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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Por que mares ando eu a navegar | Blogs que sigo

frito e escorrido por Peixe Frito, 30.11.21

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Como poderia eu não destacar a ilustre nobreza aqui da blogosfera? Inevitavelmente, a fava iria calhar ao querido Milorde! Não se enganem ao pensarem que como é um senhor de alto gabarito, que têm a mania que os chatos andam de avião ou que se arma ao cardo, achando que tudo é povo e que ele é que é o maravilhoso do pedaço! O Milorde têm um sentido de humor maravilhoso sim, e uma escrita cativante, que nos faz nos armarmos nas alcoviteiras das aldeias, pois não ficamos indiferentes aos seus relatos do que se passa em Barbalimpa.

Recomendo altamente que vão conhecer o espaço do Milorde, mas atenção: nada de aparecer assim à papo seco, pois o Milorde gosta de receber os convidados como deve de ser. Com sorte, ainda bebem um cházinho maravilhoso, que ele tão bem sabe oferecer às visitas.

Vão cuscar! Não se vão arrepender! E claro... façam follow 

Não haviam dedos de mãos nem de pés que chegassem!

frito e escorrido por Peixe Frito, 29.11.21

Se contasse as vezes em que comento alguma coisa em posts de blogs amigos - considero amigos aqueles que visito com frequência e há interacção entre mim e o blogger, seja no seu blog ou no meu, porque eu nem sempre comento apesar de ir botar a oftálmica e cheirar como param as modas - cujas dissertações podem levar a pessoa a crer que ela fala de alhos e eu de gomas - confirmando assim o que muitos poderão pensar, que a Peixa é "cuu-cuu cuu-cuu", tolinha da piruca - e que aquilo que escrevi pode perfeitamente ser deturpado e levado para a malícia! Rara a vez em que não releio o que escrevi, para não dar aso a confusões ou mal entendidos para o lado da destrambelheira.

Há um ou outro com extremo potencial de transmutação e acredito que se fosse eu a ter um comentário daqueles na minha fritadeira, mandava logo uma jarda a avacalhar. Agradeço a todos por se conseguirem conter e ainda me levarem a sério, mesmo nos comentários que não é suposto estarem a levar a sério o que estou a dizer e levam na mesma, quando eu estou a por pimenta no vosso café e ninguém se desmancha.

Felizmente, nem todos são como eu. Senão era o terror.

Conto de Natal (mais comprido que as coisas compridas)

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.11.21

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Isto é deveras um problema. Mas que problema! A Mãe Natal queria fazer uma bela fava com entrecosto, para ir preparando o seu formoso esposo Pai Natal para a época natalícia que, diga-se de passagem, precisa de alimento e sustento que andar ao frio com o trenó, têm muito que se lhe diga, ó se têm! Se o homem não estiver compostinho, não resiste em andar a mordiscar as bolachinhas e bebericar do chocolate quente - culpa sempre o Rudolfo, coitado do Rodolfo, que é ele quem se alambuza das bolachinhas quando, na verdade, só vê-las pela janela e cheirá-las mas das migalhas na barba do Nicolau - que as criancinhas deixam ao pé da lareira - as que deixam... que há aquelas que vão lá retirando uma e outra bolacha e depois quando chega a vez do Pai Natal, está lá o lugar. "Nota do Pai Natal: Criança mal comportada, que comeu as bolachas que eram para o Pai Natal. Ano que vêm, vais ver como elas mordem" - E de ano para ano, nota-se a silhouetta curvilínea a agravar. Bem! Ora era para fazer uma favada mas nada de favas. Não havia na horta frescas, pois não é altura delas, não havia secas na dispensa nem congeladas no congelador, uma autêntica tragédia.

- Nini, faz-te à estrada que são precisas favinhas para a tua paparoca.

- Ó Mommy, não orientas para aí outra coisa? É que está cá um frio da horta e não me apetece ir pôr os presuntos na rua.

