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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Desafio Arte e Inspiração | 9.ª Semana | Análise a "Cabelo Perseguido por Dois Planetas" de Joan Miró.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.11.21

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"Cabelo Perseguido por Dois Planetas" de Joan Miró

 

Olá estrelinhas, cometas e nebulosas do meu céu estrelado! - Ia dizer buracos negros, mas ainda iria ferir as susceptibilidades de alguém - Bem vindos à rúbrica semanal, da "Arte e Inspiração", onde fazemos o quê? Não, não são tostas mistas só com queijo, s.f.f. mas sim apreciamos, nos deleitamos a sorver e absorver a musa por detrás de uma pintalguice. A da passada semana - sim que isto sofreu para aqui um delay de um problema derivado da questão - é a "Cabelo Perseguido por Dois Planetas" de Joan Miró. Este título é por si só um enorme deleite e fico a pensar que encontrei - quase - a minha alma gémea artística. Possíveis enamoramentos aparte, vamos lá a degustar esta obra, antes que o cabelo dê corda aos sapatos e prego a fundo na situação, nos deixando aqui, a ver estrelas.

Logo assim sem dó nem piedade, tal penso rápido a ser puxado a arrepelar os pêlos todos, vamos lá a conversar uma coisinha: mas que tons de verde são estes? Principalmente aqueles em volta das azeitonas do sol - que me fazem lembrar as anedotas das formigas - ou que raio é aquilo, que me parece um mix muito mal dado de cores, como se alguém tivesse pintado uma cor e depois passasse um paninho e pintalgasse com outra por cima, para remediar a situação, dando aso a aqueles tons de dor de barriga. Amarelo não é de todo uma boa cor para ocultar resvalanços que sejam, seja porque é amarelo ou porque é, efectivamente, amarelo! Que aura mais manhosa se gerou ali, parece algo nefasto a surgir de um buraco tintoso, lá vindo de não sei de onde do pântano dos ogres. Sem querer tirar o protagonismo à emoção de "górmito" que as minhas entranhas gritam e apelam que seja uma acção realizada, que aquela cor é mesmo isso que transmite: náusea. Se a náusea tivesse espectro de cor, sem dúvida era este que ganharia a coroação, com distinção frente a todas as outras cores possíveis e imaginárias - competindo directamente com as veteranas e já batidas na situação, "cor de burro quando foge", "zebra disléxica" e "unicórnio galáctico", estando estas taco a taco e a outra, lá bem longe, na casa da peça das caldas, já passado a linha de chegada e estando a bebericar um café com cheirinho e a fazer um conjunto em crochet para a casa-de-banho.

Devo dizer que o artista esteve bem ao utilizar a técnica sempre na moda de texturado no fundo, que se chama no meio das artes de: "textura de puré com pouco leite e meio grumoso capaz de manter uma colher em pé", que ali interpreta bem o seu papel de argamassa ou de assentar o tijolo. Muito mas muito bem aplicado, fazendo a conjuntura geral, assim um mimo. Aquele toque de mestre de "espirro" em amarelo sobre o pintalganço, é deveras de génio. Embora dê assim aquela vibe de que o artista estava a acabar de disfarçar o que quer que seja que tenha feito - borrão - mais acima e possivelmente a cadeira resvalou e o senhor perdeu o equilíbrio: ainda se tentou agarrar ao fresco mas nem a textura da argamassa de puré o safou de bater com o bafunfo no chão.

Provavelmente toda esta obra teve o intuito de mostrar a força, essência, a lustrosidade que o cabelo têm a capacidade de oferecer e demonstrar - embora a mim me cheire que aquilo era mas era a careca de alguém, que tinha dois sinais na pista de aterragem - quer seja porque nos toca no nervo porque nos remota às memórias de se ter um pêlo na lente da máquina fotografica analógica, que nos dava cabo das fotos todas - agora culpa o cabelo ou o pêlo ou o que seja - seja porque nos faz nervoso miudinho que nos deixa na dúvida se temos nós algum cabelo nas pestanas ou que raio é aquilo.

No fundo, toda a obra demonstra assim alguma urticária - derivada do cabelo - problemas estomacais - o espectro cromático - que devem ter derivado de alguma coisa que o senhor comeu, provavelmente, as ditas azeitonas, cujo caroço teve destaque naquela maravilhosa elipse radial, no topo. Aconselho um cházinho de funcho ou de malvas, a fim de ajudar nessas questões digestivas que claramente estão expostas na pintalguice.

Aproveito a boleia, vou ali e já venho, que quem está a precisar de um cházinho, sou eu mesma. Isto hoje, desculpem lá, mas o registo não desenrola, parece um ninho de ratos sem ponta por onde se-lhe pegue! Que coisa do demo. Por isso hoje ficamos por aqui, esta semana haverá mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até daqui a uns dias!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

* * *

Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

* * *

No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Célia, Charneca Em FlorFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoOlgaPeixe FritoSam ao Luar.

