Desafio de escrita dos pássaros #11 | Ela é de facto alguém com um parafuso a menos, mas nós amamos ela na mesma.
«Tenho fome. Tenho fome. Tenho fome. Tenho fome. Mas será que ela não chega a casa? Onde andará ela??» enquanto isso, andam as feras às voltas pelo seu estaminé, a virar tudo do avesso: plantas a serem desenterradas, pedras fora de sítio, castelos tomados e de patas para o ar, no fundo, um ver se te avias.
Finalmente ouvem-se as chaves na porta - eu Peixa, quero pensar que eles ouvem, mas duvido - a porta fechar e um:
- Olá meus amores! - seguido de uns gestos de ondular com as mãos.
«Não há dúvida que adoramos quando ela chega! É um festim!! Ficamos todos doidos de um lado para o outro, pomos os narizes e o dorso fora de água e respingamos tudo por todo o lado! Mas mas... E comer, que é bom?? Onde ela vai?? Hey, hey os flocos pá, gaja?! Ahhh está a voltar. Vamos encher a pança!
Isto é assim todos os dias. Chega a casa e antes de nos dar os flocos, vai para ali baixar as persianas, como se isso fosse o mais importante! E descalçar-se. Ó ó, mas então agora vai à casa-de-banho. Mas que anda ela a fazer?
O que vale, é que depois vêm para o sofá e vemos todos televisão. Embora não a deixemos descansada... enquanto ela está na sala, é só barafunda neste aquário! Queremos que ela se meta connosco, nós gostamos tanto! Adoramos quando dança para nós e canta também! Embora por vezes pareça uma sereia desafinada com dores de costas, a cantar com uma voz das grutas... não deixamos de dar todos um pé de dança.
Todos os dias é uma paródia. Somos todos muito felizes aqui por casa!»
Dizem que os animais são um espelho dos donos e eu não tenho dúvidas, que os meus são mesmo!