Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Hoje fui abençoada com um dia maravilhoso.

frito e escorrido por Peixe Frito, 09.03.18

Despertador toca. Lanzeira do catano. Para uma pessoa se levantar, nem com uma grua lá vai. Com tanta ronha, atrasa-se. Levanta-se e anda pela casa tipo Flash, levantar persianas, guardar marmita no saco da marmita, pegar roupa, abrir o gás, abrir a torneira da banheira para ir tomar banho, preparar para fazer xixi eeeee... não há água quentinha. Tal como a criatura, o espécime esquentador, não lhe apeteceu hoje. Resultado? Lavar as peles e trunfa com água fria.

O que é muito apetecível, dado lá fora na rua estar a chover a cântaros e estar um frio acolhedor.

Na próxima, mais vale ir tomar banho na rua. Água fria por água fria... ao menos poupa-se na conta.

Despachada a gaja, pega nos tarecos e aí vai ela de caminhada. Hoje não se esqueceu do guarda chuva, milagre! Abre a porta do prédio, temporal na rua: chuva forte, batida a vento forte. Lindo. Bem... têm de ser. Com sorte, o peixmóbil está perto e a coisa até corre bem. "BEEEEPPPP", errado. Amiga, minha cara, vais levar com chuva e vento nas fuças que até vais andar de lado. Resultado? O peixmóbil a meia dúzia de passos e a gaja chega lá, a debater-se com a mala, saco da marmita, segurar o guarda chuva e tentar amparar a porta da viatura magnífica, quando finalmente entra no corcel, parece ela que esteve a fazer a maratona à chuva. Obs.: Valeu de muito esticar a franja. Ainda está para nascer o gancho que vai domar a rebeldia que a franja têm hoje.

Como não há duas sem três, após limpar o kispo com o pano de camurça residente no maquinão, a porta e tudo que ficou molhado graças à luta descrita acima, vamos dar corda aos sapatos. Continua uma chuva torrencial, o vidro e os óculos de sol embaciam (muito sou gozada por causa dos meus óculos de sol, mas fica para outro post) eeeee... nevoeiro cerrado. Catano, que ia jurar que era hoje que D. Sebastião aparecia a galopar a meu lado, na autoestrada. Foi um trajecto dificil de fazer. Uma pessoa diz que até faz de olhos fechados mas experimentem nevoeiro cerrado que quero ver comos e amanham.

Acham que já acabou? Não. Ainda a procissão vai no alto.

Chegar ao emprego e ter de estar a varrer água do chão para a rua, que houve uma semi inundação, dado que a água se esgueirou maliciosamente para dentro das instalações (e assim me têm andado a tourear o dia inteiro) por debaixo da porta.

Como se não bastasse, estava a gaja no seu cantinho com aquecedor ligado, alguém veio, espirrou e deixou um cheiro nauseabundo a espirro no ar. Imaginem... É das únicas coisas que me agoniam severamente. A pessoa ali a falar e eu a conter vómitos. Depois de sair, lá tive de abrir a janela do gabinete e porta para o ar circular. Resumindo? Além de me espalharem germes no meu ar quentinho, foram embora e eu fiquei ali a observar o quentinho a fazer adeus pela janela, a chuva a cair (*violinos*) e o meu tico e teco a engelarem dadas as circunstâncias.

Topo do bolo, foi ter de fazer um embrulho ao fim do dia, enfeitado com um cordame que cheirava a...? Adivinhem? Não... antes fosse a rabo. Era a espirro mesmo.

Deus me livre, que dia comprido.

Com tantas merdices num só dia, que só eu devo ser abençoada e mais um ou dois em toda a humanidade, algo maravilhosamente estrondoso de fantástico me vai acontecer.

Sou uma abençoada por resistir a todas as provas que se põe na minha vida, tal Jogos Sem Fronteiras, versão dia de rotina.

 

P.S.: Enquanto postava este post, fiquei sem net!

Acho que vou mazé me enfiar na concha.