- Vá, vá, mexe-te que não vou para nova e ainda há muito que fazer! Estamos prestes a arrancar com a entrega dos presentes e ainda temos de ir abastecer as renas e comprar papel higiénico, que o combustível anda nas horas da morte e com os confinamentos, não podemos dar ao luxo de ficarmos sem papel higiénico, que os duendes são muitos! Ainda começam a limpar o bumbum ao papel de embrulho!

- Humpf, tens razão minha querida. Vou calçar as botas e vou partir, por esta estrada. 

- Mas não vais de trenó?

- Vou mulher, mas que raio. Mas não tens mais que fazer? - e sai de casa, afagando a barba esgadelhada, fechando a porta velozmente antes que ouvisse a esposa a puxar-lhe as orelhas, por não ter posto mais um cavaquinho na lareira.

Senta-se no trenó, já com o Rudolfo a postos a dar corda aos cascos, põe o trenó a funcionar para aquecer, liga a chofagem para desembaciar o vidro da frente, o ar condicionado a ver se aquece os dedinhos dos pés e o rabo das renas e lamenta-se, por ter comprado aquele trenó por impulso, nos tempos em que era jovem e descomprometido, adquirindo uma versão desportiva, o trenó cabriolet mas sem a capota de lona. Pode ser muito sexy andar com a barba ao vento, a fazer show no verão mas quando cai neve, até os macaquinhos do nariz emigram para os países baixos, para estarem mais agasalhados. A máquina estava a postos e lá vai ele. Sobe sobe e sobe (quase como o balão), passando pelas copas das árvores - levando com um ramo nas fuças de quando a quando, uma bolota na testa - e antes de atravessar as nuvens gordinhas e fofas de chuvinha, acena ao rapaz que ia a voar em uma bicicleta, com um bicho qualquer sentado na cesta na frente da pasteleira, e pergunta-se que raio andavam aqueles dois a fazer na rua a aquela hora? Enfim. Deu uma gazada às renas e aí vai ele. Sem saber o que se passou, de repente formou-se uma nuvem de neve, uma tempestade ciclónica já com vacas a voarem e carros e telhados de casas e cães e gatos...! Tentou travar mas como ainda não tinha levado o trenó à revisão, as pastilhas das renas não corresponderam com a precisão esperada... o Pai Natal bem que metia o pé mas já era só o ferro no disco e pronto... tudo estava para correr mal! Derraparam em um floquinho de neve e lá foram eles nas horas do caraças, sendo levados para a casa da outra senhora.

Quando deu por si, afinal afinal tinha conseguido agarrar bem as hastes das renas e ido parar a bom porto. Ufa...! Ainda bem que levou cueca reforçada, porque tudo indicava que ia dar molho na certa. Viu lá embaixo uma estrutura cinzenta, que era o minimercado dos senhores advindos das índias, deu uma volta à viatura e estacionou. Distraído, saiu com toda a brida, nem olhando bem ao redor. Mas o Rudolfo, atento como sempre, desconfiou que algo se passava. Além de lhe estar a doer o joanete de estimação do casco dianteiro esquerdo, que dá sinal quando vai nevar, achou tudo muito deserto. Abandonado. Sem vivalma. Não haviam luzes. Barulho. Silêncio. Havia porra nenhuma, somente espaço e... olha, mas aquilo ali é uma unha do pé? E aquilo... um pêlo das pernas? e... e... uma mão? (*som típico que os mortos vivos fazem, sei eu lá qual, olhem arrastar os pés, se babarem, o som da terra a cair no chão, as roupas a restolharem e a prenderem nas maçanetas das portas dos carros abertas*) e quando olha em redor, quase que pareciam as rodagens do Thriller, só que não!!

- Ó Nicolau pá, gajo do caraças, raios partam mais ao teu gps mais a porra, onde foste aterrar seu animal de palco!!! Anda mazé embora senão ainda nos finamos aqui, no meio desta gente toda mal amanhada, que já estão a afiar os dentes para nos petiscarem!!! Ó Nicolaaaaaaauuuuuuuu!!