Desafio Arte e Inspiração | 8.ª Semana | Análise a "Ilustração de Moda" ou "Figurinos para os Alfaiates Cunha" ou que raio de Almada Negreiros.

frito e escorrido por Peixe Frito, 03.11.21

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"Ilustração de Moda" ou "Figurinos para os Alfaiates Cunha " ou sei lá de Almada Negreiros

Olá minhas gotinhas de chuva "molha tolos", minhas alguinhas e anémonas das poças das minhas rochas da praia da minha vida! Bem-vindos à rubrica semanal de esfrangalhanço de pintalguices de gente famosa, que esta semana calhou a uma quarta-feira, onde iremos debater, observar, analisar, fazer patchwork, tricotar um casaco e um gorro agora para o frio que se avizinha, referentemente à obra "Ilustração de Moda", descortinando todos - ou quase todos, que a minha bola de cristal está avariada - os segredos da musa inspiracional do senhor Almada Negreiros, pondo tudo a nú e cru, aquando se-lhe acendeu a luz de aviso - não para abastecer, mas até podia ser, se o homem ficou com alguma fomita e o rato a roer nos entretantos - lhe indicando que raio ele ia rabiscar na tela. Vamos lá a arregaçar as mangas e pôr o pé no pedal, que se faz tarde.

Como podem calcular a partir das minhas partilhas e esfrangalhanços semanais, muitos quadros já passaram pelos olhinhos de peixe seco aqui da je. Muitos, vários, diversos, assim uma catrefada deles. Mas como este... esta musa têm que se lhe diga. Eu sei, eu sei (és a linda portuguesa com quem eu quero casa-aaaaaar *concentra-te Peixa*) que se usam padrões misturados e cores e mai-não-sei-quê, mas não deixo de ficar a indagar-me se a senhora está a fazer algum manifesto ao aquecimento global, usando um vestido de folhas ou escamas secas (olha a pachorra da alminha ali a coser aquilo tudo à mãozita. Se fosse eu, era coladito com cola quente e está a andar, óptimo, excelente, só não te abaniques muito ou te ponhas em correntes de ar, foge a sete pés de te armares em Marilyn Monroe, senão corres o risco de ficares com as miudezas a arejarem e a darem show, acenando a todos os que passam), advertendo à desflorestação e o quanto os peixinhos às vezes têem de se mandar para fora de água para respirar dada a qualidade das águas ou que poderão desfalecer afogados com o degelo e consequente aumento do nível dos mares ou então, se é um dragão que anda por ali a passear, a pôr-se à frente da objectiva, só para aparecer - deve ter muito tempo de folga, o bicho. Estou solidária. Já não há cavaleiros para terem demandas na caça aos dragões, eles têem de arranjar algum afazer. É que nem donzelas que se prezem de serem raptadas, se arranja hoje em dia. Olhem o coitado do bicho aturar as moças de hoje, a azucrinarem-lhe o miolinho, que não têem rede na caverna ou que a luz não lhes favorece nada as peles, ao posarem em uma foto, que iriam postar nas redes sociais, a dizerem ao mundo que estavam em agonia, a passarem mal, porque foram raptadas por um réptil das antiguidades, daqueles que já nem se usam e mal se vêem até nos museus? Uma chatice. Mais do que dor de cabeça, acho que o dragão as rifava logo e preferia antes estar só com as aranhas do que com malta desta, cheira-me - sem querer deixar de dar a devida atenção às riscas do casaco, que me recordam um bolo mil folhas muito mal amanhadito, cujo chocolate têm uma aplicação a roçar o manhosa. Se bem que, observando a volumetria da peça de vestuário, dava perfeitamente para a senhora enfeirar uns canapés dentro do casaco, para petiscar mais tarde. Ninguém daria conta - como é do conhecimento geral, raro é o evento a que uma pessoa vai e que não passa alguma larica, ter um snack ali à mão de semear, dava um jeitaço, que estar a socializar e a barriga roncar, que falta de nível - Porém, questiono severamente o sentido de moda daquela musa. Provavelmente deu-lhe a loucura, armando-se em rebelde, decidiu inovar. Amiga, cinge-te ao que sabes e que é a tua praia, que é inspirar as pessoas a pegarem no pincel está bem e deixa lá as modas para outros, dedica-te às tuas lides. Vá, faz-te produtiva. "Menos é mais", lá diz o chef Fogaça e olha que neste teu caso, menos, mas muito menos é efectivamente bastante mais. Aliás, a julgar por aquele chapéu de linhas aerodinâmicas com aquela pena toda entesada - que mais parece um espanador ou que têm capacidades mortíferas de espadeirar as moscas cada vez que a senhora mexer a cabeça ou de furar, inclusive, o olho a alguém - e pelo trabalho de ourives no aplique de todas aquelas escamas, podias era mesmo ir procurar emprego a um taxidermista, para fazeres empalamento dos animais. Olha que... safavas-te.

