A minha black friday.
Sabem quando compram um telemóvel novo e ficam todos contentes com a cenice? Formatam ao vosso jeito, instalam as apps que tinham no antigo tijolo, as músicas, as fotos, os contactos e tudo e tudo e tudo. Arrumam a antiga criatura na caixa dele e armazenam no arquivo vertical dos telemóveis de vossa casa. E tudo corrre bem, até chegar a segunda feira a seguir ao fim-de-semana do black friday.
De manhã, o receio de não ouvir o novo despertador, era latente. Até acordei antes da hora. Até que... ora aí está o novo despertador! Ahhh hora de levantar. Mas, partilho: eu ponho o despertador a tocar não sei quanto tempo antes da hora de levantar, para dar a margem do engonhanço e do adiar até levantar. Adiei o toque do despertador, afofei nas mantas quentinhas... eis que oiço o antigo despertador a tocar. O telemóvel antigo, acordou dos mortos, no confim dos armários, dentro da caixa! Resiliente, a criatura, hein? Pois é. Lá tive de me levantar e ir desligar e desprogramar o alarme do anterior telemóvel, que me esqueci. Não me levantei quando o despertador tocou, porque não me apeteceu. Mas o outro diabrete, fez-me levantar na mesma. Ninguém merece.
Não se esqueçam de desligar os alarmes no vosso anterior telemóvel senão vão ter uma criatura a assombrar-vos, a surgir do silêncio da casa, vinda das catacumbas dos tempos, vos tirando do aconchego dos lençóis!
Aprendam comigo, que não duro para sempre.
E que têm isto a ver com a Black Friday? Nada. Só assim por acaso.