Sem dramas que isto é uma história para crianças poderem ouvir à distância, Nicolau ainda ouviu a tempo a lamúria do Roro, pois quando se chegou mais às portas do estabelecimento, estranhou a ausência do cheiro a especiarias e só ver tudo mais escuro como o breu e rodou os calcanhares. Viu aquele aparato todo a querer rodear o trenó, saca do seu sabre de luz e começa a espadeirar aquela gentalha toda, a abrir espaço, enquanto dava instrucções ao trenó, para ligar e se porem a milhas.

«Mas e agora» pensava ele, «onde vou eu arranjar as favas no meio desta confusão toda?»

A verdade é que o Pai Natal e as renas, entraram em um portal temporal, que abriu no preciso momento em que pisaram no floquinho de neve. O que se avizinhava não era mais do que a luta pela sobrevivência e solução para voltarem para a sua linha de tempo original. Atalhando, anos se passaram. Anos e anos. O Pai Natal, como resultado das adversidades e instinto de sobrevivência, foi resistindo a todos os zombies que lhe queriam cortar a barba e usar como cachecol durante o frio que era uma constante naquele universo. E ele, a custo, cheio de saudades da sua Mãe Natal, só pensava como ela estava e que provavelmente o tinha substituído por um Pai Natal a pilhas, que pronto, era mais económico não é verdade, e até abanam a cintura, piscam luzinhas, cantam músicas natalícias e assim. Um dia, aceitou o seu destino. Decidiu deitar-se no seu trenó estilo MadMax e esperar pela sua hora. Desistiu. A sua vida não era nada sem a sua cara metade. O Rudolfo, juntou-se a ele. Recordaram os bons momentos que viveram e a rena até perdoou o Pai Natal por ele lhe pôr as culpas em cima acerca das bolachas e o mesmo até disse:

- Rodolfo, minha rena do coração, se pudesse voltar atrás, te garanto que emendava tudo isso e deixava de ratar as bolachinhas e encafuar nos bolsos, para comer mais tarde quando chegasse a casa e a Mãe Natal estivesse a dormir.

Eis que, começou a ouvir. Primeiro bem ao fundo do fundo, lá ao fuuuuuundo... uma voz familiar. "Nini..." trazia o vento suave. "Niniiiiiiiiiiii...." cada vez mais perto.

- Ó Rudolfo, vai gozar com quem te fez as hastes! Então mas agora deu-te para te meteres comigo, logo agora, nas portas da suposta morte??

- Não sou eu, ó tótó. Cotonetes, nunca ouviste falar?? Estou aqui na minha vidinha, tenho mais que fazer do que me armar em assombração.

"Niniiiiiiiii..." continuava a ouvir. "Niniiiiiiii".... estava já a começar a arrepiar as peles... 

- Nini pá, caraças do homem!! - pantufada na cabeça com o homem de gengibre, que não achou lá muita graça à situação - estou para aqui a chamar-te. Voltaste a adormecer??

Meio atordoado, ainda com as ramelas nos cantos dos olhos e a baba a escorrer pela barba, o Pai Natal toma consciência, meio abananado da solha que levou da Mãe Natal, que estava na sua casinha no Pólo Norte e que tudo não tinha passado de um sonho.

- Maria, desculpa. Ando cansado. Vou já buscar as favas para o petisco - levanta-se e calça as botas. Ajeita o cachecol, ainda com aquele sonho esquisito na cabeça. «Que raio Nicolau, andas a respirar muito fumo da lenha da lareira e muita cola da fábrica dos bonecos» e abre a porta. 

- Rudolfo! Ó Rudolfo! Anda lá meter o pé na estrada, que temos afazeres!

Eis que, quando dá a volta a casa, dá com o seu trenó e o Rudolfo com o capot aberto. Pára e olha com olhos de ver... Mas que raio se passou com o trenó? Parecia mesmo vindo de um filme de apocalipse.

