Hoje fui laurear a pevide.
Está certo, o tempo está manhoso e farrusco mas Peixa como sou, irónico seria se me queixasse das chuvas e ómidades e poças e mái-não-sei-quê, ou não é verdade? Pois mas sim eu queixo-me na mesma, quero lá saber, é que uma pessoa toma banho mas prefere que seja de água quente além do cabelo - ai o cabelo! - ficar extra ninho de ratos, quando há ómidade no ar. Sem falar nas lamas - que muito bem fazem à pele, diga-se de passagem - ou ao raio da mudança da hora - sabe bem acordar à hora costumeira e ainda estar a dever uma hora à almofada, lá isso dou a mão à palmatória.
Intempéries aparte, hoje foi dia de dar um pé e largar umas postinhas na companhia do ilustre Milorde. Um cházinho quentinho faz milagres à alma - ainda bem que não me ofereceu de camomila, senão dava-me um fanico, precisamente o efeito oposto das propriedades da plantinha - bem como a companhia de quem estimamos.
Estejam à vontade para irem cuscar a minha resposta à pergunta para o grande prémio - que não há - quando o Milorde saca da cartola a célebre pergunta: "Qual o dia mais feliz da tua vida?". Bem podias ter sacado de uma tablete de chocolate ou de um kinder surpresa mas não, pronto. Pois é, agora anda armado em Daniel de Oliveira. Ainda bem que não me perguntou "O que é que dizem os teus olhos?" senão era um problema. "Alergia e romelas, muitas romelas, além de bichos microscópicos que faço de conta que não habitam e procriam nestes olhinhos cor de algas marítimas".
Ide cuscar. Agora nada de comer muitas bolachinhas ou se esticarem e encherem muito a chávena do chá, senão a Maria acerta-vos o passo.