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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Só a mim.

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.09.21

Qual a probabilidade de, uma pessoa andar na sua vida, às compras, de cabeça enfiada na lista e a observar os produtos, analisando exaustivamente qual o melhor a adquirir e, pára uma senhora com uma criança ao lado. "Ah okay Peixa, é MEGA improvável isso acontecer, até porque o que não faltam é pirralhos por aí, às compras com as mãezinhas". Esperem. Não se exaltem. Take it easy, babe. Ora então, como costume, eu senti pessoas ao meu lado e olhei. Olho para a mãe e vi um balão entre nós, logo olhei para baixo e vi uma criancinha agarrada a um balão. Trocamos olhares por momentos e eis que, ela me estende o bracinho para me dar o balão.

"wtf" moment. Eu a olhar para a criança e a criança a olhar para mim. Eu a pensar "Que raio" e a criança devia estar a pensar "olha, é para hoje, sim?".

Devia de estar com um ar deprimido talvez e a menina achou que eu iria ficar feliz com um balão ou então Peixa, cut the crap, e a miúda estava mesmo era farta de andar ali agarrada ao balãozinho como se tivesse em uma procissão e viu ali uma oportunidade de se desfazer dele e nem pensou duas vezes - excluo a hipótese de algo maléfico pois o balão não era vermelho, okay? Se assim fosse, acho que o tinha rebentado na hora, com a brida com que fugia 

Mas assim ficámos. Eu desconfiada de uma criança que me oferece um balão e ela lá foi, puxada pela mãe, a olhar para mim e o balãozito a acompanhá-la.

Quando digo que a minha vida dava um filme com as coisas que me acontecem, podem crer que é verdade. 

Ao menos não contaram como itens extra.

frito e escorrido por Peixe Frito, 12.02.20

Raramente faço lista de compras. Mas raramente mesmo! Tenho-me fiado na minha memória de peixe e, salvo raras excepções, não é habitual chegar a casa e ver que me esqueci de algo ou comprei algo a mais que não precisava - falo em termos de consumismo, porque já me aconteceu meter na cabeça que não havia detergente para a loiça e quando fui para arrumar na dispensa... estava lá um novo em folha, que até brilhava e reluzia para mim.

Nestes mais recentes tempos, até tenho feito lista. E passo a explicar o porquê, mesmo que estejam a pensar "mas alguém te perguntou, Peixa?" ao que eu respondo "Não, mas é assim, têm de roer com ela na mesma". Ora então, isto deve-se porque ando a maquinar um sistema semanal de refeições, controlando o desperdício. Embora eu uma vez ou outra coma carne, maioritariamente a minha alimentação é vegetariana logo o meu stock de animais da terra não pode ser grande porque se estraga e eu tenho de ter a consciência de ir comprando semanalmente, tendo em mente uma receita ou outra.

Posto isto, semana passada fui às compras com uma lista escrita com uma letra minúscula, em um post it - gaja poupada e para ninguém espiolhar a minha lista de compras  - e espetei com a lista, que normalmente habita na parte de trás do telemóvel, em cima do rótulo dos feijões verdes redondos. Ora, nunca mais me lembrei daquela porra. Meti as compras no tapete rolante, a moça registou e, quando eu agarrei na embalagem e vi a minha bela da minha lista colada em cima do código de barras, não consegui não rir. E ainda mais vontade me deu de rir, que a moça viu e ficou ali pávida e serena. Nem uma posta largou. Sorriso. Espasmo. Nada. Haja ânimo e bom humor, néiii?

E sabem porque é que colei a lista na embalagem? Porque sou daquelas que vou às compras e acho que não preciso de um carrinho e depois ando com tudo nos braços, feita maria maluca equilibrista, que podia ir trabalhar em um circo.

Prontes, era só isto. Bem hajam.

Até ao meu regresso.

Ia sendo, mas não fondo. Safei-me resvés Campo de Ourique.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.12.19

Alheada ao facto de ser sexta-feira 13, dado serem sete e tal da manhã e o tico e o teco ainda estavam extra dormentes, hoje pensava ser sábado. A sério! Acordei e pensei:

- Nossa que bom, hoje é sábado e posso dormir até mais tarde!!

Só que não. Daí a momentos, toca o despertador. Até podia pensar que o teria programado mal mas eu sei bem no meu íntimo, que ele está programado só para tocar aos dias da semana, por isso se ele estava a tocar... era dia de mexer a peida dos lençóis.

E assim começou a minha esplendorosa sexta-feira. Com uma vontade de me levantar extra crocante com cobertura de não-me-apetece-mexer polvilhado de raios-partam-que-ainda-falta-um-dia-para-sábado. Ma-ra-vi-lho-so. Melhor que isto, só ter de ir às compras no fim-de-semana e quando se começa a chegar à periferia dos hipermercados, decidir passar fome só para não ter de me enfiar nas filas de acesso, conseguindo passar isso tudo, as formigas às compras e filas e filas e filas para me vir embora, já eu perdi anos de vida. Ainda pior do que uma corrida de obstáculos, em que o chão está encerado e os corredores com mini meias de vidro.