- Nicolau, então, anda, vamos - diz Rudolfo, com o charuto aceso ao canto da boca - temos uns assuntos para tratar: enquanto bateste uma sestinha, o mundo teve uma grave alteração: os pólos derreteram, os ursos são pelados agora, os peixes andam na terra, deixou de haver farinha para os biscoitos...

- Nãooooooo isso é que nãoooooo - grita Nicolau terrifcado com as novidades.

- Pois é meu amigo, o futuro dos biscoitos, depende de nós. Vamos lá caçar uns zombies e metê-los a fazer farinha.

FIM

 

Este conto de natal teve origem em ter sido desafiada à descarada pela Ana de Deus, na sequência do desafio natalício lançado pela Imsilva. Constava em escrever um conto de natal, inspirado na fotografia. E aqui está ele, frito e escorrido e como estamos na época natalícia, polvilhado com açúcar e canela.

Boas Festas 

Até senti o vento a embalar suavemente, os meus caracóis d'oiro pela atmosfera.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.11.21

- Peixa, não leve a mal, mas eu quando a vi sem máscara, nem a reconheci!

- Ora senhor Zé Mané, normal!! O que a máscara faz. Em alguns casos, até abona!

- Ah... Mas realmente... a máscara tira a beleza às pessoas!

E fiquei a pensar que era um possível elogio bem como que tenho de ver se ando com ar de olhos de peixe fora de água ou que raio. Talvez o verdinho ande mais com pinta de pântano do que de alguinha fresca e airosa. Escrever reclamação ao fabricante, que assim não pode ser.

Acho que o caso não é dor de protuberâncias do crânio... digo eu.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.11.21

Em dias de frio, chuva e vento forte ou moderado advindo das terras altas ou baixas ou de estatura média, ouvir o vizinho a desfrutar de um belo fado, enquanto solda peças.

Ninguém fica indiferente ao fado que o fado nos transmite. Nem eu, que não ouço por hábito.

Só me faz pensar que as soldas hoje estão extra inspiradas ou que o trabalho é mesmo um grande pincel. Que isto está para fazer chorar as pedras da calçada. (*sons de martelada*) Ao menos, expurga os demónios 

Finalmente, algo realmente útil para a sociedade.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.11.21

Ando a pensar, em desenvolver um despertador personalizado, para me ajudar a tirar o rabo dos lençóis, com mais eficácia e rapidez. Isto é tudo muito lindo, ser tempo do frio, como tantos dizem e que provavelmente são aqueles que se adoram vestir como as cebolas (cheios de camadas e camadas e camadas e camadas e camadas e camadas de roupa - mesmo assim, acho que não disse as suficientes... camadas x infinito) onde só mexem os olhinhos e movem-se a parecer um boneco inflado, chuva da boa que faz falta é cá embaixo, o que não deixa de ser verdade, as árvores e o resto das bichezas precisam de se nutrir, as ruas lavadas, alguns carros que só veem água aquando chove e os buracos nas estradas ficam finalmente camuflados a brincarem ao esconde-esconde surpresaaaaaa!!, apesar de eu não precisar de humidificação, ficar de molho ou tomar banhos extra - digo eu, um banho por mês é mais que suficiente ainda mais agora no tempo frio, que transpiramos menos -  concordo plenamente que a chuva faz falta - São Pedro podia era moderar a temperatura de quando a quando, digo eu. Fica a dica - levanta-te que a cama está quentinha mas tens de ir vergar a mola, diz a minha mente mas o resto do corpo não obedece. Factos incontestáveis. Deveríamos ter no emprego, uma tolerância de atraso, nos tempos frios. Pois, porque cá está, é uma carga de trabalhos conseguir sair do ninho quentinho, tirar a farpela nocturna, pôr o nariz fora da porta, quando está um calor dos pinguins na rua. Das duas, três: ou temos de arranjar roupa que têm a opção de se ligar e nos manter quentinhos ou então podíamos ir de pijama para o trabalho. Está certo que quem anda nas obras na rua iria ficar fofíssimo com o seu pijama polar aos macaquinhos ou aos unicórnios, mas vejam a praticidade da questão: menos roupa para lavar e assim como saíam das manteles, assim poderiam prosseguir caminho. Ah pois é. Uma vertente interessante a abordar seriam os aquecedores portáteis: há quem passeie os cães e assim haveria quem andaria a passear o aquecedor (imaginem um aquecedor a óleo, daqueles à antiga, a ser puxado pelo fio em plena avenida... não faz chichis nem cócós, logo podem passear com ele por todo o lado e, inclusive, se forem jantar fora, podem entrar sempre nos restaurantes, não há cá picuinhices) logo pela matina. Imagino depois a quantidade de aquecedores todos quitados, se esta moda pega. Ui... Desde terem comando a terem sensor para andar atrás do dono, acusarem no visor a meteorologia com alcance de dez dias, as horas, os minutos, os segundos, os centésimos, a velocidade a que a pessoa vai, calorias queimadas, quantos passos deu, quanto tempo na rua, ver sms, aceitar chamadas, ver o e-mail, avisarem que é altura de beber água, tirarem automaticamente selfies e postarem de imediato nas redes sociais com a frase filosofal inspiracional estilo powerpoint do dia, porem um auto resguardo aquando começar a chover e flutuarem, que é para as rodinhas não terem problemas de mobilidade - umas lagartas ao estilo de tanques, me parece uma opção viável - tirar o snack da manhã, o almoço, pentearem macacos e coçarem o rabo... são só algumas utilidades que me lembro assim de repente.

