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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Até parece uma anedota. O novo cúmulo da paciência.

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.01.19

Se achavam que era meter um cugalhão numa gaiola e esperar que ele cante, estão bem enganados!

O meu novo cúmulo da paciência, é mesmo estar a comer guisado e estar a separar as batatas dos pedaços de nabo cozido. Estão a ver a paciência, não é? Além de que a cor entre ambos é similar depois de cozida, a textura também. Só se diferencia por o nabo ser ligeiramente mais branco que a batata e porque se notam as "fibras" ou "veios" nos pedaços de nabo.

Haja pachorra. Uma gaja cheia de larica e estar a brincar às escondidas com pedacinhos de nabo, não há quem aguente.

É uma sorte eu estar aqui inteira a relatar a situação!

frito e escorrido por Peixe Frito, 29.10.18

Ninguém consegue resistir a um convite da mãe Peixa, quando ela nos diz: "Fiz sopa de feijão, se quiseres vêm buscar para o teu almoço". Ninguém mas ninguém consegue resistir. Até a rabinho pequeno, na passada semana, quase todos os dias dizia à avó depois de vir da escolinha, que queria jantar sopa de feijão, tal é os amores da família pelo raio da sopa, que é de entulho, diga-se de passagem, mas caramba, dá cá um conforto e preenche a alma... 

Hoje, lá fui eu buscar uma malga da sopa. O meu coração bate tão forte mas tão forte pela sopa de feijão, que tive de cometer um acto de bravura, porém, cheia de medo das consequências: tive de ir mexer no armário dos pamparuéres da mãe Peixa. Acreditem, aquilo é tudo animais ferozes! Abrimos a porta e levamos logo com uma metralhada no alto da pinha, é só vê-los a mandarem-se tipo kamikaze para cima de uma pessoa, nem nos dá tempo de reagir, pensar, fugir!

Tudo correu bem, devem de estar com o jet lag dos pobres, as criaturas do fosso, tendo descansado mais hoje e então estão bem dispostos e ninguém teve vontade de se afofar na minha cabeça.

Orgulhosa de mim, mereço uma medalha, uma estátua, uma condecoração, um calendário, um poster na parede, uma caneca, tapete do rato... caneta com o meu nome vá, que enfrentei aquelas criaturas sedentas de cabeças alheias, com tendências suicidas, e saí sem nenhum tipo de mazela!

Foi uma vez sem exemplo... porque ninguém se atreve a mexer naquele armário sem ser a mãe Peixa, tal é a fama que aqueles ogres das cavernas têm.

Larga-me a braguilha, pá!

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.03.18

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- Mas você passa o tempo a comer?

- Hein?

- Eu saí, você estava a comer bolachas. Chego, você está a comer um yogurte!

- Pois... se sai de ao pé de mim quando eu estou a comer as bolachinhas de pequeno-almoço, volta horas mais tarde na altura em que estou a comer o yogurte do "meio" da manhã, é natural que me veja sempre a comer.

- Estava a brincar!

- Pois... 

Se não é por estar a comer, é porque estou de casaco. Se não é por estar de casaco é porque o aquecimento está alto e eu saio dali e fico doente. Se é porque estou a comer um pedaço de chocolate, é porque devo ser gulosa e estou a consumir açúcar e não devia porque faz mal à saúde. Se não é porque coiso é porque é das caldas.

Resumindo: Se não é do rabinho, é das calças.

 

Já não se pode petiscar em paz e ser feliz a fazê-lo, rais parta a esta gente. Não se pode estar sossegado metido na nossa própria vida sem alguém andar a expurgar postas de pescada pelas traseiras.

Memória de Peixe...!

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.09.14

  - Que é o jantar hoje? - pergunto eu à mãe Peixa.

  - Olha, são rissóis, croquetes e pastéis de bacalhau.

  - Possas mãe, a sério? Esqueceste que tenho o colesterol elevado e não posso comer essas coisas.

