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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

A cromice é mesmo de família, confere.

frito e escorrido por Peixe Frito, 30.09.19

Alguém recebeu um brinquedo novo no seu aniversário e veio mostrar-mo toda contente. Queria era brincar comigo mas como era dia da semana e depois de jantarmos ficava tarde, combinámos que sábado ela o levaria, para podermos então brincar as duas. Resposta de volta: "Quando é sábado??". Explicar a uma criança que ainda falta muito para sábado, visto que a semana ainda agora tinha iniciado, é dose. Porém, chega sábado e a costumeira reunião dos animais todos no aquário mor dá-se.

- Então rabinho pequeno, trouxeste a tua casinha nova dos pinypons para brincarmos as duas?

- Não - e suspira - Sabes tia Peixa, eles têm a casinha em obras. Não posso trazer a casinha se eles estão a fazer obras lá.

- ... Não me digas que estão em obras? Estão a fazer o quê, a pintar a casa?

- Sim, estão a pintar a casa.

- Grandes malucos, esses teus pinypons.

Desatou a rir para mim, naturalmente que já sei que é ela a gozar comigo, mas nenhuma das duas se desmancha. Tanto que no dia seguinte, lhe voltei a perguntar se eles já tinham pintado a casa, mas pelos visto as obras estão a correr mal, que ainda não estava totalmente pintada.

Valha a imaginação daquela criatura pequena. Quem sai aos seus, não é mesmo de Genébra.

Desafio de escrita dos pássaros #3 | E para hoje, algo completamente diferente.

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.09.19

Era uma vez uma pequena peixinha, que tinha um patinho pequeno. O patinho adorava-a e seguia-a por todo o lado. O seu pai Adamastor, decidiu por uma tábua alta, para o patinho não seguir a peixinha pelas escadas abaixo, a fim de ele não se magoar. Mas o amor do patinho pela peixinha era tão grande, que ele conseguiu saltar a tábua para o lado de lá… enrolou-se nas escadas e partiu o pequeno pescocinho. A peixinha assistiu a aquilo tudo horrorizada. Ainda hoje depois de adulta, ainda lembra da dor, da incapacidade que sentiu ao ver o patinho a sangrar pelo nariz e a perecer, nas mãos, sem nada poder fazer. A mãe Peixa decidiu ir ao mercado da vila com a peixinha, para lhe comprar um patinho. Porém, naquele dia não haviam patinhos. Com aquele sentimento de não querer deixar a sua peixinha ir para casa de mãos a abanar, decidiu comprar outro animal para ela. A peixinha lá o escolheu e chamou de “malhadinho”, indo contente com ele para casa. Chega o pai Adamastor e diz: “Então, compraste o patinho para a peixinha?”

“Não havia patinhos” diz com tristeza “mas comprei outra coisa”.

Quando o pai Adamastor vê o que substituiu o patinho, diz à mãe Peixa:

“Ai mulher! Mas isso têm tudo a ver com patinhos?! Sais com a miúda para ir buscar um pato e vens com isso!!” – estou eu a escrever a versão soft e menos gozona, do que disse o pai Adamastor.

Já alguém adivinhou o que era?

E foi assim que, desde os seus cinco anos de idade, que a peixinha viu o seu amor crescer por peixes de aquário. Amor que dura até hoje. E que aprendeu o que é amor de mãe, mesmo correndo o risco de ser gozada por levar um peixe invés de um pato. Não esquece o momento de felicidade ao escolher o “malhadinho”, após o seu primeiro momento na tenra vida, onde sentiu a dor de perder algo que se ama.

Nada paga ter sido um peixe. Podia ter sido um pássaro, um ratinho, sei lá. Mas não, foi um peixe. Se bem que, ambos começam por “p”, têm contacto com a água… um têm penas e outro escamas. Um bico e outro guelras. Anteontem choveu e hoje faz sol. Bem visto, bem visto, até têm mais semelhanças do que à primeira vista aparentam!!

