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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

É um sinal do fim dos tempos?

frito e escorrido por Peixe Frito, 30.12.19

Isto de começar o dia na santa paz do senhor e passar por um carro branco, cuja matrícula têm as letras OB... Dá que pensar.

E sim, era uma senhora que ia a conduzir.

Piada demasiado óbvia, não é? Até mesmo para o sentido de humor retorcido do universo.

O meu conto de Natal.

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.12.19

Ainda venho a tempo!! Este ano aceitei o desafio lançado pela imsilva, para escrever um conto de natal. E aqui está ele! Espero que gostem!!

 

Ela era uma rapariga normal. Pelo menos, aparentemente. Todos os anos ansiava pela época natalícia, que lhe trazia o calor e o conforto das suas memórias de criança: desde o cheiro da mãe a passar a roupa, ao odor de pinheiro nos antigos enfeites de natal, que passasse o tempo que passasse, parece que ficava parado no tempo, não abandonando as fitas desgastadas e as bolas a ficarem incolores.

Porém, naquele ano, tudo estava diferente. Ela estava diferente. Tinha vivido uns anos duros, com altos e baixos que só a vida sabe graciosamente conceder. Suspirou fundo. «Mais um ano sozinha. Já há demasiado tempo». Não se deixou envolver por aquelas mágoas antigas, réstias de um passado feliz e de momentos de tristeza à mistura. Lá meteu os pés na terra, se levantou e se foi despachar para a consoada de Natal.

A caminho da casa de família, observou a paisagem: o sol quente na face, as árvores que a viram crescer, os pássaros na sua costumeira azáfama. Entrou no pátio e sentiu o cheiro do inverno, do frio, do húmido nas folhas das azedas, nos limoeiros e o aroma das flores de nespereira. Parou por momentos. Fechou os olhos e ali ficou por breves instantes. Inspirou fundo. Lembrou-se de si própria, pequena, a correr por aquele corredor abaixo, feliz da vida, a roer azedas. Como a vida era tão simples, naquela altura. Retomou o passo. Tira as chaves para abrir a porta e entra em casa. Mesa posta com  serviço de natal que a mãe todos os anos usa religiosamente. A mesa dos doces e bolos, o pai de um lado para o outro a por a mesa enquanto a mãe está de volta dos tachos na cozinha. O resto da família sentados na sala, a falarem alegremente, com a grande árvore de natal ao canto da mesma. Linda. Com luzes a piscarem vivamente. Prendas debaixo dos seus ramos. Parou a contemplar aquilo tudo e sorriu. 

Após a azáfama do jantar, chega o momento de abrir as prendas. Ninguém gosta de fazer as crianças sofrerem à espera da meia noite. Sentam-se nos sofás e começam a distribuir as prendas, dizendo o nome em voz alta, correspondente a aquela prenda e eis que ela cai em si: Como se visse tudo em camera lenta, desde o pai no seu sofá ao resto da família a abrir prendas, papel por todo o lado, caixas de brinquedos e risota de felicidade, ela pensou para consigo: «Como me posso sentir eu só, se estou com as pessoas que amo?» e os seus olhos brilharam. O seu coração aqueceu. Naquele momento, entendeu o valor que aquelas pessoas têm para ela. Que estão sempre a seu lado nos momentos baixos e altos da vida. Riem e choram com ela. Relembrou-se do que é o significado do natal para si e para a sua família. O momento em que todos estão juntos e que não abdicam por nada.

- Tia!! - ouve ela. Estendem-lhe uma prenda. Ela sorri e agradece. Quer seja pela prenda, quer seja por ser abençoada, pela família que têm, e pelo facto de que não há prenda no mundo, que se compare à companhia daquelas pessoas que a rodeiam.

Se fosse alguma normal, aí é que me admirava.

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.12.19

Só porque é natal e completamente alheia ao facto de me terem oferecido uma mega caixa de bombons com o meu nome - foi um toque fofinho... comprarem precisamente daqueles que têm nome de gaja na caixa. Em bombons usam o meu nome, mas agora para apelidar tempestades e merdices dessas... está de gesso. Ah e tal, em bombons é mais fofo. Meh - hoje apeteceu-me ir cuscar qual era a música que estava em voga, no ano em que eu nasci. Completamente à parte de ter nascido a uma terça-feira e ser Carnaval - Carnaval a uma terça? Coisa estranha. Não me digam que a Páscoa também calha ao domingo - quando de facto vi a música que estava a dar cartas, a bombar em pleno na época natalícia... tudo fez sentido. A começar pelo nome da música. Apresento-vos: "Elmo & Patsy - A avó foi atropelada por uma rena".