Tenho estado para aqui a dissertar, mas não julguem que o senhor que está ao lado, me passa ao lado! Que raio está ele a fazer? Sem dúvida com ar suspeito a olhar delicadamente, a ver se não dá barraca, para cima do chapéu da senhora. Às tantas, queria mesmo era ter um igual, pelo menos, a ele sim ficaria bem, a fazer pandam com a sua indumentária. O que pode ter acontecido, como os belos dos casais fazem com frequência quando vão a alguma festa, casamento ou baptizado, gostam de levar algo com uma cor em comum, seja ele de gravatinha a combinar com o vestido dela, sejam as cuecas a combinar com as meias do outro, este casal não foi excepção e lá está, a fitinha do chapéu da senhora a fazer conjunto com a calcinha do senhor. Ah pois é. Queriam não era? Mas não é para quem quer mas sim para quem pode! Já sabemos em quem podemos pôr as culpas dessa ideia maravilhosa, de os casais irem a fazer "match". - "Olá, estás sozinho? - Não não, estou com a minha namorada. - Ah é aquela ali com o vestido cor de burro quando foge e padrão à zebra disléxica, não é? - É sim, como adivinhaste?" Melhor do que uma aliança no dedo. Aliás, é um reforço de comprometimento, o pack aliança mais trapinhos de cores a condizer. Um mimo.

Num geral, constato que aquela parede de fundo sem dúvida que já levava uma pinturazita, está mesmo com toda a pinta de que houve infiltrações por causa das chuvas ou de algum cano roto, dando aso a que aquele amarelo deslavado se apoderasse do seu esplendor. Mas gostos são como os rabos, cada um têm o seu e aquela cor de amarelo coiso, ficou mesmo a combinar com o tom de pele dos senhores. É que mais não se podia pedir.

Posto isto, vou ali coser umas meias e já venho. É que está a ficar frescote e uma Peixa deste calibre, não se pode dar ao luxo de ficar de barbatanas com a batatinha de fora. Ainda enregelo! Por isso hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno EverdosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas

 

Desafio Arte e Inspiração | 7.ª Semana | Análise a "O Beijo" de Gustav Klimt.

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.10.21

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"O Beijo" de Gustav Klimt

Olá chuchus belezas! Achavam que hoje iam ter folga? Ah pois, mas não vão ter! A Peixá é muito requisitada em outras várias bandas mas veio aqui fazer uma perninha para a nossa rúbrica semanal de esfrangalhar a obra pintalgada de um artista, a quem lhe saiu o prémio, mas envenenado! Esta semana é a vez de Gustav Klimt, com "O Beijo". Então vamos lá a analisar, sorver, degustar com os olhos, que raio estava a musa deste senhor a engendrar, aquando este quadro brotou na inspiração do senhor.

(*momento de pausa para compostura da indumentária*) Desculpem lá a pausa, mas é que este quadro têm tanto mas tanto amarelo, que tive de ir colocar os óculos de sol, a ver se poupo os olhitos de boga, que estavam a arder com tamanha luminosidade e a ficarem meio para o vesgos.

O beijo, algo que supostamente é sinónimo de carinho e afecto, que todos gostamos de receber - menos das tias chatas, que nos lambuzam e apertam as bochechas, que até fazem cãibras na malta ou o meu tipo de beijo às gentes pequenas da família, que faço de conta que é um beijo mas depois encho as bochechas de ar e faço de conta que é um pum - mas nesta pintura... bem... dá que pensar. Efectivamente o autor estava ali com algum desejo recalcado, mas isso está na cara. Queria encher de beijocas alguma moçoila - isto está a começar a lembrar as constatações da semana passada - ou então andava armado em voyeur, a cuscar as beijoquices dos outros "Ah e tal deixa-me lá encher isto de flores para parecer menos mal, floreando a cena de eu andar aqui a espiolhar a troca de cuspes alheias". Funcionou? Para mim não, mas o amarelo funcionou na perfeição para que eu quisesse de facto desviar o olhar. E eu, observando o andar da carruagem, não sou a única a querer raspar-me da situação, ao que aparenta a moça do quadro, também está desertinha de dar de fuga, com o pézito ali a postos para dar corda aos sapatos - neste caso, solas dos pés - assim que o moço a largar. Faz-me lembrar as crianças a serem beijocadas e quando fazem o corpo mole, na vã esperança de que vão escorregando do nosso abraço, para se pirarem dali para fora. Mas não estás lá com grande sucesso, minha amiga... Deixa que te diga. Ainda por cima, estás mesmo à beirinha da cenaice... ainda te estatelas e ficas cheia de pensos. Pensa lá na tua vida.

Uma característica muito latente nesta obra, que me faz esfregar os olhos a pensar se não são as romelas a fazerem das delas: não consigo deixar de sentir que a imagem não foi bem carregada por quem fez o download da mesma para a tela. Ora, aqueles quadradinhos ali mais me parecem um pixelizado esquisito que, ao salvar a imagem para continuar a pintar o resto mais tarde, deu-se um erro no servidor, ficou ali um bug exposto, às vistas de toda a gente. Aconselho a criatura a aumentar a RAM do cavalete, bem como uma melhor placa gráfica ou processador, que cheira-me que isto vai acontecer mais vezes, em pintalguices futuras.

