Combinação de palavras, que formam uma frase linda e maravilhosa mas que magicamente me panica até ao tutano.
- Fulano tal têm piolhos.
E porquê? Não é pela fonética, não é por nada. Simplesmente me dá uma coceira dos diabos na cabeleira, quando alguém fala que alguém têm piolhos. Se for alguém da família então... é de panicar e coçar a cabeça até mais não - começa logo a cabeça a fazer contas de quando foi a mais recente vez que tal ser esteve ao pé de nós, calculando assim a probabilidade de algum animal daqueles se ter mandado para cima de nós, de surra.
Falam de guerras e fim dos tempos em cuecas, enchentes dos mares e pragas de gafanhotos. Venha o diabo e escolha qual a pior situação. Porém, isso é tudo para meninos-de-coro. Se disserem ao povo que há uma grande probabilidade de apanharem piolhos ou até de já os terem, está o baile armado e aí sim, a histeria está lançada e é só observar gente a atirar-se das janelas e pontes, tal aflição. É como vos digo. Animal mais temido que o próprio diabo.
Uma junção de palavras que também me gera alguma coceira, é se alguém diz que têm pulga. Deus me livre, uma pessoa até salta do lugar e cada vez que algo mexe no nosso corpo - até uma leve brisa ou um pelinho que eriçou - é motivo de busca desenfreada em toda a roupa, quase à C.S.I., aplicando um método tão mas tão pormenorizado com técnicas como ver nas costuras, nas dobras, mexer devagar, parar de mover a peça e observar atentamente se algo se mexe, na esperança de apanhar a bandida da pulga! - que se tivessem usado o método de apanhar pulgas na roupa para encontrar o Bin Laden, tinham apanhado o homem em três tempos. Mas isso digo eu, só entre nós, que não sou de intrigas.