Assenta que nem uma luva! 

Feliz Natal a todos os meus leitores e amigos, muitas prendinhas na peúga. Tenham cuidado, não vá ela pirar-se da lareira e levar as prendas com ela... já sabem como são as meias!

Yep, confere.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.12.19

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Pois é, pois é... Aqui a fritadeira teve em destaque este fim-de-semana e eu, nem dei por isso  Qual a surpresa, não é verdade? Mal sabia eu que enquanto estava no aquário a comer floquinhos e a mudar o óleo das fritadeiras, andava malta por aqui a espiolhar!

Agradeço à equipe do sapo pelo destaque!!

Xi 

 

Aprendam meus filhos, aprendam... Que génios destes, não duram para sempre.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.12.19

Um parque automóvel têm buracos no pavimento. É chato... são as poças que nem girinos criam de tão manhosas, é a malta a por lá os pés aquando vai para as suas viaturas, sou eu a meter os pés nas poças de propósito só para me meter com os colegas que andam de ténis e fogem das poças como diabo da cruz, sem mencionar que a manobrar, os carros as cilindram. Então, há que reparar... certo?

Claro. Em dia que está aviso amarelo no país inteiro, de que uma tempestada se aproxima de território nacional, que vai ventar como o caraças mais velho e chover como se não houvesse amanhã. Mas não há como errar! Observem onde estão as poças e é precisamente para lá que mandam o cimento fresco.

Ó senhores... a sério? Sim, a sério. Só visto, que contado ninguém acredita.

Ao menos não misturavam água na massa, aproveitavam a que estava nas poças. Nem nisso pensaram.

Génios. Tão brilhantes que até a lâmpada parte de excesso de energia.

Haja alguém que pensa como eu, que há uma conspiração evidente!

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.12.19

Para rirem um pouco. Boa sexta-feira pessoal!!

Felizmente eu até corto as unhas dos pés, senão nem quero pensar na rebaldaria e revolução que era.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.12.19

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É assim, eu sou descontraída - agora... agora - de modo que se calçar umas meias e vir que ela está com o tecido a querer grelar batatas, várias vezes não as descalço, optando por as coser ou dar outro uso, quando as descalçar. Somente as descalço se tiver tempo - de manhã, o tempo é escasso e para quê perder tempo a descalçar, ir procurar peúgos, calçar os animais, enquanto se tiver uns que aguentam, embora quase estejam a içar a bandeira branca, até ao fim do dia? Embora para a frente, que atrás vêm gente!!

Como era de esperar, esta minha atitude de "'bora lá senão atrasamos" às vezes vêm morder-me o rabo. Claro! De que estavam à espera? Então, raros são os dias em que calço peúguedo a arrastar-se como que a sair de dentro de água depois do barco ter naufragado, mas calço quase sempre em dias que acabam por ser, os mais inapropriados. Nesses dias, a vida dá voltas e eu decido ir comprar sapatos... ou calças. E, naturalmente, tenho de me descalçar. E como é que o faço sem ninguém notar que a meia está a modos que... coiso? Pois é... Também acontece eu nem ver que elas tinham um buraquinho e quando descalço na sapataria: "tcha-naaaaaaaaaaammmmmmmmm!!" calcanhar roçado ou batata no horizonte - parece que lhes cheira que eu me vou descalçar em público - Que fazer? Olha... erguer a cabeça e dar o corpo ao manifesto, o peito às balas. Que atire a primeira pedra quem nunca teve meias furadas na vida!

Se eu não fizesse vistoria ao peúguedo aquando o descalço antes de por a lavar e antes de as arrumar, sabendo que as criaturas precisam ou de ser cosidas ou de ser tempo de assumirem outros cargos, tais como os de limpar vidros ou a casa-de-banho, eu até compreendia que estas situações de batata surpresa se dessem. Mas não. Tenho cuidado com o cultivo das meias no aquário, mas há sempre uma ovelha ranhosa no bando.

Começo a achar, que há conspiração do peugal contra mim. Já não basta as desirmanadas durante as lavagens, que entram as pares e sai só uma ou a novela de não encontrar o par dentro da cama, ainda mais criarem batatinhas novas num piscar de olhos.

Já não se fazem meias como antigamente. Tenho dito! Por causa das coisas, vou deixar de por amaciador nas lavagens, a ver se elas gostam e aprendem a se comportar.

Não posso dizer que não fui avisada.

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.12.19

Que posso eu pensar, ao me deparar com uma fruta com vários autocolantes destes?