De resto, no seu geral, posso observar ali quase uma fusão, mas não tão bem sucedida como o Songoku e o Vegeta, mas sem dúvida que o pescoço do senhor é assim algo de musculado, não ficando atrás de nenhum Super Guerreiro. Roça ali um bocado o ar de tartaruga no meio de um campo de flores, mas a situação até ficou compostinha. Embora espere que nenhum dos dois seja alérgico a flores, senão será o cabo dos trabalhos.

No meio disto tudo, fiquei com vontade de me raspar e ir para outras bandas, fazer não sei o quê e não sei com quem. Lá dizia António Variações: "Porque eu só quero quem Quem não conheci (...) Porque até aqui eu só Estou bem aonde eu não estou, Porque eu só quero ir Aonde eu não vou" basicamente. Por isso hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno EverdosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas

Desafio Arte e Inspiração | 6.ª Semana | Análise a "O Sobreiro" de Rei D. Carlos de Bragança.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.10.21

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"O Sobreiro" de Rei D. Carlos de Bragança

Olá olá, coisas lindas e boas, airosas e frescas, pérolas e regalo para os meus olhinhos de boga! Cá estamos nós no sítio do costume, a fazer o costume e... (*momento de pausa a reflectir*) (*...*) (*encolher de ombros*) como costumeiramente a fazer algo digno, que contribui para a sociedade activamente. Hoje sem muitos fu-fus e gaitinhas, vamos lá a "andar andar" a apresentar a pintalguice que lhe calhou o brinde na embalagem das batatas fritas, falo de "O Sobreiro", rabiscado e colorido pelo Rei D. Carlos de Bragança. 

Como hábito, vamos lá a sorver o que a imagem emana (ainda bem que é imagem. A julgar pela localização, devem haver uns mémés por ali a pastar nas redondezas e que deixam um rasto - não de migalhas - de "conguitos" orgânicos e aromatizam o ar com aquele cheiro característico, que não é a flores - só daquelas degradadas e digeridas e expelidas - nem a coisas apetitosas, que aquando o sentimos, nos apetece logo ir banquetearmo-nos efusivamente de um bom prato de peixe frito com arroz de tomate ou saltar pelos campos floridos, a cantar a música do filme "Música no Coração" - #sóquenão). Logo assim de caras, há um sentir de marasmo, fuga, de alguém apanhado de calças na mão. Ora, a sério que com tanta coisa mais rica para pintalgar, o senhor foi logo bater os olhos em um sobreiro? A julgar pelo ar semi desnudo do coitado, cá para mim isto foi mas foi tudo uma analogia a alguma senhora que andava ali pelas redondezas e, para não dar barraca nem bandeira, sua realeza decidiu disfarçar e homenagear a moça de modo indirecto, pintando um sobreiro com ar de quem a roupa encolheu depois de ter sido lavada na máquina e não no programa dos delicados (Obs.: okay, eu adapto: foi esfregada nas pedras do rio invés de no tanque e com muita força, com água muito a escaldar em contraste com a água fria do rio, as vestes até se encolheram todas que nem um dedo queriam pôr dentro da água) ou que gosta de usar as t-shirts que voltaram à moda, de umbigo à mostra para mostrar o piercing (nesta altura ui, devia de ser uma modaça daquelas, umbigo à mostra e piercings! Imagino!! Iam logo secar as peles na fogueira, no meio da praça), ou até eventualmente dado o quente que se faz pelo interior, onde estas espécies são mais características, há ainda a opção de que provavelmente a coitadita da árvore esteve no campo a fazer sombra à mémézada, não usou protector solar e, esquecendo-se de tirar a t-shirt nos primeiros dias de exposição solar, apanhou um escaldão e agora anda com bronze à camionista ou, como costumo dizer, anda sempre com a t-shirt vestida (é preciso amor à camisola. Pronto pronto, já chega eu sei. Mas é mais forte que eu). No fundo e traparias e bronzes aparte, seja porque a árvore talvez remetesse à sensualidade da senhora, por ser curvilínea, robusta, e dada a sua pose muito... como que alongada, torcida de ramo preso nos dentes...! - isto está a ficar muito sexual, só de surra - não posso deixar de observar de que belas dores nas costas, devem advir destas poses sexys e a esbanjarem charme. Até eu comecei a ficar com jipose, só de olhar, quanto mais. E aquele corte de cabelo... Deus nos valha. Espero bem que a senhora não tivesse aquele ninho de ratos como os ramos mal podados e mal amanhados, o sobreiro pintalgado têm. 

E pronto olhem, nada mais tenho assim a acrescentar, acho que aquele é um bom spot para ter uma casinha no monte bem como belo local para piquenicar uma pescadinha de rabo-na-boca frita, debaixo da sombra destas esbeltas árvores. No fundo no fundo, o senhor queria era pintar mas estava com uma lanza tão grande, que se deitou debaixo do sobreiro e ali ficou, a pintar o que havia mais à mão.