Desafio de escrita dos pássaros #2 | O amor é violento.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.09.19

Ao longo da vida, tenho levado muitos estalos e estaladas, à pala do amor. Quem manda o meu coração ser assim, de fácil enamoramento, sem olhar a crenças, estereótipos, cor, ao que for? Simplesmente ama. E aqui está a receita para a minha desgraça. Ora, imaginem o que é, ter um coração destes e ir passear para uma fnac, por exemplo? Eu morro de amores por livros, cd’s, jogos. Estão a ver o cenário, não estão? Apaixono-me por um cd e um livro e mais umas traquitanas e pimbas, estalo na conta bancária. E ainda tenho mais exemplos! Ver as montras das lojas – não que seja coisa que me assista muito, mas às vezes acontece – e os meus olhos baterem com um vestido fenomenal, lindo, maravilhoso, daqueles que quando uma gaja usa o mesmo ondula por todo o lado com um vento suave, mesmo que não vente uma porra em lado nenhum, esbanjando charme e finéss por tudo o que é canto, e quando vejo o preço? Estalo nas fuças! Quase se me dá um fanico. Quem manda gostar de vestidos com vento suave incorporado? Depois é assim. Sempre a levar na fronha. Este meu mal está mesmo por todo o lado, até mesmo no que toca a comida. Amo oreos. Pringles. Gomas! De vez em quando, tenho de dar um estalo a mim mesma – metafórico tá – seguido de um “foca-te Peixa, foca-te!!” porque senão, quando começo a comer Pringles ou oreos ou gomas, é um ver se te avias como se não houvesse amanhã. Simplesmente, distraio e só dou conta da embalagem vazia, quando lá ponho a mão e efectivamente a minha delicada mão têm um encontro com o ar.

Sim. O amor é violento. E dá estalos de maneira gratuita. Mas temos de ser resilientes e continuar a acreditar no amor. Pois há um dia, em que sofreremos de amor à primeira vista com uma edição limitada de um álbum dos Def Leppard e não levaremos um estalo de volta.

Esta é mázinha, mas eu adoro!

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.09.19

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Ainda bem que os peixes não têm wi fi no mar, senão eu estava bem lixada com eles, quando me apanhassem na praia a banhar as peles, por andar aqui a postar coisas destas. Virava mesmo peixe frito!!

Com sorte, ao fim de umas braçadas minhas a fugir deles, já não lembravam de nada.

Deus tenha misericórdia de mim.

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.09.19

Andei a surripiar sumos à rabinho pequeno no aquário mor, e vinha eu toda contente, saltarica, com borboletas em volta e os pássaros a darem-me os bons dias, a planear roer uma sandocha no pequeno almoço, acompanhada com um dos ditos sumos do animal pequeno. Pois é... a sandes sem dúvida que estava maravilhosa, mas no momento em que abri o sumo, tive um flashback do que é beber néctares de fruta dos miúdos... o aroma... a textura... o sabor! A sério, eles adoram mas eu não sei como eles conseguem beber estas coisas! As minhas pupilas gustativas queriam saltar, a língua encarquilhou e arrepiei pêlos em sítios que não tenho pêlos! Até os macaquinhos-do-nariz guincharam e recolheram para a profundeza das amazónias do meu nariz.

Haja misericórdia da minha alminha, que palmou o sumito à sobrinha e ainda lhe ia fazer pirraça e que depois, lhe ia dando um fanico ao provar o sumo. Vou reclamar com ela, a ver se passa a gostar de coisas que a tia também goste - já basta ter ficado mega fã do meu gelado de menta com pedacinhos de chocolate, que até lambe a taça para não ficar um pedacinho-inho-inho de chocolate no fundo, mas isto dos sumos ascende a outra dimensão de necessidades.

Verdadeiramente, andar no cardenho, não compensa. Mas se querem que vos diga, isto tudo faz-me é lembrar este tipo:

Mais um que parece anedota, mas que é a vida real.

Parece uma anedota mas não, é a vida real.

