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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Vamos lá a falar de coisas que de facto contribuem para o bem estar geral.

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.10.21

Hoje vamos falar de coisas sérias! (*puxar da cadeirinha e ajeitar o bafunfo*) Vamos debater as emoções - ou acham que isto por aqui é só gandaia? Ah não é não! - E não, não falo daquelas que nos apertam o âmago quando vemos que já acabou o pacote das nossas bolachas preferidas ou quando nos dá uma gana indomável - quase se transformando em gormiti das lavas - de espadeirar alguém, porque deixou as cuecas no estendal aquando estava a chover! Falo sim, daquelas que nos fazem corar. Okay, há quem core de vergonha, que core de surpresa, que core de arrepios-de-vergonha-alheia e até de ter estado demasiado tempo ao sol ou perto do vidro do forno que nem uma lapa, à espera que o bolinho acabasse de assar. A meu ver, quando uma pessoa cora, é algo que é muito genuíno e que não conseguiu disfarçar. Quase como quando se faz força e se sai um "pum" à socapa, quando simplesmente estávamos a subir as escadas. É algo assim inesperado, talvez com alguma pureza e que demonstra vulnerabilidade das alminhas. Uma inocência talvez, de sentirmos que a situação nos bate tal como uma cabeçada no armário com a porta aberta, sentindo as coisas sem filtro e exprimir do mesmo modo. Agora, a situação de uma pessoa ficar vermelha, é que acho que é digna de estudos. Mas porque raio ficamos vermelhos? E porque é que, aquando estamos pigmentados que nem um tomate maduro, se fica ainda mais vermelho ainda - como se isso fosse possível - passando por toda a gama das cartas de pantones relativamente ao tom vermelho, cada vez que alguma alminha têm a inteligência de apontar à outra, que a mesma está com o bochechedo vermelho ou corada? - acho que é mesmo o sentimento de "busted" e de que "se calhar se tossir, consigo abafar o cheiro".

Ora, meus senhores... É que esses comentários ajudam como a peça das caldas, ou seja, #obrigadapornada! Não sei quem acha que uma pessoa que está com ar de excesso de blush vermelho, não sentiu que está com a cara vermelhinha como se tivesse levado duas lambadas nas fuças! Uma pessoa assim fica tão coradinha que dá para assar umas tiras de bacon na cara. Quiçá, aqueles que têem uma testa grande, um ovito estrelado ou dois - para os aventureiros.

Seja qual for o motivo de se corar, encanamento, catanço, (pensamentos menos próprios) vergonha ou timidez, é irónico que precisamente a cor que demonstra isso, é nada mais nada menos uma cor que em nada é despercebida, subtil, é que só faltam sirenes a soarem e luzes a catrapiscarem, para dar ainda mais ênfase e dar mais barraca ainda à pessoa. É um género de sistema interno que nós albergamos, que se pomos um pé em falso, pimbas, soam os alarmes. 

Por mim falo, eu quando noto que estou a corar começo logo a pensar "Peixa, estás a corar" e sinto a cara a aquecer mais "Peixa, estás a corar MAIS ainda" e sinto ainda mais quente "Peixa pára, senão daqui a bocado rebentas com o termómetro e encontras um novo tom de vermelho" e claro, extra pitada de vermelhinho nestas faces brancas como a cal - o que não ajuda em nada, só faz mais contraste.

O que vale é que é só a cara, senão havia por aí muito boa gente com o corpo todo vermelho e não era porque gostam de levar umas palmadinhas no nalguedo.

Com isto constato de que não preciso de ninguém a apontar-me o dedo ou a observar que estou corada, eu faço bullying a mim própria.

Vida de gente com ar de bronze à lula, é complicada. Deixem que vos diga.

Ah e este post era para debater as emoções, não era? Foi muito emocionante escrever sobre isto e ficar corado é tramado.

Desafio Arte e Inspiração | 7.ª Semana | Análise a "O Beijo" de Gustav Klimt.

