Cheira-me que o universo está a fazer panelinha com a balança ou com as lojas de roupa.
Decidi este fim-de-semana, recomeçar a cuidar da minha alimentação. E isto engloba voltar a comer mais dieta base vegetariana e cortar em processados. "Começo amanhã, segunda-feira" - é sempre amanhã, é o que vale - O problema, foi que me esqueci de umas variantes...
A mãe Peixa fez anos. Ao sabor da pandemia, apenas fui eu lá cravar o jantarito, pois para mim o dia de aniversário é o dia mestre do ano e não pode passar sem eu ir fazer chichi a marcar território. O resto... meh - tirando as férias!! ai as férias!!! - Ora Peixa, cuidado com a alimentação, né? Toma lá com um rancho à transmontana, para abrires a pestana! Pronto... foi só isso... #sóquenão. A mãe Peixa fez bolinho para comermos. Lá teve de se ratar uma fatia de bolinho e, pois está claro, mega óbvio e na cara sem ser preciso esfregar, o belo pamparuére de tampa azul com rancho para o almoço no dia a seguir e outro mini pamparuére, com bolito. "Okay Peixa... amanhã comes o bolo e safas da cena! É amanhã!!" pensava eu efusiva. Pensava... pensava... e a pensar morreu um burro! Durante a manhã, retracei o bolo. O que significava que de tarde, voltava às bolachinhas torradas. Mas não. Depois de almoço, aparece o brother Peixum com mais uma fatia de bolo... desta vez, enviada pela cú rabinho pequeno para aqui a rica tia, que ela tinha estado a ajudar a sua santa mãezinha a fazer bolinho, para em tom de comemoração, cantar os parabéns à avó Peixa por videochamada. "Lá vai ter de ser" e pimbas, mais bolinho a encher a mula. "Amanhã Peixa... amanhã é um novo dia. Não percas a esperança!!".
Hoje, nada de bolos. Oh yeahhh... mas não. Um colega fez anos há dias e trouxe bolo de brigadeiro. Ainda existem uns pedaços de bolo no frigorífico da empresa:
- Peixa, ainda há bolinho, podes papar ao lanche!!
Ignorando o factor de que as pessoas têem alguma mania de falar comigo com terminologia infantil - devo ser muito cutxi cutxi provavelmente - lá está mais uma criatura a empandeirar-me bolo!
O frio já está a meios que a começar a querer passar, pois daqui a nada, começa a Primavera e as friascas ficam fora de moda, logo eu não preciso de camada isoladora extra, neste corpo de sereia! Se bem que na altura da praia, dá jeito uma forra extra, para suportar o frio das águas, mas ainda assim, não me quero candidatar a virar peixe baleia - por muito lindos que sejam - e cada vez que entrar na água do mar, o nível sobe e a maré enche na praia ao lado, levando toalhas, chapéus, ténis e cães e gatos e o caraças.
Universo pá, contribui aqui com a gaja e fecha lá a fábrica de bolos, que isto assim não dá com nada!
Porém, fecha só depois do fim-de-semana, que a criatura mais bela destes mares e arredores, irá ter o seu tão esperado dia e sem bolinho, esse sim, é o que ela têm ansiado todo o ano, não é a mesma coisa.