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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Testemunho verídico. Palavra de escuteiro!

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.10.18

Sempre ouvi dizer que o cúmulo da paciência era pôr um cugalhão – como diz a rabinho pequeno – numa gaiola e esperar que ele cante, até que a minha experiência de vida me demonstrou algo pior.

Experimentem deixar cair uma série de bolinhas de esferovite no chão e na falta de aspirador, as terem de varrer e logo me dirão, se não vos vai apetecer pegar fogo à casa, que é mais rápido e eficaz ou esperarem por uma nova encarnação vossa para aquilo ter-se esvaido com o tempo, que conseguirem apanhar toda a ranhosa da bolinha espalhada que parece que se multiplica por todos os cantos.

Okay, podia abrir a janela e rezar aos deuses do vento, que as levassem graciosamente para longe… mas não. Nem uma ponta de vento sopra. É assim… quando se precisa, nã há ventito, mas quando a genti nã quéri que ele nos venha desgrunhar os pelos da piruca, ai está ele pronto para o serviço.

Assim não há condições. Ao menos que fossem criaturas suficientes para um moche, mas nem isso.

Meh. Só para darem trabalho.

Dá assim uma satisfação mórbida...!

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.10.18

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(imagem palmada daqui)

Alguém já teve uma vontade dos diabos de se meter dentro de um recipiente cheio de bolinhas de esferovite? Pois bem, eu já. Sempre que posso, enfio as mãos dentro das embalagens cheias destas coisas do demónio e nem me apetece tirá-las de lá. Imagino-me, por momentos, como aquela imagem do "American Beauty", caindo bolinhas de esferovite invés de pétalas de rosa... correndo o risco de ter um ataque de tosse ou desfalecer ao inspirar alguma.

giphy.gif 

Vontade de fazer um «mocheeeeeee!!!» às bolinhas de esferovite, sabendo que o mais provável era aquelas porras pequenas se desviarem todas para os lados, me engolindo literalmente, mas porém, me fazendo bater com as fuças no chão, tipo chapa, tal e qual aqueles tótós que sobem o palco num concerto e toda a plateia se desvia, quando ele se atira para o meio do maranhal - isto não é mito urbano, conheço mesmo a quem isto tenha acontecido e o quanto eu teria pago para ver isso ao vivo e a cores.

Sei que ficaria com o cabelo cheio daquilo, as orelhas, nariz, refegos e não refegos, bem que poderia fugir desalmadamente, quase arrancando o pavimento, semelhante a alguém que devia parecer o Road Runner a fugir de um balão de hélio perseguidor e demoníaco mas graças à electricidade estática, não me viria livre das bolinhas nem que viesse um furacão nem uma tempestade com nome de gente e nem que os planetas alinhassem com o sol, se sacrificasse uma cabra e se escrevesse um haiku dedicado à origem do universo. Valeria a pena. Toda a santa bolinha que eu espirrasse durante os próximos anos - ao menos na altura do Natal, teria neve artificial para decorar o aquário - todos os mergulhos na praia que eu não iria conseguir fazer pois só iria conseguir boiar. Viraria a Super Peixa Esferovitaaaa! Só acudia quem iria precisar de acondicionar as suas encomendas em caixas, mas já é melhor que nada, não?

Ahhhhh bolinhas de esferoviteeeee... esponjava-me como um canito na relva fresca.

Happy days... era o que era. 

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(canito feliz da vida palmado daqui)