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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Olha a perna boaaa...

frito e escorrido por Peixe Frito, 10.05.18

...ou o alicate, para ser mais precisa.

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 Quem se lembra de vestir saias, com um enorme vento a soprar na rua? Eu, pois está claro. Santa teimosia a minha que se é aquilo que me apetece vestir, assim o faço. E no que resulta isso? Numas belas figurinhas. Vêm com cada rabanada de vento, que muitas são as vezes que me apanha distraída e me faz um espectáculo digno de Marilyn Monroe... Com direito a cuecal à vista e tudo. Como já são muitos anos a virar frangos e a mostrar a cueca a quem passa na rua, é me verem a andar que nem um pinguim com a saia entalada nas pernas ou com as mãos a segurarem na saia, lateralmente, para a mesma não fazer balão quando os ventos se armam em engraçadinhos.

Ainda há tempos, nuns eventos com amigos, andava eu de vestido e molas em cada lado do vestido, a prender a saia. Vergonha? Nem por isso. As molas até faziam pandam com a roupa. E quem não quisesse ver, não olhasse.

Várias foram as vezes que ouvi, ao longo desta minha longa curta vida de criatura, que me diziam: "Peixa, a sério. Eu ainda não percebi porque vens de saia com este vento! Para andares a agarrar na saia o tempo todo??" ou então, alguns já desistindo, mandando a toalha ao chão, de cansados de me dizerem sempre a mesma coisa sem surtir efeito, gastando o seu latim saia vs vento, me viam naqueles preparos de parecer o Charlie Chaplin a andar, suspirando diziam: "Típico. É que é tão típico".

E as vezes que vou às compras, de sacos em cada mão e o lento lembra de ventar? Ah pois é... É vê-la a enrolar as saias nos sacos ou a encostar-se de rabo nos carros, para a saia não subir - meia volta, lá dou uma publicidade gratuita à marca de lingerie que uso. Tento disfarçar a cena, não vá alguém me estar a ver e raspo-me dali mais depressa que o Speedy Gonzales.

Se há necessidade disto? Não, não há. Mas a verdade é mesmo esta: se me apetece ir de saia e está vento, porque não hei-de ir? Já sei é que vou apanhar correntes de ar noutras zonas corporais. Como há uns tempos disse a uma pessoa, era acerca de tatuagens mas o princípio é praticamente o mesmo: "Sei lá eu se amanhã estou aqui, que me espera daqui a uma hora ou dez minutos. Por isso é viver e fazer o que me apetece. Claro, sem desrespeitar ninguém, mas sendo fiel a mim".

Dito isto, é assim a vida. Um como cada qual. Podia ser pior.

 

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