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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

No meio desta salganhada toda, já vão 14 anos! (com update!)

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.05.22

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Ah pois é. 14 anos e parece (quase) mesmo que foi ontem (ou onteontem, como dizem certas pessoas) que decidi espalhar o terror pelo charco blogosférico -  Parecendo que não, é mais velho que grande parcela da população  E pior ainda, na fase maravilhosa da adolescência!

Nem alguma vez me escorreu no tico ou no teco, que este espaço durasse tanto tempo. A verdade é que mesmo com muita ou pouca frequência de postagem, considero parte de mim. E sinto falta de visitar os cantinhos que sigo ou de responder a comentários. Porque assim o é há algum tempo e acaba por fazer parte da rotina igualmente. 

A título de piada, desafio os leitores a comentarem neste post o que mais vos apraz aqui na fritadeira e de facto, o que é que vos move que cá venham ler e interagir - nada que fazer, falta de amor pela vida, porque clicaram no link por engano, também são respostas plausíveis.

Agradeço a todos as vossas visitas, comentários, o terem coragem de seguir aqui a fritadeira e de facto se habilitarem a queimar as pestanas a ler, bem como a amizade, carinho e boa disposição, com que normalmente aceitam o meu humor sarcástico, que tantas vezes é interpretado de outros modos. Agradeço igualmente todos os destaques que tenho tido e todos os feedback's que recebo.

A todos, os meus agradecimentos. Que venham mais anos em conjunto e vagar para escrever e relatar as coisas da vida!! 

Agora, vamos ao bolo!! 

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Quem quer uma fatia?? Façam fila!!

Obs.: Imagens palmadas da net. Com muita pena minha, pois este bolo é o sonho de qualquer confeiteiro!

 

UPDATE: E em dia de festa, um miminho da equipa do sapo blogs, ao destacar aqui a festarola! Agradecida  

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São estes pequenos grandes gestos, que fazem pessoas como eu (não me intitulo propriamente blogger, "crommer" talvez) continuar a escrever por aqui. Não necessariamente pelo se ser destacado (naquela do "ai o meu ego a inchar que nem um pirúm") mas o factor de que a equipa têm o pessoal debaixo de olho, nos presta apoio e efectivamente, dá 5 minutos de holofote a muitos que o merecem (mais uma vez, não estou para aqui a armar ao cágado, muitos bons blogs conheci-os precisamente devido aos destaques). Posto isto... Ainda há bolo!!! 

Quase parecia que nos queria era agredir, tal ultraje!!

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.05.22

Com tom de indignação, resmunga a Rabinho Pequeno:

- Já viste tia Peixa?? O pai comprou as velas a dizer que fazia 34. 34!! Mas ele não faz 34!!

Crianças. Mal percebeu ela que bastava trocar as velas.

Aqueles momentos em que me apetece ir buscar a caçadeira e dizer: "Dou-te 5 minutos de avanço".

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.10.21

Dado os acontecimentos recentes e os mesmos terem sido uma repetição, as massas chegam à conclusão de que aqui a Peixa é de facto uma criatura multifunções: além de maravilhosa, carismática, de ter uma voz de sereia e de onde pisa nascem tufos de ervas daninhas e cardos com umas silvas à mistura, têm condão para ser consultora. «E de quê?» Questionam-se vocês. Do que for, basicamente. A mais recente foi a namorada de uma criatura fazer anos e me ser solicitada a minha ajuda para a prenda - ideias, não investir na mesma... era logo a primeira bola a sair do saco - Apesar de eu ter apresentado os meus argumentos de que não conhecia a moça e de que, efectivamente, só a tinha visto uma vez e trocado um par de palavras antes de arrumar os tarecos e ir embora para casa, a insistência foi evidente. Pronto, lá acedi fazer esta caridade, dado que uma "maçã por dia não sabe o bem que lhe fazia", sempre ouvi dizer.

