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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Este ao menos não cheira a chulé e vêm com extra :)

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.09.11

   

  Existem culturas estranhas. Muito estranhas. Mas muito muito estranhas mesmo - pelo menos para mim, claro. O que devem algumas criaturas pensar de mim igualmente? - Essencialmente, gostos estranhos. E porque digo isto, ora porque uns têm na sua gastronomia iguarias como aranhas (ui tanta chicha naqueles ossinhos), centopeias (deve de dar um bocado de trabalho roer aquelas patas todas), percevejos, grilos (estes dão-nos música), escorpiões (estes devem picar um pouco a língua, não sei, digo eu), minhocas (dizem que têm poucas calorias, o que não é mau de todo), larvas (recheio cremosoooooo nhamyyy), gafanhotos (bem que os gatos já tinham entendido isso, apesar de não serem fritos, de serem ingeridos e "processados" au natural - estavam à espera de quê? Os gatos não sabem fazer uma fogueira, e por motivos óbvios: se se descuidam, ainda são eles que lá vão parar), aproveitando a referência, gatos (há quem goste com batatas eheh :D), canitos, ratos... enfim um grande rol de pitéus, de manjares dos deuses. Ao fim ao cabo, também nós acabamos por ter uma cultura estranha: comemos caracóis, caracoletas ranhosas (aiiiii que boooom), ouriços, cágados, rãs, cobras (sim amigos, fritinhas ai não que não marcham ;)), porquinho-da-índia, as entranhas dos animais, usamos sangue dos mesmos para fazermos um arrozinho, aproveitamos também o rabo do boi para sopa, língua e as patas das vacas, patas dos porcos, das galinhas (adorooooooo), coirato do réco, cabeças e mioleira de cabrito também... Imaginação para utilizar e aproveitar todas as partes de um animal não nos faltam. Ainda assim, há uma coisa que a mim me faz mais espécime do que todas as acima referidas (tirando o comer gato e cão): comermos queijo com bolor. Sim, somos capazes de torcer o nariz, feitos dondocas e armados ao pingarelho, com a mania que os chatos andam de avião, frente às opções gastronómicas de outras culturas, e depois andamos a comer queijo com bolor. Sem referir nem aprofundar, o comermos queijo que cheira a chulé. Questiono-me da origem deste queijo. Ok, o mais natural é que alguém deixou estragar o queijo na época ou então puro e simplesmente as poupanças não eram muitas, e lá se tinha que aproveitar tudo o que se tinha em casa. Mesmo assim, corajoso aquele que comeu o queijo cheio de bolor. Só de pensar, que quando o queijo que está no frigorífico ganha bolor, as pessoas os mandam fora... provavelmente estão a perder uma experiência única na vida, daquelas assim que nos fazem levitar do chão, ver o mundo com novas cores e as paredes falarem connosco (estas últimas duas apenas se poderão eventualmente concretizar, quando o queijo já têm cogumelos mesmo, digo eu!) ou então daquelas experiências em que temos de colocar uma almofada na casa-de-banho e ficamos a conhecer a poltrona lá de casa com todos os pormenores ínfimos dela.

  Admito que tenho curiosidade em degustar pratos exóticos. Numa futura viagem pela Ásia, irão ver-me a roer ou um gafanhotozito ou uma aranhita na certa. Não fosse eu uma das personagem a adorar queijo roquefort, cheiiinho de bolor... nhammm... Agora cão e gato... não me convidem.

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