Sinais do fim dos tempos.
Quando até comer uma bolacha, nos faz calor.
Ninguém merece. Já nem petiscar se pode, sem que o calor meta o nariz.
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Quando até comer uma bolacha, nos faz calor.
Ninguém merece. Já nem petiscar se pode, sem que o calor meta o nariz.
Isto vou ser eu hoje à noite. Não vou conseguir dormir com o calor, por parecer que a cama está a arder.
Nem uma palha mexe. É hoje que as minhas escamas encarquilham.
Vou ali e já venho.
Isto de começar a manhã com requintes de malvadez, têm o que se lhe diga, mas então, se me provocam, desculpem lá, por muito zen que seja, tenho limites porque gosto pouco de andar a dançar ballet e fandango com terceiros.
Se vocês entrarem dentro de um gabinete onde têm o aquecimento ligado e a porta fechada, que fazem? Fecham a porta correcto? Vocês talvez sim, outras criaturas, não. Ainda por cima, o gabinete parece o Ártico e para ajudar cada vez que uma pessoa mete o nariz fora da porta, parece que entra no congelador industrial dos talhos onde só faltam as carcaças dos bichos penduradas, a congelarem.
Fico cansada de pedir para fecharem a porta. Peço uma, duas, três. E começa o processo de eu virar a boneca... a levantar-me e a bater com mais força com a porta a fechá-la, de modo que as criaturas de rabo comprido entendam. Mas elas bem se estão borrifando, então, arranjei uma solução.
Logo pela matina, passarinhos a cantarem meio congelados, sol a brilhar atrás das nuvens e nem um pingo de chuva, ligo o aquecimento para criar ambiente no gabinete. Eis que fica agradável. Não muito quente, ali q.b. como quando pomos o leite a aquecer apenas aquele bocadinho, para quebrar o frio, sabem? Perfeito. Eis que... chega uma criatura. Que faz? Deixa a porta aberta. Como sempre. Sabem, não me apetece desancar alguém, ainda mais quem já teve perto de sentir a escama a aquecer-lhe as fuças e então, fez-se luz.
Nada melhor do que psicologia invertida. Não queres o quentinho do aquecedor, preferes gelar os miolos? Então, two can play that game.
Ele saiu para ir ao raio que o parta, ainda nas instalações e eu não fui de modas: desliguei o aquecimento, abri a janela do gabinete que dá directamente para a rua e que fica colada onde ele se senta, permitindo assim todo o ar fresquinho e fofinho entrar suavemente pelo gabiente adentro e assim, transformar o aquário, numa sala de treino de resistência ao frio glaciar. Para ajudar na cena, abri a porta, aliás, escancarei, para fazer corrente de ar com as outras portas abertas. Maravilhoso, como podem imaginar.
E assim ficou. Ainda aguentou aqui uns minutos e foi embora. Naturalmente, depois fechei a janela e liguei o aquecimento, voltando tudo ao perfeito equilíbrio.
Agora cada vez que ele vier, é isso que vai acontecer. Nem que tenha de trazer a porcaria da manta polar, cachecol, gorro e luvas. A ver se ele gosta e pede para ligar o aquecimento, que vai ver como elas mordem - ainda bem que eu sou minha amiga, que não me queria nada ter como inimiga, chiça para a gaja
E quando está tanto calor e temos de limpar a casa - que remédio, eu bem bato palmas a ver se ela se auto limpa, mas a tipa nem mexe uma palha - e aspirar nunca foi uma tarefa tão prazeirosa e agradável, pois o ventinho que sai pelo aspirador, sabe que nem ginjas e ajuda-nos a "refrescar" da brasa que se sente no próprio ar?
Nesse dia sim, quase limpava o aquário com a alegria dos sete anões. Quaaaaase.
Quem me mandou a mim mandar de férias os rapazes que me abanam as folhas de palmeira para me refrescarem?
Depois dá nisto. Para se ter uma brisa, é preciso aspirar a casa. Deprê.
Todo mas todo o santo ano falo do mesmo e ao que parece, este não será diferente.
Ora alguém me explique como se eu fosse loira por dentro, porquê - mas porquê?! - que há alminhas que quando chegam à praia, que até se encontra meio vazia digamos de passagem, e decidem largar toda a tranqueira praticamente em cima de outras pessoas, acabando por fazer as mesmas se desviarem do sítio onde estavam, só pelo quanto se sentem incomodadas.
Uma coisa é certa, não seria eu que iria mudar os meus tarecos de sítio, mas compreendo que as pessoas não se queiram chatear e queiram apenas desfrutar de um descanso na praia.
É como eu digo. Falam falam, que as praias estão cheias e mai' não sei que mas quando se apanham numa praia semi vazia, vão sempre para cima de outras pessoas, tal traças atraídas pela luz negra. É o síndrome da sardinha em lata... Não conseguem estar sem estarem quase a fundirem-se com outras pessoas.
Devem ser pessoas habituadas a andarem em transportes públicos, cheira-me.
Primeiro dia de Primavera-Verão do ano de verdade, não daquelas mariquices de chuva molha tolos e sol envergonhado atrás das saias das nuvens. Sol forte na rua. Calor. Assim daquele de ar bem quentinho que nos faz pedir é uma boa sombrinha, debaixo de uma árvore, acompanhados por uma bebidinha fresquinha.
Aparece um ser, uma criatura, em pleno dia desses, com casaco vestido.
- Então? Não têm calor, de casaco vestido, homem!
- Ah... algum. Mas prefiro ter o casaco vestido, para não se verem os suspensórios nem se notar tanto a barriga.
Fez-me lembrar aquelas criaturas que usam sapatos de salto alto a morderem-lhes os pés, mal sabendo andar com eles e ficando com eles em ferida, só porque são bonitos e fazem o pandam perfeito com o resto da indumentária ou aqueles que compram roupa mais pequena, ficando apertada e as banhinhas a sairem de fora que nem um pudim a transbordar da forma, somente porque gostam da roupa e não havia o número deles.
Antes todo o mal fosse se verem os suspensórios ou se notar a barriguinha típica da idade. Mas é preferível assar que nem um leitãozinho na brasa, de casaco vestido num dia de sol. Opções!
Mas para trabalhar... ah isso já chamam!
Tenho sérias suspeitas que aquele coqueiro fosse aguentar com o peso de quem quer que fosse... Digo eu, que não percebo nada de cálculos de resistência e estabilidade de materiais. Mas que aquele cenário me parece bem na mesma, lá isso parece! - deixa lá o coqueiro e põe a barbatana na águiinha quente, mazé.
É uma chatice quando o vento venta forte. Além de levar tudo para a casa do coiso das caldas, quando é frio... caramba. Até se nos enregela os... ossos!
Mas em dias quentes, que bem sabe uma ligeira brisa, de vento morno. Até toca na alma e dá uma sensação de aconchego fenomenal - além de ajudar à transpiração corporal do pessoal e a aliviar alguns cheirinhos, erm... mais assim para o coiso, que nos faz pensar se algumas pessoas sabem que existe desdorizante e assim.
Nunca quiseram tanto que soprasse um ventinho, não é? Eu que o diga, que já estou a virar Peixa assada com a situação.
Alguém conhece a dança do vento, que partilhe aqui com a gaja? Já fazia falta uma aragem por estes lados.
Muito agradecida.
Uma nova definição de "Efeito de estufa" - o que eu passei, com a brasa que estava nos últimos dias, mesmo sentada à sombra. Como eu gostava de ter um pagem a abanar uma folha de bananeira, e outro a abanar a cama de rede.