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.10.21

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"O Beijo" de Gustav Klimt

Olá chuchus belezas! Achavam que hoje iam ter folga? Ah pois, mas não vão ter! A Peixá é muito requisitada em outras várias bandas mas veio aqui fazer uma perninha para a nossa rúbrica semanal de esfrangalhar a obra pintalgada de um artista, a quem lhe saiu o prémio, mas envenenado! Esta semana é a vez de Gustav Klimt, com "O Beijo". Então vamos lá a analisar, sorver, degustar com os olhos, que raio estava a musa deste senhor a engendrar, aquando este quadro brotou na inspiração do senhor.

(*momento de pausa para compostura da indumentária*) Desculpem lá a pausa, mas é que este quadro têm tanto mas tanto amarelo, que tive de ir colocar os óculos de sol, a ver se poupo os olhitos de boga, que estavam a arder com tamanha luminosidade e a ficarem meio para o vesgos.

O beijo, algo que supostamente é sinónimo de carinho e afecto, que todos gostamos de receber - menos das tias chatas, que nos lambuzam e apertam as bochechas, que até fazem cãibras na malta ou o meu tipo de beijo às gentes pequenas da família, que faço de conta que é um beijo mas depois encho as bochechas de ar e faço de conta que é um pum - mas nesta pintura... bem... dá que pensar. Efectivamente o autor estava ali com algum desejo recalcado, mas isso está na cara. Queria encher de beijocas alguma moçoila - isto está a começar a lembrar as constatações da semana passada - ou então andava armado em voyeur, a cuscar as beijoquices dos outros "Ah e tal deixa-me lá encher isto de flores para parecer menos mal, floreando a cena de eu andar aqui a espiolhar a troca de cuspes alheias". Funcionou? Para mim não, mas o amarelo funcionou na perfeição para que eu quisesse de facto desviar o olhar. E eu, observando o andar da carruagem, não sou a única a querer raspar-me da situação, ao que aparenta a moça do quadro, também está desertinha de dar de fuga, com o pézito ali a postos para dar corda aos sapatos - neste caso, solas dos pés - assim que o moço a largar. Faz-me lembrar as crianças a serem beijocadas e quando fazem o corpo mole, na vã esperança de que vão escorregando do nosso abraço, para se pirarem dali para fora. Mas não estás lá com grande sucesso, minha amiga... Deixa que te diga. Ainda por cima, estás mesmo à beirinha da cenaice... ainda te estatelas e ficas cheia de pensos. Pensa lá na tua vida.

Uma característica muito latente nesta obra, que me faz esfregar os olhos a pensar se não são as romelas a fazerem das delas: não consigo deixar de sentir que a imagem não foi bem carregada por quem fez o download da mesma para a tela. Ora, aqueles quadradinhos ali mais me parecem um pixelizado esquisito que, ao salvar a imagem para continuar a pintar o resto mais tarde, deu-se um erro no servidor, ficou ali um bug exposto, às vistas de toda a gente. Aconselho a criatura a aumentar a RAM do cavalete, bem como uma melhor placa gráfica ou processador, que cheira-me que isto vai acontecer mais vezes, em pintalguices futuras.

De resto, no seu geral, posso observar ali quase uma fusão, mas não tão bem sucedida como o Songoku e o Vegeta, mas sem dúvida que o pescoço do senhor é assim algo de musculado, não ficando atrás de nenhum Super Guerreiro. Roça ali um bocado o ar de tartaruga no meio de um campo de flores, mas a situação até ficou compostinha. Embora espere que nenhum dos dois seja alérgico a flores, senão será o cabo dos trabalhos.