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.09.19

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Em amena conversa, uma alminha diz que comprou ameijoas para fazer em casa. Grunhiu, porque até comprou das mais caras e viu que não compensa. Acrescentou que foi uma chatice, que maioria das ameijoas não abriu aquando confeccionada. Fiquei espantada e admirada desse ser ter sequer comido essa refeição, pois com tanta ameijoa sem abrir, não era eu que me iria arriscar a comer mesmo as abertas. Perguntei:

- Mas compraste das frescas?

- Sim, das frescas. Não foi das congeladas. Até as escolhi e tudo - e fez o movimento como se tivesse com as pás de plástico aquando compramos a granel.

«WTF? Escolheu? Hun... » pensei eu, além de que para se cozinharem ameijoas frescas, as mesmas têm de se por de molho para as areias sairem e as bichas abrirem... mas nem vamos por aí.

Até que uma outra alminha pergunta, se ao lado não estavam as ameijoas vietnamitas congeladas. A criatura responde afirmativamente mas volta a frisar que não comprou congelada, mas sim ameijoa fresca. E a alminha lá lhe diz:

- Ouve lá, se na arca, ao lado, estavam as vietnamitas, era porque as que compraste são congeladas e não frescas. As frescas não se compram assim, estão de outra maneira.

Yep... ele comprou das congeladas e achava que eram frescas só porque.. coiso. Sei lá, nem percebi o argumento tal a profundidade do wtf moment.

Resumindo... esta situação só me fez lembrar uma gozação lá no aquário mor, que dizemos que comemos peixe fresco porque o tiramos do congelador.

Ó meus senhores... com cada uma que mais parecem duas.

E assim, começo a semana... com reflexões destas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.09.19

Verão: época de praia. Adoro. Estas férias, fui para uma praia que há anos não ia e para meu deleite, não tinha excesso populacional. Porém, o português e o síndrome de sardinha em lata, que mesmo tendo o areal praticamente vazio, gosta é de estar aconchegadinho quase se fundindo com os outros, quilhou-me: além de ter toalhas quase em cima da minha de tal maneira que mal percebia onde começava a minha e acabava a do vizinho, tive pessoas ao lado que até viam se tinha a depilação em dia ou não e ainda chapéus tão perto que confundia com o meu. E, cereja no topo e algo alheio aos pega monstros toalhenses que estavam perigosamente a entrar no perímetro da minha zona de conforto, ainda gramava com ventinho e areia nas fuças - o que está mal. Se era para as pessoas estarem chegadas a mim tal traças atraídas pela luz negra, ao menos que servissem de barreira para estas coisas. Mas não... eu continuava a apanhar com vento e areia nas pestanas além de quase contacto corporal forçado, com corpos alheios - Sem mencionar a água gelada e a quantidade de algas à beira mar, que quando uma pessoa ia à água para fazer um chichi refrescar, se enrolavam em nós, tais criaturas moribundas - ainda deu para pegar em tufos de algas e por nos sovacos, no nariz, típico de gente labrega que não se sabe comportar na rua, a fazer de conta que as pilosidades corporais e macacos do nariz estavam excessivamente grandes e com rastas. Apesar de todas estas cenices, levantava cedo de bom grado, fresca e fofa, para ir por as miudezas a apanhar sol e, quiçá, ficar menos branca que as alforrecas. Era vestir um trapo qualquer, enfiar as hawaianas e lá ia ela. Sem grandes tretas.

Acabam as férias e regresso à rotina. De manhã, outrora calor que suava as pedras da calçada, já se sente o fresco do Outono a chegar. Levantar? Cada dia pior. É o edredon fino que já começa a subir pela cama à procura de aconchego, durante a noite. O lençol, de manhã, que me faz sentir um burrito de tão enroladinha que estou. A almofada, que fica todos os dias a chorar por mim, assim que saio da cama. Sair à rua, ver a humidade nos carros, sentir o fresco nas pestanas e ainda levar com ventax. Não me apetece de todo sair de casa. Amanhece cada vez mais tarde e ao fim do dia, a noite está cada vez mais cedo. Mas o maior problema disto tudo, é a vestimenta. Não está fácil. Se visto manga comprida, tenho calor. Se visto alças, passo frio. Se calço sapato, asso o presunto. Se calço chinela, fico com dois cubos de gelo. Arre porra!