  Minutos depois, volta da cozinha e diz:

  - Mas tenho ali pizza, se quiseres!

  

  Acho que mais uma tentativa, e ainda comia uns ovos estrelados com batatinhas fritas.

Este ao menos não cheira a chulé e vêm com extra :)

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.09.11

   

  Existem culturas estranhas. Muito estranhas. Mas muito muito estranhas mesmo - pelo menos para mim, claro. O que devem algumas criaturas pensar de mim igualmente? - Essencialmente, gostos estranhos. E porque digo isto, ora porque uns têm na sua gastronomia iguarias como aranhas (ui tanta chicha naqueles ossinhos), centopeias (deve de dar um bocado de trabalho roer aquelas patas todas), percevejos, grilos (estes dão-nos música), escorpiões (estes devem picar um pouco a língua, não sei, digo eu), minhocas (dizem que têm poucas calorias, o que não é mau de todo), larvas (recheio cremosoooooo nhamyyy), gafanhotos (bem que os gatos já tinham entendido isso, apesar de não serem fritos, de serem ingeridos e "processados" au natural - estavam à espera de quê? Os gatos não sabem fazer uma fogueira, e por motivos óbvios: se se descuidam, ainda são eles que lá vão parar), aproveitando a referência, gatos (há quem goste com batatas eheh :D), canitos, ratos... enfim um grande rol de pitéus, de manjares dos deuses. Ao fim ao cabo, também nós acabamos por ter uma cultura estranha: comemos caracóis, caracoletas ranhosas (aiiiii que boooom), ouriços, cágados, rãs, cobras (sim amigos, fritinhas ai não que não marcham ;)), porquinho-da-índia, as entranhas dos animais, usamos sangue dos mesmos para fazermos um arrozinho, aproveitamos também o rabo do boi para sopa, língua e as patas das vacas, patas dos porcos, das galinhas (adorooooooo), coirato do réco, cabeças e mioleira de cabrito também... Imaginação para utilizar e aproveitar todas as partes de um animal não nos faltam. Ainda assim, há uma coisa que a mim me faz mais espécime do que todas as acima referidas (tirando o comer gato e cão): comermos queijo com bolor. Sim, somos capazes de torcer o nariz, feitos dondocas e armados ao pingarelho, com a mania que os chatos andam de avião, frente às opções gastronómicas de outras culturas, e depois andamos a comer queijo com bolor. Sem referir nem aprofundar, o comermos queijo que cheira a chulé. Questiono-me da origem deste queijo. Ok, o mais natural é que alguém deixou estragar o queijo na época ou então puro e simplesmente as poupanças não eram muitas, e lá se tinha que aproveitar tudo o que se tinha em casa. Mesmo assim, corajoso aquele que comeu o queijo cheio de bolor. Só de pensar, que quando o queijo que está no frigorífico ganha bolor, as pessoas os mandam fora... provavelmente estão a perder uma experiência única na vida, daquelas assim que nos fazem levitar do chão, ver o mundo com novas cores e as paredes falarem connosco (estas últimas duas apenas se poderão eventualmente concretizar, quando o queijo já têm cogumelos mesmo, digo eu!) ou então daquelas experiências em que temos de colocar uma almofada na casa-de-banho e ficamos a conhecer a poltrona lá de casa com todos os pormenores ínfimos dela.

  Admito que tenho curiosidade em degustar pratos exóticos. Numa futura viagem pela Ásia, irão ver-me a roer ou um gafanhotozito ou uma aranhita na certa. Não fosse eu uma das personagem a adorar queijo roquefort, cheiiinho de bolor... nhammm... Agora cão e gato... não me convidem.

Uau... que mágico!

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.03.11

   Noite agradável... Lua cheia a iluminar as copas das árvores, as plantas... os grilos a cantarem de fundo (ou seriam os ralos??)... o chão a reflectir uns desenhos abstractos, uns brilhos lindos e fantásticos nas pedras da calçada... Pára tudo!! Brilhos na pedras da calçada?? Sim, brilhos nas pedras da calçada! Ao que parece, até os caracóis decidiram dar o seu contributo romântico, para esta primeira noite primaveril: andaram a encher tudo de ranhoca!!