No meio disto tudo, fiquei com vontade de me raspar e ir para outras bandas, fazer não sei o quê e não sei com quem. Lá dizia António Variações: "Porque eu só quero quem Quem não conheci (...) Porque até aqui eu só Estou bem aonde eu não estou, Porque eu só quero ir Aonde eu não vou" basicamente. Por isso hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

* * *

Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

* * *

No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno EverdosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas

A dura (e ruidosa) realidade.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.10.21

Começo a aperceber-me de como se sentem as pessoas que têem estradas a atravessar os seus terrenos, que invés de terem sossego, levam com algum trânsito de quando a quando. Tal como há casas construídas em cima de cemitérios índios, locais de culto, terrenos de pântanos onde vivia o Shrek, desconfio que o edifício onde laboro, deve ter sido construído sobre algum sítio mágico ou em cima de alguma estrada daquelas antigas, que a malta ainda passava a cavalo e no carro do Armando (metade a pé, metade andando *tambores ba-tum-tssss*). Digo isto não porque necessariamente é um sítio mágico - se pensar bem, até é mágico: abrir a janela e cheirar a fossa de quando a quando, ouvir os sapos a coaxar no leito do esgoto a embalarem-nos suavemente e nós a adormecermos mais o cheiro fétido a coisas mágicas - onde há unicórnios e borboletas a voarem, mas sim porque se soubessem a quantidade de vezes que tenho libélulas a pairar à porta, como se tivessem à espera que o sinal abrisse "verde" para continuarem a marcha, e a autoestrada que é o meu gabinete, aquando tenho a porta aberta e é só ver moscardos, varejeiras, moscas a passarem na maior das jardas até à janela...! Ultimamente então, é o descalabro. Uma pessoa acaba de abrir a janela para sair um bóing 747, senta a peida na cadeira e pimbas, já está outro à espera na gare, que a janela seja aberta.

Ando a ponderar em colocar uma malha na porta, similar ao que a minha avó metia, aquelas fitinhas para as moscas não entrarem em casa, mas versão eléctrica: assim que alguma se atrevesse sequer a tentar passar, tostava ali na hora. O pior eram os cadáveres do lado de fora, mas iria dar-me um ar de badass frente às moscas, que achariam que ali era a parte do trajecto que aquando olhassem para o mapa, tinha uma caveira em cima, sendo sem a mínima dúvida o local a evitar a todo o custo.

Podia ter a porta fechada... sim, podia. Mas gosto de arejar o quadrado; Podia ter a janela sempre aberta para as bichas continuarem o seu percurso directo, sem terem de atracar à janela, à espera que a ponte eleve e elas dêem combustível aos motores... sim podia. Mas aí passava uma friasca dos legumes vermelhos da horta que nascem em tomateiros e apesar de ser uma criatura muito caliente, há temperaturas que o meu termóstato não aceita e bloqueia; Também podia ignorar as suas constantes passagens à frente dos meus olhos, o andarem às voltas, o voarem alto para a direita, voarem baixo para a esquerda, andarem para aqui com as acrobacias e a parecerem que estão em um concurso de coisas aladas em que recebem pontuação pela melhor performance, mas o pior disto tudo é mesmo o barulho. Nem os escapes furados dos xunings são tão maus nem os tuk-tuks, que vêem lá embaixo na vila e uma pessoa já os consegue ouvir no topo da serra...!

Uma fisgada no meio dos omatídeos das moscas, é que era. Relaxava em três tempos. Isto é um exercício à paciência e ao abstrair do meio envolvente, estar a gramar com aquele som nada irritante nem constante, que uma pessoa até respira fundo quando ela finalmente pousa mas advinhem, falso alarme, e a criatura volta a andar no circuito a todo o gás. Sorte a delas que não se sustentam a combustível fóssil, senão não ganhavam para os pensos. Ainda não passei nesse teste da paciência e nem do amor incondicional por todas as criaturas e mais algumas - dá-me logo vontade de lhes dar uma verdascada com uma folha enrolada ou lhes dar com uma cadeira nos dentes, a ver se sossegam. Não trabalham nem deixam trabalhar, parecem alguns colegas - Mas também vos digo, quem conseguir ter essa mestria e até apanhar as moscas com um pauzinho à Miyagi, bem que o mundo pode estar a ruir à sua volta, que continua ali pávido e sereno, a ver a sua série preferida na tv e a ratar pipocas, coçando o rabo de vez a vez.

