Não tarda e armo-me em Shrek e tiro velas dos ouvidos, pois 'tou a ficar anormalmente mouca, o que só pode derivar de cera.
Ouvir crianças na rua a gritar. Primeira vez: soou a algo familiar. Segunda vez: Possa parece mesmo que me estão a chamar. Vezes seguintes: Olha, mas é o meu nome. Há alguma criancita por aí, com o mesmo nome que eu?
Até que fiquei mesmo a ouvir, ouvir ouvir com atenção, até o tico e o teco fizeram silêncio e suspenderam a respiração e... e... afinal não era o meu nome que o criancedo gritava, mas sim:
- Volta aqui que te vou cortar a cabeça!!
Ponto um: Em minha defesa, falavam extremamente rápido e com dificuldades em articularem as palavras, de modo que soava mesmo ao meu nome.
Ponto dois: Mas que raio de brincadeira andam estes putos a brincar?? Nossa que violência!!
Será que com o passar da idade, de facto os jovens começam a falar de uma maneira que aos mais velhos, soa a codificado e com necessidade de instalarem um codec de som e, quiçá, legendas? É que parecia mesmo mas mesmo a mãe Peixa nesta situação. Uma pessoa diz alhos e ela ouve bugalhos.
E é isto. Assim se começa uma nova etapa de regresso ao trabalho.
Bem hajam as crianças que me fazem pensar que estou mouca e que ainda não conheci o cotonete para limpar os abanicos.