Primeiramente, vesti o meu fato a Sherlock Holmes só abdicando do chapéu que me fez comichão dadas as traças e o cachimbo porque achei meio demodê sem fazer pandam com o meu tom de pele, e comecei a por-me em campo: Sugeri umas pulseiras - com o descritivo adequado e print screen como exemplo, em determinadas lojas após pesquisa - ao que recebi logo uma resposta de: "Ela já têm imensas". Okay Peixa. Não vamos desanimar. 0-1. Enquanto o relógio está a contar ainda há tempo de invertermos o resultado. Não perdendo muito tempo a marinar a situação, surgiram ideias as quais foram sempre acompanhadas pelos screenshots, com as lojas devidamente identificadas tal como o preço e descritivo do artigo - se é para fazer, ao menos que seja como deve de ser né? Nem que seja se a pessoa tiver dúvidas, veja ela mesma, que eu sou daquelas que quando entrego a papelada "xau e adeus boa viagem, boas festas e um queijo" e chuto para o departamento ao lado dizendo que isso é com o colega, esfumo-me, tornando-me em um conto popular ou mito, se realmente a Peixa existe ou não?): desde brincos a malas e carteiras, fragrâncias, passando por cremes para o corpo, gel de duche e, inclusive, mais nada além disso. "Olha, ela adora cremes para o corpo! Logo vou passar na loja e comprar". Yeahhh vitória! Ah pois é. 15-0. Melhor que isto, é impossível, correcto? Só se fizesse eu a encomenda e mandasse entregar em nome do outro, em casa da moça! - Ui, mas está na cara que sim, que o ia fazer #sóquenão, fia-te na virgem e não corras.

Qual o desfecho disto tudo? Vim a saber, uns dois dias depois, após questionamento à criatura, que raio ele acabou por comprar e dar à sua cara metade:

- Olha, dei-lhe o meu gorro da Nike que ela adora e queria.

Está certo. Ainda bem que era algo que ela gostava e queria. Ainda bem que a minha pesquisa de praticamente nada valeu. Ainda bem que eu despendi do meu tempo e escravizei os meus neurónios a tentar, dentro do possível, arranjar ideias adequadas a uma criatura daquela idade e sobre quem eu nada, absolutamente nada, sei.

Ora bem, vamos lá a ver... Vou pôr o relógio pronto para começar a contagem, enquanto eu carrego a caçadeira. É bom que comeces a calçar os ténis e que tenhas participado no corta-mato na escola.

Cheira-me que o universo está a fazer panelinha com a balança ou com as lojas de roupa.

frito e escorrido por Peixe Frito, 03.03.21

Decidi este fim-de-semana, recomeçar a cuidar da minha alimentação. E isto engloba voltar a comer mais dieta base vegetariana e cortar em processados. "Começo amanhã, segunda-feira" - é sempre amanhã, é o que vale - O problema, foi que me esqueci de umas variantes...

A mãe Peixa fez anos. Ao sabor da pandemia, apenas fui eu lá cravar o jantarito, pois para mim o dia de aniversário é o dia mestre do ano e não pode passar sem eu ir fazer chichi a marcar território. O resto... meh - tirando as férias!! ai as férias!!!  - Ora Peixa, cuidado com a alimentação, né? Toma lá com um rancho à transmontana, para abrires a pestana! Pronto... foi só isso... #sóquenão. A mãe Peixa fez bolinho para comermos. Lá teve de se ratar uma fatia de bolinho e, pois está claro, mega óbvio e na cara sem ser preciso esfregar, o belo pamparuére de tampa azul com rancho para o almoço no dia a seguir e outro mini pamparuére, com bolito. "Okay Peixa... amanhã comes o bolo e safas da cena! É amanhã!!" pensava eu efusiva. Pensava... pensava... e a pensar morreu um burro! Durante a manhã, retracei o bolo. O que significava que de tarde, voltava às bolachinhas torradas. Mas não. Depois de almoço, aparece o brother Peixum com mais uma fatia de bolo... desta vez, enviada pela rabinho pequeno para aqui a rica tia, que ela tinha estado a ajudar a sua santa mãezinha a fazer bolinho, para em tom de comemoração, cantar os parabéns à avó Peixa por videochamada. "Lá vai ter de ser" e pimbas, mais bolinho a encher a mula. "Amanhã Peixa... amanhã é um novo dia. Não percas a esperança!!".

Hoje, nada de bolos. Oh yeahhh... mas não. Um colega fez anos há dias e trouxe bolo de brigadeiro. Ainda existem uns pedaços de bolo no frigorífico da empresa:

- Peixa, ainda há bolinho, podes papar ao lanche!!

