Deves ter muito a ver com isso, deves!
No outro dia, assisti a um feito fantástico. Estava eu descansada da minha vida e observo um pássaro a andar, descontraídamente, na rua. Bica aqui, bica ali, esgravata, escarafuncha, coça-se... Rica vida. Eis que, o raio do pássaro que não deve de saber para que servem as asas, decidiu atravessar a estrada. De que me lembrei eu...? Ora pois aí está...
- Ei...! Ó montinho de penas com patinhas, porque vais atravessar a estrada?
Silêncio. Pois é... O passarito que estava a fazer o seu jogging matinal não me repondeu e, pior ainda, borrifou-se para mim de alto a baixo.
Não há direito. Custava muito responder-me? Niguém sabe porque a galinha atravessou a estrada, mas lá no fundo eu tinha esperança que este passarito caminhante me respondesse a essa dúvida existêncial, que martela constantemente e profundamente a minha alma.