver semi decomposto.

Vamos estar a cuidar de seres moribundos que depois, de tanto amor, dedicação, a renascerem belos e amarelos (*música angelical*), viçosos e cheios de vida no seu esplendor, com a esperança a espreitar no horizonte e "Záááásss" têm um encontro de terceiro grau com a tesoura ou a faca, afinal o que viam no horizonte não era a esperança de um novo dia mas sim a Peixa de arma em punho para lhes aparar as franjas, e lá vai começar tudo de novo.

Não é um pouco a roçar a crueldade para com estes seres, os termos ali em frasquinhos a germinar, mal começando a dar ares de nova vida, nós, impiedosos, vamos lá logo dar uma razia ao bichedo? Quase fica a parecer como criar os franguinhos, engordar, com ração da boa e nutritiva, carinho e atenção, para depois os encaminhar para uma panela...?

Se daqui a uns tempos deixar de postar, já sabem que me aconteceu: fui apanhada pelas sobras dos meus vegetais, que me fizeram uma espera e me colocaram a mim a vegetar. É que não se deixem enganar pelo ar fofinho dos restos dos vegetais... eles sabem que foram vocês que os comeram. Tenham isso presente em mente (*música dos x-files*) e suspeitem se durante a noite ouvirem rastejar pela casa: Não é a Samara mas algo tão mau ou pior, que se vêm vingar das dentadinhas que lhes deram nas miudezas.

Criança sofre.

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.05.18

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Este pai está-se a perder, com uma carreira de cabeleireiro com todo o sucesso possível e imaginário, sem partilhar o seu dom criativo com o resto das cabeças alheias de todo o mundo. Haveria de sair cada penteado, de bradar aos céus. Tanto talento desperdiçado. Até dá dó - além de que iria estar a ajudar o ambiente e a diminuir a pegada ecológica, ao pentear e reutilizar materiais. Só, mas só vantagens.

Só a cara de orgulho da menina. Transborda ansiedade para andar na rua assim. Louvada seja a criatividade. 

Ainda bem que não nasci abelha, senão era o cabo dos trabalhos.

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.05.18

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Sentir o cheirinho a flores na rua - pólen no ar a flutuar alegremente - principalmente da acácia mimosa. Pena pena, é ser alérgica a esse ser e ficar com crises de alergia de me benzer, com cada espirro que quase ponho os pulmões a apanharem ar cá fora, pelo nariz. A Primavera, o solinho, os passarecos, enchem o coração... a par com a minha rinite que me enche os olhos de lágrimas e ramelas e os bolsos de lenços ranhosos, tal é a emoção do meu contacto com a Natureza.

Tão mágico  Já sentia falta de acordar com os olhos ramelosos 

Ranhocas à parte e lenços húmidos por todo o lado, adoro a Primavera. Mesmo quando tenho de fazer rolinhos de papel e meter um em cada narina, para a ranhoca não fugir desgovernada sem avisar.

Cá para mim, foi este que engoliu o relógio e não o crocodilo do Capitão Gancho.

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.05.18

Acaso do destino, me fez ouvir um pardalito a chilrear na árvore mais próxima e olhar para o relógio. Como em tantas outras vezes, me pareceu ver mal as horas e voltei a focar o relógio, com a banda sonora pardalesca de fundo. Então não é que o raio do pardal piava exactamente ao ritmo do ponteiro dos segundos? 1s piu, 2s piu, 3s piu com uma sincronia perfeita. Eu ali a torcer pelo animal "só mais uma, só mais umaaaa" tal e qual numa competição de quem bebe mais uma bejeca. Ao fim de uns 20 segundos lá o passarito deve ter perdido o fôlego e descompassou a situação.

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Destrezas e talentos únicos à parte, se há coisa que eu adoro nos pardalecos são os seus saltitos e mais ainda, quando andam enchouriçados por causa do tempo frio. Umas autênticas bolinhas de penas.

E eu que lhes adoro piar, tal e qual os pardalecos piquenitos e há sempre um ou outro que fica ali infinitamente a responder-me. Vou arder no inferno por me andar a meter com os pardalitos, assim à descarada.

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