...e é assim que me põe a faíscar dos "zólhos" e a semi espumar pela boca.
Diz o espécime intermédio do cardume - irmão da cú rabinho pequeno, menciono isto só para verem como é genético - para mim e para o senhor seu pai:
- Ó pai e tia Peixa, quando vocês eram pequenos, já existiam televisões a cores?
- Wtf? Olha lá pá, deves estar a gozar comigo, não? - respondo-lhe eu, com os olhos bem apertos e olhar de Peixa exterminadora de tudo o que respira.
- Ah, erm... não tia Peixa não era bem isso que eu queria dizer...
- Então era o quê?
- Erm... era... hum...
Pois é, pois é. Bem que eu ali pude ficar á espera do argumento, que só enrolava. E tanto esperei que aí sim, ganhei raízes, os carros já voam lá fora, há muita gente que já não têm vergonha de estacionar a nave à porta de casa - aqueles espécimes que nós nos perguntamos de que planeta aquilo vêm, de tão exótico, sui generis e característico que é - já não existem telemóveis pois falamos telepaticamente e, finalmente, deixaram de existir aviões pois é mais eco utilizar portais interdimensionais e wormholes.
Olha agora, hein? Bela maneira de me chamar carcaça, assim de surra. Já não há respeito.