Gosto de ser bem específica quando descrevo algo. Para não restarem dúvidas nem questões.
A partilhar com uma pessoa o quanto outra pessoa cheirava mal:
- Maria, o Zé Aníbal hoje cheirava mesmo mal. Deus me perdoe, mas cheirava mesmo mesmo mal!!
- A sério? Mas mal, quê? Tipo mal, de não tomar banho?
- Não... Mal de quando pões a roupa na cesta da roupa suja junto com as meias a cheirar a chulé e as cuecas a rabo, e depois a vais lá buscar, a cheiras e pensas «afinal passa e ainda dá para vestir mais uma vez» mal.
- Que nojoooooo!!!!
É né... Imaginem eu a agoniar e ter de disfarçar frente à pessoa.
Bolas. Têm chovido tanto e há tantas pocinhas aí pela rua, mas será que a pessoa não podia ter lavado a roupita ou até posto em sabão dentro de uma poça, estendido que a chuva passava por água e com o sol que meia volta se faz sentir, a secava? Ficava enxuta e lavadeca. Escusava de me vir deixar rasto de peúgo azedo, logo pela matina.
Este é o resultado, quando eu tomo o meu banho mensal. Como já não tenho o meu cheiro a camuflar, abafar o de terceiros, fico com olfacto de perdigueiro. Uma carga de trabalhos, é o que é.