Bem visto, bem visto, se não chovesse estava um grande dia, como costuma dizer o Pai Adamastor na sua eterna sabedoria, o factor de uma pessoa ter questões de separação da cama deve-se mesmo à falta de meios de conforto, que têm de enfrentar. Em que isso resulta? No típico comodismo e deixa andar, que logo se vê. O empurrar com a barriga, mas contra o colchão que não é de molas mas de espuma ou que raio é aquilo que se molda e faz bem às costas e ao pescoço e ao cabelo e às unhas dos pés e ao não sei quê ou talvez não faça não sei não faço ideia mas vocês sabem do que falo. Ora, se me garantirem que me mantenho sempre quentinha, sem sentir as diferenças de temperatura, desconforto nas escamas, é mais do que certo de que me levanto da cama na maior para ir laborar. Não garanto é que o penteado não seja à Beetlejuice e que consiga evitar levar o pijama com padrão leopardo a fazer pandam com as botas de rock, mas o saldo será certamente, positivo. Em alguns dias pronto, break even

Proponho a criação de um tubo género as mangas dos aeroportos para entrarmos nos aviões, até aos nossos carros, por exemplo. Se alguém trabalha perto de casa ou têm de ir a pé, um tubo desde a sua porta até ao trabalho. Sempre com aquecimento, música maravilhosa de elevador e, pontualmente pelo caminho, um chá ou café ou chocolate quente para aquecer as tripas e a acompanhar, umas bolachitas - para os mais friorentos que levarem o aquecedor à trela, lubrificante para o mesmo ou até paninhos para se limpar o pó e puxar lustro às jantes das lagartas -  Cai sempre bem. Evidentemente, tudo bem ventilado pois o bafo matinal de algumas pessoas poderia tornar-se tóxico, se não convenientemente conduzido pelas condutas dos respiradores para a rua. Explosivo, atrevo-me a sublinhar.

Posto isto, que a conversa vai boa mas tenho de ir ali além, são ideias que ficam a marinar e que atiro assim ao ar, e que espero que não me caiam em cima senão ui ui, fico a parecer uma solha e isso não dá com nada com a minha tez. 

Quando tiver desenvolvimentos, partilho. Pois a vida é mesmo assim, feita de partilhas para nos enriquecermos uns aos outros, ou não é? É pois está claro!!!

