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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ninguém merece.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.06.21

Há alturas na vida, em que se dorme mal durante muito tempo. Seja porque a cabeça está a quinhentos mil à hora, porque faz frio, faz calor, é do rabo, é das calças. E, por mais que tentemos, não nos é possível deitar nas mantas, a uma hora que julgamos ser a adequada para uma boa noite de sono. Afazeres da vida e cenaices que necessitam de ficar em dia, antes de irmos namorar a almofada. Eis que, há aquele dia em que as estrelas se alinham, a noite está amena, ouvem-se os grilos ao longe e conseguimos ir colocar o bafunfo na palha mais cedo.

E há maior alegria? Afofar nos lençóis e ter aquele sentir de "ahhh hoje sim, vou conseguir dormir descansada, tenho mais do que horas suficientes para pôr o sono de beleza em ordem!". É maravilhoso. Porém, como tudo na vida, isso é que era doce! É um aninhar nas cobertas, respirar fundo para adormecer e... aparecer uma melga a zumbir nos vossos ouvidos!

Encontrar a melga é que é obra. Elas devem ter alguma cunha com os elfos do Senhor dos Anéis e usam uma manta élfica, que permite que elas fiquem invisíveis aquando uma pessoa se prepara para lhes arrefinfar. Ou então um sistema integrado de escudo de invisibilidade como as naves do Star Trek, com a variante de que aquando sentem a vibração da pessoa alterar para quem se está a passar com o zumbir, prestes a levantar-se e a andar à caça que nem o Predador, o mesmo é activado, permitindo as melgas navegarem em toda a segurança no perímetro da cabeceira da nossa cama, sem poderem sofrer danos colaterais de um atirar de almofada e levarem com ela nos dentes. É que depois, as bichas têm uma sorte dos demónios! Uma pessoa vira a casa do avesso e nada de encontrar aquele espécie em vias de se extinguir.

Pondero severamente comprar uma luz negra e pendurar na porta do quarto no aquário. Ou então montar uma cerca eléctrica à minha volta. Talvez um dossel que invés de uma rede mosquiteira, têm uma rede eléctrica. Me parece bem! Aí é que eu quero ver como é que elas mordem. Às tantas, com a sorte que tenho, entram comigo para dentro da rede antes de eu a fechar.

Se bem que, pensando em algo mais ecológico e com algum receio do cheiro a porco chamuscado derivado a eu embater na rede, podia era arranjar um alguidar e colocar lá uma meia dúzia de sapos. Todos ficam a ganhar: Além de ajudar os animais a encherem a barriga, sou embalada pelo sonido dos sapos a coaxarem, eu fico livre de mosquitos e sempre posso fazer umas perninhas fritas panadas, quando me der a traça.

Olhem que... tentador. Muito tentador.