Esta é a minha dura (e ruidosa) realidade do meu quotidiano. Se virem bem, explica muito os meus transtornos de personalidade e o tipo de escrita que tenho. Há dias em que só me apetece largar tudo, descalçar os sapatos e fazer um carrapito na cabeça, me enfiando ali no riacho, a coaxar mesclada com os sapos.

Este está bom e recomenda-se! #sóquenão

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.10.21

O colega, depois de almoço, preparou-se para ir fazer uma intervenção fora. Despede-se com um "até logo" e aí vai ele, de rumo à viatura dele. Já a chegar ao carro, dá a volta aos calcanhares, volta às instalações para vir buscar a chave do carro da empresa e desta vez sim, vai directo à viatura correcta, para ir fazer o trabalho.

Pois é, pois é... lanza de depois do almoço, como tu atacas as alminhas frágeis e desprevenidas, as atraindo magneticamente para as suas viaturas particulares, com o cheiro de ir mas era para casa e não vergar a mola. Maléfica, a estender os seus tentáculos de surra.

Uma bela maneira de sacudir a água do capote.

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.10.21

Não tenho jeito nenhum para contar anedotas, daí só gostar das secas: assim o não terem piada é mesmo por culpa delas e não pela minha falta de condão de as contar.

Desafio Arte e Inspiração | 6.ª Semana | Análise a "O Sobreiro" de Rei D. Carlos de Bragança.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.10.21

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"O Sobreiro" de Rei D. Carlos de Bragança

Olá olá, coisas lindas e boas, airosas e frescas, pérolas e regalo para os meus olhinhos de boga! Cá estamos nós no sítio do costume, a fazer o costume e... (*momento de pausa a reflectir*) (*...*) (*encolher de ombros*) como costumeiramente a fazer algo digno, que contribui para a sociedade activamente. Hoje sem muitos fu-fus e gaitinhas, vamos lá a "andar andar" a apresentar a pintalguice que lhe calhou o brinde na embalagem das batatas fritas, falo de "O Sobreiro", rabiscado e colorido pelo Rei D. Carlos de Bragança. 

Como hábito, vamos lá a sorver o que a imagem emana (ainda bem que é imagem. A julgar pela localização, devem haver uns mémés por ali a pastar nas redondezas e que deixam um rasto - não de migalhas - de "conguitos" orgânicos e aromatizam o ar com aquele cheiro característico, que não é a flores - só daquelas degradadas e digeridas e expelidas - nem a coisas apetitosas, que aquando o sentimos, nos apetece logo ir banquetearmo-nos efusivamente de um bom prato de peixe frito com arroz de tomate ou saltar pelos campos floridos, a cantar a música do filme "Música no Coração" - #sóquenão). Logo assim de caras, há um sentir de marasmo, fuga, de alguém apanhado de calças na mão. Ora, a sério que com tanta coisa mais rica para pintalgar, o senhor foi logo bater os olhos em um sobreiro? A julgar pelo ar semi desnudo do coitado, cá para mim isto foi mas foi tudo uma analogia a alguma senhora que andava ali pelas redondezas e, para não dar barraca nem bandeira, sua realeza decidiu disfarçar e homenagear a moça de modo indirecto, pintando um sobreiro com ar de quem a roupa encolheu depois de ter sido lavada na máquina e não no programa dos delicados (Obs.: okay, eu adapto: foi esfregada nas pedras do rio invés de no tanque e com muita força, com água muito a escaldar em contraste com a água fria do rio, as vestes até se encolheram todas que nem um dedo queriam pôr dentro da água) ou que gosta de usar as t-shirts que voltaram à moda, de umbigo à mostra para mostrar o piercing (nesta altura ui, devia de ser uma modaça daquelas, umbigo à mostra e piercings! Imagino!! Iam logo secar as peles na fogueira, no meio da praça), ou até eventualmente dado o quente que se faz pelo interior, onde estas espécies são mais características, há ainda a opção de que provavelmente a coitadita da árvore esteve no campo a fazer sombra à mémézada, não usou protector solar e, esquecendo-se de tirar a t-shirt nos primeiros dias de exposição solar, apanhou um escaldão e agora anda com bronze à camionista ou, como costumo dizer, anda sempre com a t-shirt vestida (é preciso amor à camisola. Pronto pronto, já chega eu sei. Mas é mais forte que eu). No fundo e traparias e bronzes aparte, seja porque a árvore talvez remetesse à sensualidade da senhora, por ser curvilínea, robusta, e dada a sua pose muito... como que alongada, torcida de ramo preso nos dentes...! - isto está a ficar muito sexual, só de surra - não posso deixar de observar de que belas dores nas costas, devem advir destas poses sexys e a esbanjarem charme. Até eu comecei a ficar com jipose, só de olhar, quanto mais. E aquele corte de cabelo... Deus nos valha. Espero bem que a senhora não tivesse aquele ninho de ratos como os ramos mal podados e mal amanhados, o sobreiro pintalgado têm. 