Por isso hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno EverdosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas

Desafio Arte e Inspiração | 5.a Semana | Análise a "El Sueño" de Frida Kahlo

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.10.21

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"El Sueño" de Frida Kahlo

Bem vindos meus queridos, riquezas, pãezinhos com chouriço assados em forno a lenha, à edição desta semana da rubrica "Arte e Inspiração" a qual já vos é como pão para a boca, daquelas coisas que ao início se estranha e depois se entranha e, quando dão por vocês, aguardam impacientemente pelas 4.as feiras da vossa vida, para se virem deleitar com as ideias, pensamentos, cenaices, que por aqui se debitam, ao analisar uma pintalgada famosa, a fim de todos entendermos melhor o que vai por detrás dos bastidores de cada inspiração que deu origem a qualquer coisa, pronto, como sabemos. Musas... É mesmo o que se lhes dá na telha! Ora, os rabiscos desta semana - cuja selecção é sempre justa e correcta, se recorrendo a randomizer's, para que ninguém se ache mais ou menos do que os outros - pertencem à senhora que deveria de ir muitas vezes à pedicure, falo de Frida Kahlo, mais a sua pintalguice "El Sueño". Vamos lá a isto então, que tenho afazeres na agenda a gritarem por mim e eu a fazer que não os ouço.

Começo já por observar uma coisa: assim é difícil fazer análise a uma pintalgada quando a mesma apresenta uma cama e uma pessoa está aqui quase com palitos nos olhos, a ver se os mantém abertos e não cai para o lado a roncar que nem uma porca em um batatal! Tenho de ter uma conversa de pé-de-orelha mais o raio do randomizer, que anda a randomizar as coisas assim muito à sua vontade. Não pode ser! Ora...!!

Já depois de ter molhado a cara à gato a ver se abro a pestana, constato que a artista deveria ser fã da Guerra das Estrelas: aquelas nubes de fundo são imensamente sugestivas, principalmente uma que remete a um Storm Trooper. Ou quem sabe, tinha algum fetiche ou era apaixonada por fardas, sonhando assim profundamente com o seu crush. Em uma vertente muito menos agradável, a sensação que me dá é que uma pessoa nem pode estar a dormir descansada sem que não haja ali algo a observar-nos - creepy, né? bastante.

Na onda do soninho e das noites mal dormidas, é latente que a artista queria mesmo era dormir. Dormir tanto e ficar ali a fazer companhia aos lençóis e a confidenciar com a almofadas de tal maneira, que até criava raízes. Eh pá, se calhar andava com algumas insónias, quiçá a pensar no Storm Trooper, ou andava com o sono atrasado precisando de uma cura de sono ao estilo urso a hibernar, porém, sou apologista de que algo muito estranho se passa naquele quarto. Não consigo deixar de ficar a franzir o sobrolho à adaptação de sobrevivência e à evolução dos tempos, que os monstros conseguem ter na nossa vida, para nos continuarem a morder os calcanhares enquanto dormimos o sono reparador de beleza ou estamos a tirar uma sestinha leve... ou neste caso específico, não os calcanhares mas os calos. Sim, porque é de conhecimento geral, que os monstros se encontram debaixo da cama e não em cima. Nota para mim: Não comprar um caramanchão. Além do pó, os monstros acham que têem uma cama de rede e invés de se manterem debaixo da cama como requisitos no protocolo, põe-se a inventar, e sobem para cima da mesma. Olha que aquele tecido rompe e o monstro andar bem nutrido? Uma pessoa acorda ali esmagada, com os olhos de fora, com o balofo do bicho em cima de nós! Mas isto lá é coisa que se aceite? Óbvio que não!! Se bem que no caso da cama desta senhora, é tudo em madeira: esperto, o bicho. É que assim lá em cima da madeirinha, nem a moça o vê e aquilo até é mais estável e ele pode recarregar as suas pilhas à vontade e até continuar com o seu hobbie favorito, que é fazer arranjos florais. Com tanto tempo livre, me parece bem que ele ambicione ser algo mais do que um monstro que assusta as pessoas nos seus sonhos, enquanto elas dormem. Notavelmente um monstro ambicioso e que quer subir na vida - e subiu. Para cima da cama (*som de tambor*) eishhh que esta foi muito fácil, nóssa senhora - Denote-se ali a inteligência da senhora que, para se proteger mais das visitas dos monstros nocturnos, fez para ali uma espécie de casulo a protegê-la, fazendo com que os bichos ou ficassem emaranhados ou se picassem nas plantas. Se fosse eu, enrolava-me em plástico bolha e depois em hera venenosa. Eles iam ver como é que elas mordiam e com quantos paus se faz uma canoa! Devem-se achar, os malandros!!