Ignorando o factor de que as pessoas têem alguma mania de falar comigo com terminologia infantil - devo ser muito cutxi cutxi provavelmente - lá está mais uma criatura a empandeirar-me bolo!

O frio já está a meios que a começar a querer passar, pois daqui a nada, começa a Primavera e as friascas ficam fora de moda, logo eu não preciso de camada isoladora extra, neste corpo de sereia! Se bem que na altura da praia, dá jeito uma forra extra, para suportar o frio das águas, mas ainda assim, não me quero candidatar a virar peixe baleia - por muito lindos que sejam - e cada vez que entrar na água do mar, o nível sobe e a maré enche na praia ao lado, levando toalhas, chapéus, ténis e cães e gatos e o caraças.

Universo pá, contribui aqui com a gaja e fecha lá a fábrica de bolos, que isto assim não dá com nada!

Porém, fecha só depois do fim-de-semana, que a criatura mais bela destes mares e arredores, irá ter o seu tão esperado dia e sem bolinho, esse sim, é o que ela têm ansiado todo o ano, não é a mesma coisa.

E assim fico eu a pensar na imagem que as crianças têm de mim.

frito e escorrido por Peixe Frito, 09.10.19

- Então rabinho pequeno, conta-me lá que prendinhas recebeste ontem na festinha de aniversário?

- Olha tia Peixa - e começa a enumerar com os pequenos deditos - recebi uma LOL não-sei-quê (isto fui eu que não fixei, soou a professora do Charlie Brown) outra LOL linda não-sei-que-mais e mais outra LOL assim de óculos. Ah e a mãe deu uma com (e faz sinal de dois tótós na cabeça).

- Muito bem. E que mais?

- Deram-me macaquinhos.

- Macaquinhos? Deram-te macaquinhos? Eh gente doida!!

- Tia Peixa, macaquinhos mas daqueles das árvores, não do nariiiiiiz!! (e conforme dizia isto meteu o dedo no nariz).

Não estou a ver quem é que iria oferecer a alguém, como prenda de aniversário, macaquinhos do nariz. Mas pronto, fico mais descansada por saber que eram daqueles das árvores!

O meu pensamento no único dia de chuva que me lembro nesta data.

frito e escorrido por Peixe Frito, 06.03.19

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Ainda não pesam e espero que demorem a pesar. Diria que é como o vinho mas até o vinho ganha "pé" e "assento" e pode virar "vinagre". Menos romântico e sensual, acho que prefiro como o queijo, que vai maturando e ficando muito especial ao longo do tempo - cria bolor e cogumelos, larvas até. Aliás, um dos queijos mais supra sumos de Itália, não é cheio de larvas de bicho? Ah pois é. Mas esperemos que as larvas a mim não me ataquem tão cedo.

Seria de esperar maior juízo, mas vai-se aprendendo com a maturidade, que a vida deve mesmo ser levada com a tentativa de espírito leve, ser positivo e cultivar o bom humor. Que importa o que outros pensam, se não somos de acordo com o que a sociedade espera que sejamos?

Por um dia, seria a primor (foi ao lado, foi ao lado!!): calhar na terça-feira de carnaval, fazendo juz à lenda em que reza a história que toda a gente pensava que o pai Adamastor estava a brincar, que era partida de carnaval, quando deu a notícia que a mãe Peixa tinha desovado uma Peixinha. Mas não, era verdade. E assim tinha começado um novo capítulo numa família, cujo primogénito era o diabo em forma de gente e foram presenteados com a calma e tranquilidade, em forma de ser pequeno - só durou durante os primeiros anos de vida... como podem imaginar - que estava sempre a sorrir. E agora, espalha o terror com mestria e sarcasmo, por todo o sítio onde passe.

Venha a chuva para variar, que sempre me lembro de fazer sol neste dia. É mais um dia, mas não como qualquer outro: para mim, é um lembrete de vida, de memórias, emoções, de orgulho. Em que passe o que passe e o tempo que passe, passemos o que passemos, não há nada como sermos fiéis a nós próprios.

E agora vai um cliché: Porque no fim, a nossa única e melhor companhia, é a nossa própria. A minha têm dias de loucura, mas ao menos sempre me vou rindo e ajuda a passar o tempo.