E pronto olhem, nada mais tenho assim a acrescentar, acho que aquele é um bom spot para ter uma casinha no monte bem como belo local para piquenicar uma pescadinha de rabo-na-boca frita, debaixo da sombra destas esbeltas árvores. No fundo no fundo, o senhor queria era pintar mas estava com uma lanza tão grande, que se deitou debaixo do sobreiro e ali ficou, a pintar o que havia mais à mão.

Por isso hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

* * *

Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

* * *

No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno EverdosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas

Aqueles momentos em que me apetece ir buscar a caçadeira e dizer: "Dou-te 5 minutos de avanço".

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.10.21

Dado os acontecimentos recentes e os mesmos terem sido uma repetição, as massas chegam à conclusão de que aqui a Peixa é de facto uma criatura multifunções: além de maravilhosa, carismática, de ter uma voz de sereia e de onde pisa nascem tufos de ervas daninhas e cardos com umas silvas à mistura, têm condão para ser consultora. «E de quê?» Questionam-se vocês. Do que for, basicamente. A mais recente foi a namorada de uma criatura fazer anos e me ser solicitada a minha ajuda para a prenda - ideias, não investir na mesma... era logo a primeira bola a sair do saco - Apesar de eu ter apresentado os meus argumentos de que não conhecia a moça e de que, efectivamente, só a tinha visto uma vez e trocado um par de palavras antes de arrumar os tarecos e ir embora para casa, a insistência foi evidente. Pronto, lá acedi fazer esta caridade, dado que uma "maçã por dia não sabe o bem que lhe fazia", sempre ouvi dizer.

Primeiramente, vesti o meu fato a Sherlock Holmes só abdicando do chapéu que me fez comichão dadas as traças e o cachimbo porque achei meio demodê sem fazer pandam com o meu tom de pele, e comecei a por-me em campo: Sugeri umas pulseiras - com o descritivo adequado e print screen como exemplo, em determinadas lojas após pesquisa - ao que recebi logo uma resposta de: "Ela já têm imensas". Okay Peixa. Não vamos desanimar. 0-1. Enquanto o relógio está a contar ainda há tempo de invertermos o resultado. Não perdendo muito tempo a marinar a situação, surgiram ideias as quais foram sempre acompanhadas pelos screenshots, com as lojas devidamente identificadas tal como o preço e descritivo do artigo - se é para fazer, ao menos que seja como deve de ser né? Nem que seja se a pessoa tiver dúvidas, veja ela mesma, que eu sou daquelas que quando entrego a papelada "xau e adeus boa viagem, boas festas e um queijo" e chuto para o departamento ao lado dizendo que isso é com o colega, esfumo-me, tornando-me em um conto popular ou mito, se realmente a Peixa existe ou não?): desde brincos a malas e carteiras, fragrâncias, passando por cremes para o corpo, gel de duche e, inclusive, mais nada além disso. "Olha, ela adora cremes para o corpo! Logo vou passar na loja e comprar". Yeahhh vitória! Ah pois é. 15-0. Melhor que isto, é impossível, correcto? Só se fizesse eu a encomenda e mandasse entregar em nome do outro, em casa da moça! - Ui, mas está na cara que sim, que o ia fazer #sóquenão, fia-te na virgem e não corras.

