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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Decididamente, sou vítima de violência (electro)doméstica.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.11.18

Entre muita tara, mania, pancada e coisa estranha que o ser humano alberga no seu ser e ADN, há uma treta que todos passamos de geração em geração e eu ainda nem percebi bem qual o intuito... talvez algum dos leitores me saiba esclarecer. Do que falo? Das turras. Para que servem, pá? Para impormos respeito aos peluches e aos nenucos, quando estes andam armados ao cardo? Para caçar bolachinhas à cabeçada? Para dar uma turra à mesa porque não se chega ao biberon com o leitinho, a fim que este caia e lhe possamos afinfar a gengiva? No infantário, para dar a quem nos roubou a chucha? Para dar uma cabeçada à avozinha, que fala connosco como se fossemos o Mickey do "Olha quem fala"?

Ah e tal, cuidado com o bebé, têm a moleirinha aberta, têm a cabecinha com os ossos ainda a solidificarem, é preciso cuidado, amor e atenção, a fim de não se proporcionarem lesões na massa encefálica porém, todos nós na vida, contribuímos para a violência infantil e demos pelo menos uma turrinha num bebé - que, deixem adivinhar, se vos aconteceu como a mim, eu dava a turrinha com cuidado, fofinha, com amor e atenção, e a turra que recebia de volta, mais parecia um maço de bater calçado ou uma cabeçada à Zinédine Zidane. Não precisava de ir ao Planetário para ver estrelas, nem ao Observatório Astronómico de Lisboa.

Violência infantil à parte, há quem tenha bebés... eu não tenho, mas tenho o meu secador, que me dá umas turras valentes todas as manhãs, com todo o amor e carinho. Não há dia em que não leve o raio de uma cacetada do secador, quando estou a dar uma breve secadela à piruca. Como isso acontece? Não faço ideia, ele apanha-me sempre desprevenida. Há dias em que me manda com cada uma e em movimento múltiplo, que só me apetece pô-lo a voar, pela janela. Sorte a dele que o adoro, senão, já lhe tinha cortado o fio e acabava-se a tosse e a brincadeira.

O que vale é que acaba por me acordar de manhã, tal a intensidade do carinho, o fervor da turrinha, que para mim é um literal abrir de pestana - é um querido. Não deve querer que eu chegue atrasada ao trabalho.

Com amigos destes... vou-te contar.

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