   E são uns verdadeiros artistas, os bicharocos! Mas sinceramente, prefiro é vê-los a fazerem desenhos de outra maneira: assadinhos na brasa, e a darem o seu contributo artístico no molho de manteiga e limão...!! :D

Que sentido de oportunidade...!

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.11.10

   Estão umas colegas a falar sobre os seus animais de estimação, a gabá-los até ao seu expoente máximo:

   - Eu a-d-o-r-o o meu porquinho-da-índia. É tão meiguinho, fofinho, asseadinho, assim um mimoso. Até adormece ao nosso colo! - diz uma toda orgulhosa.

   Diz uma outra colega:

   - Eu já comi porquinho-da-índia.

   Silêncio de cortar à faca. Grilos...

   - Er... e é bom? - pergunta a dona do porquinho-da-índia.

   - Ah... Come-se! - responde a outra.

   - ...

 

Estas modernices

frito e escorrido por Peixe Frito, 30.09.09

    No outro dia ao almoço, li na ementa do dia seguinte: "Costoletas de Poico Salsicheiro". Dei por mim logo a pensar que havia uma nova espécie suína (talvez por causa das viroses que para aí andam, sabe-se lá), e que estes eram salsicheiros, efectivamente (sou um génio, mas da lata, não da lâmpada). Mas isto não é contraditório? Como pode um poico ser salsicheiro? Dado que as salsichas são feitas de porcos (partes de), isso não é um acto brutal e cruel para com a sua própria espécie? (pausa para reflexão) Fica a questão no ar. Ainda tive uma réstia de esperança, que fosse um cruzamento de um porco e umas salsichas, mas quando vi o prato servido, as minhas dúvidas dissiparam-se e caí (literalmente) de cara no prato. Efectivamente, teria melhor aspecto se esse cruzamento fosse real, pelo menos na minha imaginação até soava bem.

Pinta-língua ecológico

frito e escorrido por Peixe Frito, 12.08.09

   Eu adoro comer choquinhos com tinta. Não me demove o factor da tinta pintar tudo de negro, de ficarmos com os dentes pretos, a língua, e em muitos dos casos, a nossa roupa ou a das pessoas que nos rodeia. Não há vez em que não esteja a comer os ditos choquinhos, em que não comece logo alguém a perguntar se têm os dentes pretos, e com aquelas criancices de: "Olha a minha línguaa está preta!!", e a fazer caretas em pleno restaurante. Também adoro abrir os chocos ao meio, e ver qual foi a sua última refeição. Um dos que comi no outro dia, era finório: Tinha um camarão na barriga. E aqueles que tem peixinhos, inteiros e tudo?

    Recordo-me de há uns tempos atrás, ter tido uma visita de um conhecido inglês. Ao jantar, pedi choquinhos com tinta. Quando o meu pedido veio, ele olhou de soslaio para o meu prato, mas quando me viu a comer, a ficar com a cramalheira preta, e o prato preto... Até ficou agoniado. Perguntava-me como conseguia eu comer aquilo. Expliquei-lhe que não devia de julgar os choquinhos pela sua aparência estranha e de quem se viu negro para cá chegar, porque são excessivamente saborosos e que a tinta lhe confere uma piada extra. Fartou-se de rir às minhas custas, porque achava aquilo super nojento. Sabem que lhe disse? "Deixa lá que tu a comeres sardinhas de garfo e faca... Não sabes o que perdes. Melhor para mim, mais fica!!" :D

    Gente esquisita pá...!

Já alguma vez alguém...

frito e escorrido por Peixe Frito, 27.11.08

... conseguiu perceber o que estava a comer, no avião?

 

P.S.: Sandes não contam!