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Das duas três, ou este deu luta e andou verdadeiramente a distribuir peros pela malta, aquando foi colhido ou então é uma fera indomável, que um autocolante não bastava para avisar qualquer vítima incauta ao seu ar pacífico. Às tantas, era somente um pero que gostava de aplaudir os feitos da malta, com síndrome da Amália, versão "Obrigado, obrigado" adaptado para "Bravo, bravo".

Na via das dúvidas, decidi lidar com a situação da melhor maneira possível. Antes que me pudesse bufar o que fosse, pôr as unhas de fora, vestir  armadura para o combate ou um xaile de renda com franjas, dei-lhe um par de dentadas e a coisa resolveu-se. Ainda temi pela vida, pois era sumarento e a malta pode engasgar-se... mas foi uma luta digna. Pereceu com honra.

Que a sua alma esteja em descanso.

Desafio de escrita dos pássaros #14 | E para hoje, um pouco de mim, de modo não usual.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.12.19

Posso aparentar ser desastrada, distraída, tótó por vezes e loira não só por fora mas também por dentro, com as partilhas que habitualmente faço com os meus leitores. Brincalhona para com terceiros e constantemente na paródia, aparentemente não levando nada a sério. Mas se querem saber, eu sou muito fora dos moldes da sociedade. E não digo isto porque é moda ou da boca para fora. Quem me observa, pareço desenxabida, ar de quem não parte um prato e de sonsa sem sal, mal sabe que quem vê caras não vê corações e que, por detrás desta cara de anjo, na verdade é uma pele de diabo, mente observadora e perspicaz que está constantemente a fervilhar de ideias – boas ou más, isso depende para onde pende a parvoeira – de paladar refinado acerca de tudo na vida. Não nasci para enquadrar em uma sociedade onde o outro é oprimido, constantemente têm de provar o seu valor ou acha que têm de se enquadrar, não vendo que é prisioneiro pelo seu próprio pé e vontade, com medo de arriscar a ser ele verdadeiro e esticar as asas e voando para longe, onde os outros fiquem em raios que os partam.

Primo pelo meu sentido de humor sem maldade mas extremamente sarcástico, e optei por me rir invés de chorar, embora isso incomode. E eu não me ralo com isso. Luto para ser autêntica comigo mesma, seguir as minhas vontades e trilhar o meu caminho pelos meus ideais, valores e objectivos. Se ao me expor, contando parvoeiras do dia-a-dia, que muitos também vivem mas não ligam, por estarem ligados à tomada e de cérebro dormente – sem julgamentos, são escolhas das pessoas – corro o risco de ser rotulada de coisas menos verdadeiras, é algo que não me assiste, pois nada tenho a provar. Gosto de incutir a minha visão de humor em coisas corriqueiras, pois tristezas, já tive a minha dose.

E esta sou eu. Franca. Honesta. Directa. Crua mas de coração quente e sempre pronta a ajudar. Não nasci para não ser eu e viver pelas expectativas de terceiros, mas nasci para Ser. Se isso faz de mim a ovelha loira ou negra do rebanho, não faz mal.

Sejamos autênticos e não portadores de ilusões e formatações externas, mas sim internas.

Nascemos para viver e não para usarmos véus na alma, cosidos pelas mãos de outros.

Ia sendo, mas não fondo. Safei-me resvés Campo de Ourique.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.12.19

Alheada ao facto de ser sexta-feira 13, dado serem sete e tal da manhã e o tico e o teco ainda estavam extra dormentes, hoje pensava ser sábado. A sério! Acordei e pensei:

- Nossa que bom, hoje é sábado e posso dormir até mais tarde!!

Só que não. Daí a momentos, toca o despertador. Até podia pensar que o teria programado mal mas eu sei bem no meu íntimo, que ele está programado só para tocar aos dias da semana, por isso se ele estava a tocar... era dia de mexer a peida dos lençóis.

E assim começou a minha esplendorosa sexta-feira. Com uma vontade de me levantar extra crocante com cobertura de não-me-apetece-mexer polvilhado de raios-partam-que-ainda-falta-um-dia-para-sábado. Ma-ra-vi-lho-so. Melhor que isto, só ter de ir às compras no fim-de-semana e quando se começa a chegar à periferia dos hipermercados, decidir passar fome só para não ter de me enfiar nas filas de acesso, conseguindo passar isso tudo, as formigas às compras e filas e filas e filas para me vir embora, já eu perdi anos de vida. Ainda pior do que uma corrida de obstáculos, em que o chão está encerado e os corredores com mini meias de vidro.

Ainda espero pelo milagre natalício, de ir e vir das compras descansada, nesta época do ano.

E pensar que este post começou por eu ter tido sorte em não me atrasar, apesar de estar a sonhar com o doce sábado, e acabou a falar em milagres de Natal. Isto é que é!

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