Qual o desfecho disto tudo? Vim a saber, uns dois dias depois, após questionamento à criatura, que raio ele acabou por comprar e dar à sua cara metade:

- Olha, dei-lhe o meu gorro da Nike que ela adora e queria.

Está certo. Ainda bem que era algo que ela gostava e queria. Ainda bem que a minha pesquisa de praticamente nada valeu. Ainda bem que eu despendi do meu tempo e escravizei os meus neurónios a tentar, dentro do possível, arranjar ideias adequadas a uma criatura daquela idade e sobre quem eu nada, absolutamente nada, sei.

Ora bem, vamos lá a ver... Vou pôr o relógio pronto para começar a contagem, enquanto eu carrego a caçadeira. É bom que comeces a calçar os ténis e que tenhas participado no corta-mato na escola.

Quando penso que eu vou fazer figuras, constato que ainda há pior que eu.

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.10.21

Decidir lavar o carro e começar a chuviscar. "Que se dane,vou lavar o carro na mesma, senão parece que andei no rally, pelo meio da lama".

Chegar ao spot das lavagens e ver um tipo de camisola de capuz, tranquilamente no exterior da lavagem, a passar a camurça no carro todo.

E sim, estava a chuviscar e sim... o senhor sabia. E sim, continuou a passar a camurça mesmo estando a ser regado pelas nuvens, durante um bom bocado. E ainda meteu os tapetes nos bate-tapetes, a serem humidificados. Tudo com muita calma e na santa paz do senhor. 

Se tentasse fazer de propósito, certamente não conseguia.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.10.21

 Saborear os últimos pedaços de marmelada barrada nas marias torradas, com o som de fundo "The Final Countdown" dos Europe.

Alguém me anda a espiar... anda anda.

Uma pessoa até fica sem saber o que dizer.

frito e escorrido por Peixe Frito, 14.10.21

- Isto, o fim-de-semana, não é para ficar a dormir! É para se levantar cedo, porque amanhã, segunda-feira, já se levanta por obrigação e não porque quer! Há que tratar a mente também! (*sinal com o dedo a apontar para a cabeça*) Por isso é fazer um planinho, levantar cedo e ir passear. Porque as folgas são para se viver!

E eu a pensar para mim, "porra e eu que passo a semana a mil à hora, quando chega o fim-de-semana quero mesmo é levantar com as galinhas invés de estar um pouco mais na cama, a descansar os ossos"

A intenção foi boa, isto foi proferido de uma pessoa com uma certa idade, enquanto abastecia a viatura à malta. Mas eu não parava de pensar nas minhas olheiras por cansaço e em como sabe tão bem uma maratona de Netflix, meia volta, a sofázar. 

Resumindo, era o senhor a falar e eu só acenava de confirmação, enquanto fazia mil cenários na cabeça a pensar porque não me levantava com o sol a raiar ao fim-de-semana. Cheguei à conclusão de que ter os estores embaixo não ajuda e que tenho de arranjar um galo para me despertar. Crio-o na banheira. Pior é quando for tomar banho, mas acho que ele não se vai importar. Tudo para me certificar que me levanto a tempo de aproveitar o dia!! Alguma ideia a acrescentar? - nem se atrevam. Pergunto por cortesia.

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