Não posso deixar passar, o quanto emana aqui uma situação que é retratada e ignorada: os sentimentos. Sim, apesar de estar a violar as condições dos contractos dos monstros estando em cima da cama e de ter como hobbie fazer ramos de flores, eu tenho de o dizer... o monstro está apaixonado pela moça. Ah está sim senhor! Olhem bem para ele: com um raminho ao peito para dar à sua amada, sossegadinho a aguardar o momento certo para lhe dizer o que lhe vai na bateria - ou pilha... que aquilo confunde-me um bocado. Um monstro a pilhas? Isso não é nada eco friendly além de que se uma pilha rebenta e começa a largar ácido, corroendo tudo ali por onde passar, dá uma bodeguice danada, é bichos da madeira desalojados, é a moça com os pés de fora e a enregelar, enfim, uma trabalheira.

Resumindo e no geral total da situação e mix de informação - que totalmente suporta a minha teoria que a moça só ficava a ganhar se tirasse uma sestinha - é uma pintalgada que nos faz sentir muito coiso, com referências bastante a qualquer coisa, bem como ali se nota a reflexão de não-sei-quê, no momento em que efectivamente e deliberadamente, coiso. E eu acho que concordam plenamente comigo, não é verdade? Pois é.

Eu bem que molhei a cara com as pontas dos dedos para não fazer rugas na minha maravilhosa pele, mas o raio do João Pestana não me larga a labita. Por isso hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana D.Ana de DeusAna Mestrebii yue, Bruno EverdosaCélia, Charneca Em FlorCristina AveiroFátima BentoImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãLuísa De SousaMariaMaria AraújoMiaOlgaPeixe FritoSam ao LuarSetePartidas

Desafio Arte e Inspiração | 4.a Semana | Análise a "40 anos" de Fátima Mano

frito e escorrido por Peixe Frito, 06.10.21

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"40 anos" de Fátima Mano

 

Bem vindos chuchus, corações, pózinhos de perlim pim pim, à rúbrica semanal costumeira, onde debatemos efusivamente qualquer coisa, sobre não sei quê, de determinada cenaice. Basicamente, a situação habitual de entendermos, sentirmos, o que é que a musa de determinado pintor tinha vestido e como paravam as modas naquele momento de pintalguice. A primeira bola a sair do saco do randomizer de há umas semanas, ocupando o 4.º lugar, é a obra "40 anos" de Fátima Mano. Vamos lá então a isto que uma pessoa está com espírito de segunda feira, pois o feriado mais parecia domingo do que outra coisa.

Observando a pintura, olhando e voltando a olhar, a primeira sensação é de frango para assar. Ali com os condimentos ao lado e com o livro de receitas a ser consultado, me parece que a inspiração foi mesmo o jantar ou almoço, para os 40 anos de qualquer coisa da senhora. Não posso deixar de frisar que tive de ir pôr os óculos de sol dado o encandeamento do bronze à carneiro da fruta, pois a criatura que está a fazer uma pose de estiramento - certamente tinha algum mau jeito pois estar a ler assim em pose de yoga, durante uns 40 anos, deve dar assim algumas jiposes daquelas danadas, sem falar de nem têr uma roupita no pêlo, que para dar uns resfriados nas peles e os músculos ficarem todos encolhiditos tal o frio, é um ver se te avias - não deve de ser muito amiga de actividades exteriores e solarengas, nomeadamente ir à praia ou à piscina, fazer piqueniques ou até, ir caçar gambuzinos.

Em uma outra vertente, uma pessoa já nem sequer pode andar à vontade por casa, sentar ali onde bem apetecer a ler um livrito com uma meia dúzia de pecitas de frutas - ou flores ou pom pons ou o que é - para petiscar e mordiscar, caso a traça venha atacar, sem que alguém esteja a ver. Pior ainda, a pintalgar. "Ah babe, era mesmo isto que eu queria, um quadro meu tal e qual como vim a mundo, de rabo ao léu, a ler um livrinho e a degustar umas frutas, para pendurar na parede da sala, quiçá, em cima da lareira". Gostos...!

Intriga-me profundamente aquela pose e que livro a pessoa estava a ler. Mas principalmente a pose. É que eu fico com torcicolo só de olhar. Talvez estivesse a verificar se o desodorizante estava a funcionar, sem notar que talvez o ambientador que se fizesse sentir, era mesmo de alguma das frutas que pairava misteriosamente sob a sua cabeça, assim meio à filme de terror. Posso dizer que já vi de tudo: senhores dos filmes de terror, não sei como nunca se lembraram de pôr meia dúzia de frutos a pairar, por cima da cabeça das pessoas, é que isso deve ser assustador! Qual ver um fantasma ou um demónio ou uma bicheza dessas assim esquisitas? Isso já está uma pessoa acostumada, agora uma cesta de frutas? Ai que horror. "Amiga, fui assombrada por um pêssego careca. Imagina tu...!" Totalmente válido.

