(imagem gamada daqui)
Colocar as máscaras de beleza e dar sempre uma comichão desgraçada no nariz, parecendo que o mundo vai acabar se eu não o coçar - raios partam mais aos macaquinhos, que decidem mudar de casa e abandonar o barco, cada vez que eu ponho máscaras de beleza na cara - o que eventualmente acaba sempre por me fazer espirrar e eu ter de me assoar.
Resultado? Além da figura maravilhosa que uma gaja já faz com estas máscaras na cara, com a zona da boca e contorno dos olhos sem nada aplicado, a parecermos sei lá o quê, provocando medo ao susto - uma gaja com uma máscara aplicada, se sair assim à rua, têm logo "n" pedidos... mas não é de casamento. É mesmo de abandonar a aldeia, a cidade, o país, porque aterroriza todas as criaturas que se atravessarem na sua frente. Os gatos eriçam-se, os peixes suicidam-se saltando fora dos rios e lagos e aquários, os pássaros têm ataques cardíacos e os cães ganem. Nem o Frankenstein gera tanto pânico. Deveria chamar-se a este fenómeno "fazedor de viúvas", tal como as árvores mortas que são cortadas e nunca ninguém sabe para onde a tipa vai cair, podendo cair em cima de algum senhor, honrando assim o seu nome nada pomposo, mas neste caso, porque se a moça for casada, corre o risco da cara metade ter um enfarte quando se cruza com ela - ainda fica com o bónus do nariz ficar sem o produto e ter de estar novamente a aplicar máscara naquela zona e... correndo o risco de voltar a acontecer o mesmo. Isto é que é viver a vida no limite e no pico da adrenalina, nunca sabendo se vai dar novamente comichão até ter passado o tempo suficiente para a máscara fazer as suas magias e milagres divinos - achamos nós - ou se tudo corre na paz do senhor, sem incidentes de maior a registar ou apontar.
Também acontece tudo correr maravilhosamente bem, removermos a máscara e ficarmos com cara de pele de rabo de bébé - é sempre bonito e fofinho, pois é rabo de bébé e ninguém se ofende, mas se chamarmos cara de cú, já é muito ofensivo e dá direito a umas punhadas na fuça de quem teve a lata de proferir tal frase demoníaca, embora o rabo de bébé seja tudo menos fofo, pois é xixis e chocolate derretido por todo o lado, que até sai das fraldas (podem agradecer-me pela imagem que coloquei na vossa mente agora) - mas... (existem SEMPRE um "mas") ficarem resíduos de máscara dentro das narinas - acontece, não sei como, mas acontece. True story - e no couro cabeludo, quando nós juramos que deixámos uma linha perfeita com uma margem de segurança perfeita de modo a que perfeitamente não chegue à linha do cabelo embora perfeitamente saibamos que com tanta perfeição, vamos ter restos de máscara de lama do mar morto no meio da piruca e piolheira. Mistérios da natureza por desvendar, que o Fox Mulder e a Scully ainda hoje se questionam e andam a trabalhar nesse ficheiro secreto, aparentemente sem fim à vista.
No meio disto tudo, que é uma aventura o simples aplicar e usar de uma máscara de beleza, a vida mostra-me que eu não sou talhada para usufruir dessas mariquices e coisas de gaja e eu, bem mandada, meia volto ando a insistir na situação. Chego à conclusão, que há pessoas que são cabeça dura e não entendem os sinais do universo, mas então... que fazer? Olhem, é deixá-las andar. Quando se queixarem, que do nada lhes cheira a flores, a abacate, ovo ou a outra merdice qualquer e encontram um resto ínfimo de máscara de beleza que tiveram a aplicar no início da manhã, o melhor é mesmo fazermos ouvidos moucos, assobiarmos e olharmos para o lado, comentando como o céu é azul e o sol amarelo, não nos envolvendo naqueles dramas de beleza, quase tão maus como os programas americanos de miúdas pequenas, que entram em concursos de beleza e de talentos, usando mais maquilhagem e indo mais ao cabeleireiro do que eu durante toda a minha vida.
Depois não digam que não vos avisei.