E assim continuam os meus encontros imediatos de 3.º grau
Como se não bastassem aranhas, lagartixas e afins, há sempre espaço para albergar o contacto com mais espécimes selvagens. Neste caso em específico, o que me valeu foi que tanto me assustei eu como a bicha, que vinha toda lampeira a andar em direcção ao meu gabinete, assim tal e qual diva no seu passeio da fama, até que deu de fuças comigo, a sair do gabinete.
Vos garanto que dava um meme hilariante. Vêm a criatura - que by the way, era uma osgalhona. Daquelas dignas de terem corpinho e cabedal de lhe pormos uma trela, tal era o tamanhinho do bichito - eu abro a porta, salto eu para um lado, salta a bicha para o outro - eu não imaginava que as osgas conseguiam saltar assim... acho que despoletei uma nova evolução nas osgas: saltarem para trás - e como é previsível, o animal arranca ferros para debaixo de paletes e eu ali fiquei a processar o encontro e que doravante, tenho de mexer em tudo com luvas, pois peçonheira não é coisa que me toca no coração.
Há sempre algo de emocionante a acontecer. Sempre. Devo ser um imãn de bichedo. Se for à caça, não preciso de isco, basta aparecer que tudo o que tiver nas redondezas, vêm ter comigo.
A Peixa encantadora de animais... E não preciso de flauta - um autêntico raio de sol em dias de nevoeiro cerrado.