Coisas destas, podem-me oferecer todos os dias que eu aceito de braços abertos.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.10.18

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Pois é, isto aconteceu comigo há dias. Ensinam-nos desde tenra idade, a não aceitar nada de estranhos, mas nessa altura é isso que somos, crianças versus um adulto. E quando é um adulto versus uma criança?? Deixa de se ter o receio de nos comprarem com doces para o que seja ou que os mesmo contenham droga e outras substâncias esquisitóides frente a poderem estar cheios de baba e ranhoca, a terem andado por todo o lado - até na guerra - já se sabe como são as crianças e os seus cuidados com o que comem. Aqui fica o meu relato, sobre esta minha experiência, em primeira mão e em exclusivo para a fritadeira.

Parte-se uma piñata. O criancedo todo de volta dos rebuçados e chupa chupas que nem formiguedo. Observo que apanham tudo menos os meus amados toffees. Até há quem os apanhe e mande de volta fora. Dó de alma. Que dóóóóó de alma. Juro que ouvi o meu coração partir. E digo eu a aquela catrefa de gente pequena:

- E os toffees pá? Ninguém apanha os toffees? E eu que gosto tanto de toffeess!!!

Então não é que, para minha admiração, se chega a mim uma menina pequenita, que mal falava, com três toffees na mão (a mão dela não dava para mais) e me estende a mãozita.

E eu, apanhada de surpresa:

- Amor... são para ti querida. Papa tu.

E ela insistia.

- Não querida... são para ti. Agradecida, mas são para ti. Guarda no teu bolsinho.

E ela faz ar triste, sempre de braço estendido para mim. Pronto... meu coração já rachado voltou a colar pelas brechas e desta vez derreteu, frente a aquele gesto. Lá aceitei os toffees da menina, que me sorriu e acabou por alegrar o meu dia com a sua simplicidade e amabilidade - e contribuir para as roupas encolherem e deixarem de servir.

Ninguém quer deixar uma criança triste, não é? Naturalmente que eu tinha de aceitar os caramelos por ela, eu amar toffees foi uma mera coincidência coincidênciosa até bastante abençoada, ou não foi?

Nem sempre faz mal aceitar coisas de estranhos. Óbvio que os examinei antes de os comer, não fosse encontrar lá bocados de terra, gravilha, um dedo, um sapato perdido, uma meia desencontrada do par ou até a Ovelhinha Amarela. Vindo de crianças, nunca fiando - até um piolhito lá podia vir, quiçá.

Eu chorava baba e ranho e implorava para pararem!

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.09.18

Admiro as criaturas que ficam tão felizes e contentes, quando lhes cantam os parabéns.

Eu, desde pequena, que era praticamente proibido me cantarem os parabéns. Mesmo depois de adulta, se puder evitar, evito.

Uma pessoa fica ali assim, a olhar para aquelas pessoas todas a festejarem o estarmos a ficar carcaça, a baterem palmas, desafinarem, disfarçamos a olhar para a vela e começamos a ficar com instintos piromaníacos por a vela nos estar a hipnotizar, sopramos a vela e mandamos perdigotos para o bolo, que toda a gente come com satisfação.

E há sempre um engraçadinho que nos diz que temos de morder a vela debaixo da mesa e pedir um desejo!

O meu desejo nessas alturas, é não ficar com cera nos dentes, porque realmente, aquilo fica bem pegadinho à cremalheira que é um gosto.

Traumas de infância? Talvez. Ou talvez não. É coisa que não me assiste, no entanto, se há coisa que adoro é festejar o aniversário com a família e os amigos do coração. Bolinho há sempre, seja feito por mim ou comprado. Normalmente feito. E só me entoam o cântico dos parabéns, porque é da praxe todos desafinarem e cantarem em ritmos e fases diferentes da música, todos descordenados ao mesmo tempo - família... não a escolhemos, né?

A cereja no topo do bolo, é se esquecerem das minhas velas e ter de escrever os números em dois fósforos a fazer de vela ou meterem o meu bolinho de aniversário no meio dos outros bolos, o comerem e me cantarem os parabéns com um bolo a faltar fatias e com velas de fósforo. Tudo no mesmo dia! Sou uma abençoada.

