"O Grito" de Edvard Munch
Olá mês amôres, mês curações, mês tesoiros! Sejam bem aparecidos aqui pelas bandas da fritadeira que sempre foi mais à frente de todas as fritadeiras existentes, que por aqui fritamos sem óleo estão a ver, agora é que há por aí umas modernices de se fritar sem óilo, mas isso é tudo invejas, não podem ver uma gaja ser pioneira nas cenaices e querem logo copiar! Ora, como estava a dizer antes de entrar no devaneio oleoso, hoje é dia de rúbrica de esfrangalhanço semanal de uma pintalguice famosa - dizem... porque para mim, ninguém bate "O Menino que Chora" ou "O Menino da Lágrima", sei lá eu, "Menino com a vela acesa", pronto, e o resto é mesmo isso, só meninos - e o que lhe calhou a fava no bolo esta semana, foi ao Edvard Munch, com o seu "O Grito". Ele bem que esperneou mas é assim, nada feito. Toca a todos, meu caro. Sendo assim, vamos lá absorver o que o senhor estava ali a reflectir, quando os macacos do sótão se lembraram de fazer esta macacada.
Logo em primeiro impacto, neste sim, o título diz tudo. Não é como certas gentes que chamam "A Noite Estrelada" e depois estrelas, nem cheirá-las. Venenos aparte, este é verdadeiramente um quadro que expressa o seu estilo, tendência, onda, vibe: tão expressionista que até a própria criatura - não quero dar rótulos, rotular é feio. Cada um é como é, maravilhoso na sua expressão única, seja peculiar, esquisito, estranho, meio que anormal, invulgar, inusitado, excêntrico, bizarro, desusado, diferente, especial, exótico (esta é uma boa descrição. "Ah e tal és meio feioso exótico", soa melhor), incomum, insólito, singular, coisa que não dá para perceber sequer de que terra é - ficou impressionada com a situação.
Aquela escolha cromática, de tons laranjas e avermelhados, amarelos cor de coiso, ondulantes e magnetizantes, fazem pensar que devia de haver um fogo na casa do vizinho e o senhor, invés de ir ajudar, estava era ali a pintalgar. Já sabem como são alguns vizinhos, não vou sequer comentar esta sinergia entre Munch e a vizinhança, mas ouvi dizer que houve uns comentários acerca do bigode do senhor. Assim, só de surra, eu que não sou de intrigas. Porém, se olharmos com olhos de ver, aquelas riscas, remetem a bacon com ovos mexidos. Cá para mim, o senhor estava era com alguma fomeca e, a própria figura do quadro quando se apercebeu disso, deitou logo as mãos à cabeça, pois também queria mas de certeza que não ia tocar na chicha. E olhem que bem precisava de comer, tadinho. Está ali com ar de mal nutrido, que até dói e me faz a mim querer gritar quando olho para ele. Isto sem abordar as vestes, que ó senhor, aí sim, são de gritos, de tão... tão... sei lá, de tão coiso que nem sei exprimir.
Uma sensação muito presente nesta pintura, que marca posição e invade, nos inquieta, mexe connosco, dá para sentir dentro do nosso peito, é mesmo o pânico expressado pelo ser. O que eu acho que aconteceu, sabem o que foi? É que esta gente agora anda com a mania de andar sempre com o telemóvel na mão e, a tirar uma selfie com toda a certeza, chegou-se mais à beira da ponte e pimbas, caiu o telemóvel lá embaixo. E depois fazem estas figuras, a armarem-se em vítimas e fiteiros, quando a culpa é deles. Tivesse levado um selfie stick, ó senhor... senhora... cenaice! Ou pedido a alguém que lhe tirasse uma foto enquanto fazia uma pose com bico de pato, mas não... Agora olha, arreia. Bem podes levar as mãos à cabeça, que já foste. Espero que ainda tivesse na garantia e que tivesse guardado as fotos e os contactos na Cloud.
E, na recta final desta análise, concluo que fiquei sem perceber que raio anda uma pessoa de fato e chapéu a passear à beira rio ou beira lagoa ou beira qualquer coisa, acompanhado por alguém que claramente deve sofrer de problemas de cervical, já viram bem o tamanho daquele pescoço? Nóssa senhora!! E mas que raio, está a fazer um barco ali no meio da espiral? Parece mesmo que vai ser engolido pelas águas! Coitados... Já não se pode fazer uma pescaria tranquilo ou dar um passeio romântico mais a sua cara metade. Não há direito! Talvez Munch tenha pintado a elipse das bermudas, quiçá. Onde irá navegar aquele barquinho incauto, que apenas se vê a ponta do mastro, já sem o c*****o e tudo, olha foi tudo com a peça das Caldas mesmo, incluindo o smartphone do... da... de... aquilo! Vocês percebem. Há mistérios na vida, e este é um deles.
Não vos maço mais, vou só ali e já venho, sim? É que já marchava um bacon e tal e coiso... Por isso, hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!
Até para a semana!
Peixá Marie del Frite.
Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.
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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.
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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D, Ana de Deus, Ana Mestre, bii yue, Célia, Charneca Em Flor, Concha, Cristina Aveiro, Fátima Bento, Gorduchita, Imsilva, João-Afonso Machado, José da Xã, Jorge Orvélio, Luísa De Sousa, Maria, Maria Araújo, Marquesa, Mia, Marta, Olga, Peixe Frito, Sam ao Luar, setepartidas.