O meu pensamento no único dia de chuva que me lembro nesta data.
Ainda não pesam e espero que demorem a pesar. Diria que é como o vinho mas até o vinho ganha "pé" e "assento" e pode virar "vinagre". Menos romântico e sensual, acho que prefiro como o queijo, que vai maturando e ficando muito especial ao longo do tempo - cria bolor e cogumelos, larvas até. Aliás, um dos queijos mais supra sumos de Itália, não é cheio de larvas de bicho? Ah pois é. Mas esperemos que as larvas a mim não me ataquem tão cedo.
Seria de esperar maior juízo, mas vai-se aprendendo com a maturidade, que a vida deve mesmo ser levada com a tentativa de espírito leve, ser positivo e cultivar o bom humor. Que importa o que outros pensam, se não somos de acordo com o que a sociedade espera que sejamos?
Por um dia, seria a primor (foi ao lado, foi ao lado!!): calhar na terça-feira de carnaval, fazendo juz à lenda em que reza a história que toda a gente pensava que o pai Adamastor estava a brincar, que era partida de carnaval, quando deu a notícia que a mãe Peixa tinha desovado uma Peixinha. Mas não, era verdade. E assim tinha começado um novo capítulo numa família, cujo primogénito era o diabo em forma de gente e foram presenteados com a calma e tranquilidade, em forma de ser pequeno - só durou durante os primeiros anos de vida... como podem imaginar - que estava sempre a sorrir. E agora, espalha o terror com mestria e sarcasmo, por todo o sítio onde passe.
Venha a chuva para variar, que sempre me lembro de fazer sol neste dia. É mais um dia, mas não como qualquer outro: para mim, é um lembrete de vida, de memórias, emoções, de orgulho. Em que passe o que passe e o tempo que passe, passemos o que passemos, não há nada como sermos fiéis a nós próprios.
E agora vai um cliché: Porque no fim, a nossa única e melhor companhia, é a nossa própria. A minha têm dias de loucura, mas ao menos sempre me vou rindo e ajuda a passar o tempo.