Imaginem a noveleira que eu consigo ser, frente a estas situações.
Cenário: Fim do dia. Frio que até estala. Tanta ómidade que até a própria ómidade cria ómidade na ómidade. Ouve-se passaritos na rua, que tal e qual relógio suiço, chilream ao fim do dia, a fim de chamarem a malta para o recolher obrigatório. Porém, ontem o chilrear estava mais agitado, por segundo o pássaro deve de ter para ali piado nas horas, quase rebentando - grande capacidade pulmonar do bichano, nem eu conseguia durante um minuto, fazer aquilo. Mas adiante - o que me fez pensar o que poderia estar a causar aquela azáfama no pássaro. E começa a minha cabeça a imaginar:
- Ó Jean Pierre, anda mazé já para casa-que-está-um-frio-dos-colchões-e-eu-daqui-a-nada-viro-um-gelado-de-penas-só-de-estar-aqui-à-espera-que-tu-me-obedeças-e-venhas-para-o-ninho, passarinho do caraças!!!!!!
Não deve ser fácil, ser passarito com este calor dos pinguins, diga-se de passagem. Mas olhem que pela velocidade e tom do piar, a pássara estava mesmo zangada. Cheira-me que alguém ontem levou com a chanata, não teve direito ao seu verme para a janta e teve de ir dormir no galho mais desfolhado da árvore.