Dissertação interessante sobre alguma coisa ou nem por isso, sobre coisa alguma.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.11.21

Pode tornar-se um mau hábito mas têm bastante utilidade. Refiro-me aos sensores de estacionamento nas viaturas. Uma pessoa ali a manobrar e a guiar-se pela sonoridade dos mesmos, com apoio do painel central da voiture, e o estacionamento torna-se impec mesmo em espaços apertados. Mau hábito pois às vezes soar só nos avisos da criatura, pode dar asneira e não se notar determinados obstáculos já existentes que não estão a ser considerados pelo alcance e pimbas, beijinho no pin de estacionamento ou em outra merdice qualquer. Arreia. Arroz queimado. Ou como diz o outro, segura-te Amélia que é a descer. Já foste. Ou como eu gosto tanto de dizer... F2deu Mané.

Os sensores da minha viatura não são manuais - ou seja, daqueles que só se sabe que está bom quando apalpa o obstáculo - mas às vezes gostam imenso de apitar sem nada atrás. Basicamente, passa uma mosca no sensor e vai de apitar e a Peixa a fazer torções ao pescoço arraçada de coruja, tipo a menina do Exorcista, a ver se percebo que raio de obstáculo está - mas não está - a dar o ar da sua graça. Uma ervinha ao vento consegue ser bastante irritante nestes casos, acreditem. Ou as pessoas, que está uma pessoa a manobrar e elas passam por detrás do carro de repente, como vindas de um portal ao estilo StarGate, como se nada se passasse e vai de apitadeira, a interromper a música que uma pessoa está a ouvir naquele momento.

Naturalmente que quem têm as viaturas que têm sensores por tudo o que é canto, até por cima e por debaixo e à direita e esquerda - não têm no habitáculo mas quase, pois detecta se a malta está sentada ou não, para aquecer o bafunfo ao pessoal - e visores todos xpto que mostram em camera live action em directo, o patamar é outro. E que o carro estaciona sozinho - aí se bater, podem dizer mesmo que a culpa é do carro e sacodem a água do capote na maior das facilidades.

Resumindo, há muito boa gente que já nem sabe estacionar com carros sem sensores. É assim, a tecnologia é espectacular mas torna-nos óciosos - digamos assim - em determinadas coisas, nos acomodando e pronto, lei do desenrasca quando bater está excelente. Diz-me quando bater: Às dezassete menos um quarto. O problema é quando nem há relógio para avisar as horas...!

Vos digo uma coisa, a dada altura o sensor da minha viatura acusava presença na traseira e vos garanto que nada mas nada via. Só posso concluir de que era o espírito de algum arrumador de carros, a indicar-me a manobra, mas que eu não dava com ele. Tenham cuidado a manobrar ao pé de cemitérios ou nos dias de algum funeral na área ou no dia dos finados, pois ainda aparece algum fantasminha armado ao espírito de porco e começa a enfaralhar os sensores à malta, fazendo o interior da viatura parecer um aviso eminente de que uma bomba vai explodir dentro de instantes. Boa solução, é forrar o carro com plástico bolha que assim ao menos, se bater, amortece mais um bocado - a parte mais chata é o som do sensor a furar os miolos, mas o fim justifica o meio, ou não é verdade??

Por que mares ando eu a navegar | Blogs que sigo

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.11.21

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E quem calhou hoje na rifa da fritadeira, para ser indicado como blog a seguir, quem foi? Pois é, foi o querido Marco com o seu cantinho "Merlo". Começo já por dizer que o meu cérebro faz sempre bug ou tilt, com o nome do blog, dado o automatismo do corrector automático da minha massa encefálica, que leio sempre dislexicamente Melro invés de Merlo. Lá faço o exercício mental de me lembrar da casta Merlot, não se escreve da mesma maneira mas quase e a fonética roça uma com a outra - não estou a dizer que o blog de surra, alguma coisa têm a ver com vinhaça, apenas são as minhas associações à moda da Peixa.