Mas será que não há altura do ano em que uma pessoa tenha paz? No verão, é a malta armada em lapa na praia, a pedir colo. Só falta irem à nossa geladeira tal a proximidade. No começo do Outono, é o fresco, a humidade que encaracola o cabelo, é a roupa que é “nim” para se vestir e começam as camadas de roupa desnecessárias. Sem falar que mesmo que faça sol, é impensável usar roupa mais fresca.

Se não é do cú, é das calças. E tranquilidade, não? “Meh” p’ra isto tudo. Eu tenho o sonho de que um dia vou poder ser livre de vestir o que me apetecer adequado à estação, sem ter de ligar aos apetites de S. Pedro e o seu faz sol quente no inverno e faz chuva no verão.

Não perdi a esperança!!

Universo, universo...

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.09.19

...tu e o teu sentido de humor retorcido!

Ora, qual a probabilidade de um post postado na sexta-feira 13, ser sobre as crendices típicas desse dia, que acabaram por serem enumerada 13, tenha 13 comentários por responder? 

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Eu já não digo nada. Ainda bem que não foi o 6 (dia) 6 (situações) 6 (comentários), senão a fritadeira hoje estava dos diabos e sem ser preciso bigodes de gato, unhas de rato e sangue de cabra!!

Desafio de escrita dos pássaros #1 | A bela da sexta-feira 13!

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.09.19

“Problemas, só problemas!” barafustam as pessoas que são supersticiosas, ao chegarem a uma sexta feira 13, pensando como vão engedrar um plano perfeito para passarem o dia sem tentarem a sorte e retornarem inteiros ao conforto do lar.

Uno - Devem de começar a manhã, logo a sair da cama com o pé direito, pois não vá o diabo tecê-las - mas podem sempre torcer o pé. Digo eu, que não sou de intrigas.

Dos - Nesse dia, devem de estar especialmente despenteados, mal amanhados, maquilhagem mal pintada, armados em Beetlejuice, dado que não se vão atrever a olhar em um espelho e correr o risco que esse se parta, nem que seja só com um bafinho da respiração.

Trois – Vão-se forrar de amuletos – coitados dos coelhos, ficarão pernetas – antes de sair de casa.

Quatre - Vão sair de máscara anti armas biológicas e químicas, pois o azar anda no ar e não vá alguém o respirar sem topar.

Cinco - Durante o dia, vão evitar olhar para os animais com que se cruzam, não vá ser um gato preto maléfico e fica tudo estragado - coitado mas é do gato que se atravessar à frente destas pessoas, que vão ficar brancos e escaganiçados com os berros e os enxotanços.

Meia - Devem conseguir evitar passar debaixo de escadotes, pois nas obras já usam mais andaimes e isso.

Sete - Se chover, vão andar a atar os chapéus de chuva com cordas e arames, não vá o animal lembrar de abrir dentro de um edifício e é logo arroz queimado.

Ocho - E escrever a data? Vão passar o dia a adiar tudo o que necessite de data, para o dia seguinte, só para não escreverem o fatídico, horrendo, sangrento… 13.

Nueve - Vão estar de antenas no ar e virar verificador de resistência de materiais, pois vão passar o dia a bater na madeira, para que as palavras não ganhem vida e virem Gremlins na vida das pessoas.

Dez – Vão almoçar fora e mandar vir jantar por uber eats ou comer tudo sem sal, só pela possibilidade de derramarem sal no chão. Que tragédia!

Onze – Nem pensar em pôr a mala no chão! Nesse dia até vai andar suspensa.

Douze – Talheres cruzados?? Vão comer à mão, só por causa das coisas.

Treze – Nesse dia, nada de varrer, por causa dos pés!

Ainda bem que não sou supersticiosa. Trabalheira!!!

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