A arte engenhosa do desenrasca.
Gaja que é gaja, desenrasca-se. Seja em que situação for. Até mesmo, quando esburaca os collants de algodão pela matina a caminho do trabalho, num local muito pouco aconselhável a os collants romperem (na parte interior da coxa) quando alguém vai de saia curta e, na falta de agulhas para lhes dar um pontinho, vai de os agrafar, numa tentativa momentaneamente frutífera, de resolver a situação. Escusado será, que tempos mais tarde, os buracos voltaram, mais furiosos que nunca.
Isto de se agrafar os collants, é deveras melindroso. Vai não vai, ainda se agrafa ao cuecal e depois como é? - Se for só ao cuecal e não apanhar mais nada, é uma sorte.
Se calhar, o melhor eram mesmo uns clips: ficava a parecer uma malha metálica e se alguém visse, acharia que era um efeito que os collants tinham e não uns buracos do inferno desalmados.