Bem olhem, vou no ir. Beber um café ou quem sabe, mordiscar uma peça de fruta, que hoje estamos ao rolentim, nem para esfrangalhar um frango estamos aptas. Dado como param as modas, hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

* * *

Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

* * *

No desafio Arte e Inspiração, participam Ana DAna de DeusAna Mestrebii yue, Célia, Charneca Em Flor,  ConchaCristina Aveiro, Fátima BentoGorduchitaImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãJorge OrvélioLuísa De SousaMariaMaria AraújoMarquesaMiaMartaOlgaPeixe FritoSam ao Luarsetepartidas.

Desafio Arte e Inspiração | 3.a Semana | Análise a "O Grito" de Edvard Munch

frito e escorrido por Peixe Frito, 29.09.21

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"O Grito" de Edvard Munch

Olá mês amôres, mês curações, mês tesoiros! Sejam bem aparecidos aqui pelas bandas da fritadeira que sempre foi mais à frente de todas as fritadeiras existentes, que por aqui fritamos sem óleo estão a ver, agora é que há por aí umas modernices de se fritar sem óilo, mas isso é tudo invejas, não podem ver uma gaja ser pioneira nas cenaices e querem logo copiar! Ora, como estava a dizer antes de entrar no devaneio oleoso, hoje é dia de rúbrica de esfrangalhanço semanal de uma pintalguice famosa - dizem... porque para mim, ninguém bate "O Menino que Chora" ou "O Menino da Lágrima", sei lá eu, "Menino com a vela acesa", pronto, e o resto é mesmo isso, só meninos - e o que lhe calhou a fava no bolo esta semana, foi ao Edvard Munch, com o seu "O Grito". Ele bem que esperneou mas é assim, nada feito. Toca a todos, meu caro. Sendo assim, vamos lá absorver o que o senhor estava ali a reflectir, quando os macacos do sótão se lembraram de fazer esta macacada.

Logo em primeiro impacto, neste sim, o título diz tudo. Não é como certas gentes que chamam "A Noite Estrelada" e depois estrelas, nem cheirá-las. Venenos aparte, este é verdadeiramente um quadro que expressa o seu estilo, tendência, onda, vibe: tão expressionista que até a própria criatura - não quero dar rótulos, rotular é feio. Cada um é como é, maravilhoso na sua expressão única, seja peculiar, esquisito, estranho, meio que anormal, invulgar, inusitado, excêntrico, bizarro, desusado, diferente, especial, exótico (esta é uma boa descrição. "Ah e tal és meio feioso exótico", soa melhor), incomum, insólito, singular, coisa que não dá para perceber sequer de que terra é - ficou impressionada com a situação.

Aquela escolha cromática, de tons laranjas e avermelhados, amarelos cor de coiso, ondulantes e magnetizantes, fazem pensar que devia de haver um fogo na casa do vizinho e o senhor, invés de ir ajudar, estava era ali a pintalgar. Já sabem como são alguns vizinhos, não vou sequer comentar esta sinergia entre Munch e a vizinhança, mas ouvi dizer que houve uns comentários acerca do bigode do senhor. Assim, só de surra, eu que não sou de intrigas. Porém, se olharmos com olhos de ver, aquelas riscas, remetem a bacon com ovos mexidos. Cá para mim, o senhor estava era com alguma fomeca e, a própria figura do quadro quando se apercebeu disso, deitou logo as mãos à cabeça, pois também queria mas de certeza que não ia tocar na chicha. E olhem que bem precisava de comer, tadinho. Está ali com ar de mal nutrido, que até dói e me faz a mim querer gritar quando olho para ele. Isto sem abordar as vestes, que ó senhor, aí sim, são de gritos, de tão... tão... sei lá, de tão coiso que nem sei exprimir.

Uma sensação muito presente nesta pintura, que marca posição e invade, nos inquieta, mexe connosco, dá para sentir dentro do nosso peito, é mesmo o pânico expressado pelo ser. O que eu acho que aconteceu, sabem o que foi? É que esta gente agora anda com a mania de andar sempre com o telemóvel na mão e, a tirar uma selfie com toda a certeza, chegou-se mais à beira da ponte e pimbas, caiu o telemóvel lá embaixo. E depois fazem estas figuras, a armarem-se em vítimas e fiteiros, quando a culpa é deles. Tivesse levado um selfie stick, ó senhor... senhora... cenaice! Ou pedido a alguém que lhe tirasse uma foto enquanto fazia uma pose com bico de pato, mas não... Agora olha, arreia. Bem podes levar as mãos à cabeça, que já foste. Espero que ainda tivesse na garantia e que tivesse guardado as fotos e os contactos na Cloud.

E, na recta final desta análise, concluo que fiquei sem perceber que raio anda uma pessoa de fato e chapéu a passear à beira rio ou beira lagoa ou beira qualquer coisa, acompanhado por alguém que claramente deve sofrer de problemas de cervical, já viram bem o tamanho daquele pescoço? Nóssa senhora!! E mas que raio, está a fazer um barco ali no meio da espiral? Parece mesmo que vai ser engolido pelas águas! Coitados... Já não se pode fazer uma pescaria tranquilo ou dar um passeio romântico mais a sua cara metade. Não há direito! Talvez Munch tenha pintado a elipse das bermudas, quiçá. Onde irá navegar aquele barquinho incauto, que apenas se vê a ponta do mastro, já sem o c*****o e tudo, olha foi tudo com a peça das Caldas mesmo, incluindo o smartphone do... da... de... aquilo! Vocês percebem. Há mistérios na vida, e este é um deles.