Não há nada como os começar a aterrorizar logo de pequenos.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.09.18

As festinhas de aniversário de hoje em dia, nada têm a ver com as dos meus tempos. Tinhamos uma e já gozávamos. Com direito a sandes de fiambre e de queijo, um bolito ou outro feito pela mãe Peixa, uns rebuçados e chupa chupas espalhados pela mesa e ainda umas gelatinazitas. Agora não... É uma festa em casa, uma na escola, uma nos avós, se os pais forem separados e não se toparem nem à légua, é uma no pai, outra na mãe, uma aqui, outra, ali, outra na conchichina. No topo de isso tudo, uma festa de arromba com direito a insufláveis e tudo - inveeeeejaaaaaaa.

- Sabes tia Peixa, amanhã vou fazer anos na escola.

- Ah é? Só fazes anos na escola, não fazes em mais lado nenhum?

Aqui foi a fatídica pergunta.

Como a criança fez anos a dia da semana, levou bolito para cantar com os amiguinhos na creche e depois à noite, em casa com a família, teve direito a mais um bolinho para se lhe cantar os parabéns.

No fim-de-semana a seguir, vai ter direito a mais um bolo pois vai ter a sua festinha de aniversário, com os amiguinhos.

A criatura toda feliz depois de ter soprado a velinha do bolo - ainda só têm direito a uma, há anos que eu não sei o que é isso - e eu digo-lhe assim:

- Ainda te falta mais um bolo, não é? Ouve, a esse ritmo que andas a soprar velinhas dos bolos de aniversário, chegas ao fim do ano com mais dois anos em cima. Invés de quatro chegas com seis.

Ar de pânico, com os olhos mega abertos a processar a informação que eu lhe acabei de dizer - Cheira-me que alguém não vai querer soprar a velita na festinha de aniversário... assim só de surra.

O que vale, é que ela no fundo já sabe quanto é que a casa gasta, porque se fosse outra criança... estava o baile armado.

 

Não há-de uma pessoa estar a ficar velha!

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.05.18

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 Uma pessoa às vezes até fica meio tótó (ou no meu caso, mais ainda) quando se apercebe e realiza como o tempo de facto passa sem darmos conta.

Faz hoje dez anos que decidi oficialmente publicar o primeiro post aqui na fritadeira, coisa que até foi engraçada, só eu sei o quanto me senti com nervoso miudinho e uma ligeira excitação por o ter feito, após ter ponderado durante uns dias, se iria criar um blog ou não. Dez anos que criei aqui a minha amada fritadeira, que mesmo com alturas em que estive mais ausente, jamais tive a coragem de fechar a porta. Dez anos que ando a debitar pensamento e devaneios na blogosfera. Posso dizer que estes têm amadurecido e sendo mais polidos ao longo do tempo (parece mentira, não é?) pois claro, até por mim o tempo passou e por mais incrível que pareça, me maturou como à fruta.

Dez anos, e ainda por aqui ando. Mais tempo de vida do que de muitas criaturas de duas pernitas que por aí andam.

Agradeço profundamente a todos os leitores frequentes, a quem de facto teve a coragem de subscrever o blog e a quem não têm vergonha de admitir que cá vem ler e fuçar, deixando os seus comentários, que by the way, é coisa que adoro, ler os vossos comentários às minhas patetices e sorrir sempre ao vos responder.

Devo dizer que adoro escrever, seja sobre o que for. E que o facto de eu escrever parvalheiras e tonterias aqui pela fritadeira, é somente porque adoro espalhar o meu terror por todos os lados e terrenos, espalhando a minha essência parvalhal por todos os lares, numa tentativa de partilhar convosco a minha descontracção geral pela vida, falando das coisas que me acontecem e dando importância às pequenas coisas tontas da vida, na esperança que vos façam rir ou no mínimo soltar um sorriso amarelo, vos animando o dia - a esperança é a última a morrer, lá dizia o outro.

Apesar de ter sido roubado algures pela internet, estejam à vontade para tirarem uma fatia do bolo virtual e festejar comigo o décimo aniversário aqui da minha menina fritadeira - não têm calorias, é vegan, gluten free, paleo e mais o catano, por isso podem enfardar à vontade.

Muito agradecida a todos!!