Dissertações aparte, adoro o blog do Marco. Seja pela escrita simples e pela humildade que ele nos transmite, que escrevendo do coração, dá para sentir a ternura de pessoa que é e que anda sempre como as tartarugas ninja - com a carapaça às costas, para se recolher ao mínimo sinal. 

Cada post normalmente têm uma ilustração a acompanhar, feita pelo próprio ninja Marco, que eu acho o máximo. As partilhas variam desde episódios da sua vida a manualidades. Vale a pena ler e visitar. 

Quem não conhece, dê lá uma perninha, de certeza que se vão sentir bem acolhidos no espacinho do Marco bem como, claro, façam follow!!

Pelos vistos sou desencaminhadora, levando pessoas pelos maus caminhos e nem sabia!

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.11.21

Sagradinho como qualquer ritual sagrado que exista, todo o dia é dia de ratar bolachinha maria torrada. Se assim não for, uma peça fica a faltar no meu puzzle, um vazio inexplicável, principalmente a ser apoiado pela manifestação dos ratos do meu estômago, que vociferam amargamente, ressentidos pela ausência da sua maria costumeira. E eu sou solidária com a tripalhada.

Ora, um hábito que tenho é o de partilhar ou oferecer se "Alguém quer? 1-2-3 Acabou o prazo!!" uma mariazita, aquando lhes estou a dar nas trombas. Mas uma coisa é eu oferecer e outra coisa... é malta mandar a bisca, barro à parede, a dar a bela da dica, a ver se lhe toca alguma maria, invés de me pedir directamente.

- Peixa, desde que me deste uma dessas bolachas, fiquei viciado nelas! Agora ando sempre a comprar dessas embalagens e derreto as embalagens em menos de nada! - a olhar para mim, enquanto eu estava com meia bolacha na boca e a outra metade de pernas de fora, já sem gesticular, se remetendo ao seu destino, que é ser papada.

- Pois realmente, são boas são - respondo, continuando a dar nas marias.

- É, são mesmo boas! Sabem mesmo bem!

- Exacto, exacto. Mas é que são mesmo.

E ali ficou, a criatura de coração rachado e desolado, esmigalhado que nem as minhas marias, porque eu não percebi que ele queria uma, a observar-me enquanto devoro a última maria que restava na minha mão.

Não pensem que têm vergonha de pedir, porque não têm. Mas no que toca a marias, é melhor que me peçam directamente e se deixem de tretas de indirectas, porque senão, nem as cheiram. Quando o assunto toca a marias torradas, tudo muda de figura e é tratado sob a luz de outras políticas, regras, leis e gerência interna. E se algum atrevido se chegar às marias sem ser convidado, podem ter a certeza que leva uma rosnadela - se não levar dentada, foi o seu dia de sorte.

Uma pessoa já não pode estar a esfrangalhar uma tostadinha à vontade, sem estar a ser cobiçada por criaturas alheias.

No meio disto tudo, fiquei a saber que sou dealer, pois pelos vistos, ando a viciar alminhas com bolachinhas. Uma autêntica desencaminhadora. Shame on me... Shame on me. (*e vai mais uma bolacha*)

Se o Pai Natal lê este post, já não vou ter prendinha na peúga.

E assim se começa o dia!

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.11.21

Ah pois é! A fritadeira está em destaque! 

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Com a iniciativa da Anita nas luzes da ribalta, aproveito para reforçar a ideia e incentivar-vos, queridos leitores, a aderirem a este desafio! Não é preciso grandes coisas, apenas que sugiram semanalmente que blogs seguem e merecem - sem dúvida - um spotlight e serem seguidos!

Vamos a isso?

E agradecida pelo destaque à equipa do sapo, que anda sempre com os mirones postos nestes desafios, permitindo assim, chegarmos e expandirmos ainda mais, os nossos cantinhos pelo charquinho, dando a conhecer blogs e bloggers bem interessantes!

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