Não vos maço mais, vou só ali e já venho, sim? É que já marchava um bacon e tal e coiso... Por isso, hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana DAna de DeusAna Mestrebii yue, Célia, Charneca Em Flor,  ConchaCristina Aveiro, Fátima BentoGorduchitaImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãJorge OrvélioLuísa De SousaMariaMaria AraújoMarquesaMiaMartaOlgaPeixe FritoSam ao Luarsetepartidas.

Desafio Arte e Inspiração | 2.a Semana | Análise a "A Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.09.21

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"A Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh

Bem vindos, bem vindos minhas riquezas, minhas pérolas mai lindas, à edição desta semana da rubrica "Arte e Inspiração" aqui na fritadeira mais magnífica, cheirosa e supé com saineto aqui dos spots. Como sempre - duas edições mas não está mal dizido - vamos analisar cuidadosamente uma pintalguice de um artista, chegando ali ao cerne da questão da inspiração do senhor e que couves  e batatas estava ele a pensar quando rabiscou a tela em branco. O quadro que teve a (in)felicidade de sair no sorteio foi o "A Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh. Ora vamos lá aqui desmembrar o que quer que seja, que tenho mais que fazer, pois tenho ali o peixe a marinar para o almoço e a roupa em sabão.

Olhando com olhos de ver, este pintalganço têm muito que se lhe diga. Aliás eu adorava conseguir exprimir exactamente isso mas sou só eu ou este quadro é meio hipnótico? Quando fico assim mais do que meio segundo a mirá-lo, o tipo parece que me enrola e começa a falar comigo: "Peixaaaaa, andaaaa, junta-te a miiiim, vêm ondular nestas nubes nocturnas e conta-me o segredo do teu óleooooo". Pois assombração quadrística de Van Gogh, tira lá o cavalinho da chuva, que isso não vai acontecer. Só por medidas especiais de medidas de coiso, vou colocar uma venda nos meus olhos de peixe boga, enquanto faço a análise deste quadro, não vá o diabo tecê-las. 

Ah e tal, noite estrelada. Com todo o respeito ao autor desta obra, estrelas my ass. Cá para mim, o senhor estava mesmo era com uma alta broa, daquelas castelares cheias de açúcar ou com uma de centeio, onde já tinha era cogumelos com propriedades psicotrópicas e nada, mas nada alucinogénicas. Parece-me mais uma windy night do que stary night. Scary night, para ser mais precisa, que vamos lá a ver, com aquelas pinceladas carregadas de tinta como se o godé tivesse a fazer promoção de tinta, o ambiente circundante a aquela vila é deveras a roçar o creepy e spooky, não me admirava que saísse uma bicheza estranha ali detrás da alga, para assustar e aterrorizar as alminhas inocentes que habitam o vilarejo. Eu é que não punha lá o meu bafunfo com toda a certeza, nem mesmo que as reservas online estivessem a 50% do valor. Porém posso constatar, que há aqui um sentir de afogar, de emoção meio que ao sabor do vento - broa, é o que eu digo, é da broa - ali uma tristeza e melancolia como as ondas do mar a virem de lá de não sei de onde e a apanharem as pessoas incautas, lhes dando um banhinho à meia noite - não que se calhar algumas não beneficiassem com isso, mas adiante.

Bem, vou ter de abandonar, que mesmo imaginando o quadro por ter os olhos com uma venda enquanto faço a análise da obra, estou a ficar meio tonta e com uma vontade de ir ceifar uma orelha ali a um peixe.

Por hoje ficamos por aqui, para a semana há mais rubrica para esfrangalhar a pintura de algum magnífico artista. Fiquem em tune e não percam!

Até para a semana!

Peixá Marie del Frite.

 

Ah, e aproveito para dizer que quem escolheu este quadro, fui eu.

 

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Obs.: Sinto que o devo fazer pois amo arte do coração e respeito à brava todos os artistas: este texto é meramente com intuitos humorísticos, embora possa não ser apreciado por todos (é assim... temos pena). A arte é mesmo algo lindo e maravilhoso, que nos enriquece a alma nas suas variadas maneiras. O meu verdadeiro apreço aos artistas, qual seja o seu tipo de arte. Eu, incluída.

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No desafio Arte e Inspiração, participam Ana DAna de DeusAna Mestrebii yue, Célia, Charneca Em Flor,  ConchaCristina Aveiro, Fátima BentoGorduchitaImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãJorge OrvélioLuísa De SousaMariaMaria AraújoMarquesaMiaMartaOlgaPeixe FritoSam ao Luarsetepartidas.