Ainda espero pelo milagre natalício, de ir e vir das compras descansada, nesta época do ano.

E pensar que este post começou por eu ter tido sorte em não me atrasar, apesar de estar a sonhar com o doce sábado, e acabou a falar em milagres de Natal. Isto é que é!

Magoei.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.02.19

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Na fila do supermercado, observo que a senhora depois de mim, têm um braço encolhido. Ela começa a por as compras em cima do tapete e vai a Peixa:

- Precisa de ajuda?

E a senhora ficou estática a olhar para mim. Eu espreitei e percebi que ela somente tinha o braço encolhido porque tinha uma mega carteira debaixo da sovacada.

- Oh... desculpe! Pensei que tinha o braço ao peito!

- Não... é o meu "neném" - disse a senhora a rir, depois de largar uma gargalhada.

- Olhe pronto... deixe lá - fiquei assim meio encavacada com o encanamento.

Primeiro ponto: Ao menos não lhe chamei gorda, como uma pessoa que conheço fez com toda a mestria.

Segundo ponto: Uma pessoa já não pode ser amável, que fica tudo na fila das caixas a olhar, a ver que se passa, feitos cuscos, sempre a torcerem secretamente para que aquilo dê barracada e punhada.

Terceiro ponto: E obrigado pela intenção, não? Olha porra, está ali uma gaja a ser simpática e nem um "obrigada" ouve e ainda fica encavacada. Não que o faça pelo mérito, mas que ficava bem à senhora, eu ouvir "obrigada" depois de um dia de trabalho a pensar que vou fazer quando sair, de me estar a apetecer ir para casa não fazer uma peça das caldas e ainda ter de ir à compras, no fim me ter esquecido do leite nem sei como, caía bem. Esta gente sem tacto e insensível... tsc tsc Depois admiram-se que os bons samaritanos estejam em vias de extinção, pudera! 

E está aberta a época de me torrarem os miolos.

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.11.18

Já se começa a ver um cheirinho de publicidades alusivas ao Natal, na televisão. Lá vou eu começar a stressar por tudo ser Natal para onde quer que me vire, é gente mais gente mais gente mais magotes de gente mais paletes de gente mais contentores marítimos de gente, e vermelho, verde, dourado, brilhos, duendes, rudolfos, Pais Natais a abanarem as ancas a dançarem o hulla, o aliciar ao consumismo disparar, é relógios - que não uso - é perfumes - que não uso - é carros - que já tenho - é chocolates - que engordam - é brinquedos - que não brinco - é roupa - pá, eu visto-me mas arrelia na mesma - e uma outra míriade de coisas nada úteis, a serem esfregadas nas nossas pestanas para as adquirirmos. Às vezes, até dá vontade de as adquirir só pelo cansaço e para não aparecerem mais (técnica de marketing agressivo, familiar né), tipo os senhores que antigamente andavam a vender enciclopédias de porta em porta.. A cereja no topo do bolo, são as musiquinhas. Okay, okay, assim de vez em quando, na quadra natalícia, até se comem agora todos os dias, onde quer que vamos, parece que nos perseguem uma cambada de duendes do Pai Natal a cantar coro. Ninguém merece.

Não, não sou contra o Natal, até gosto, mas esta veia consumista é que me arrelia.

E nem quero falar em se ir comprar as prendas de Natal e já estar tudo escolhido e revirado e do avesso... a mês e meio do Natal.

É óbvio que há mais Marias na Terra, não é?

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.06.18

Mas então, não sei explicar o atrofio que é, ouvir alguém chamar pelo meu nome e não ser para mim.

Ainda há tempos fui às compras num supermercado e uma das colaboradoras tinha o mesmo nome que eu. Imaginem o fandango que não foi, cada vez que um colega gritava a chamar a moça. Salientando a situação, que houve um colaborador que deve ter tirado o dia para gastar o nome à criatura, que se encontrava bem ao meu lado, a repor nas prateleiras.

- Ó Peixa!!

e eu:

- Ei. Estão-me a chamar? -  e olhava em volta e não via ninguém conhecido.

- Ó Peixa! Peiiiiiixa pá! - mesmo nas minhas orelhas. E continuou. E eu sempre a resmungar, porque entendi que era outra Peixa que chamavam, mas sempre que ouvia o nome, ficava de antenas no ar, pois como é natural, se é o meu nome, o radar sintoniza logo a ver se é para mim.

Passei o tempo todo, enquanto estive nas compras, a gramar com o meu nome de fundo, que pelos vistos naquele dia estava na moda. A verdade, é que o meu nome não é assim tão vulgar - há muitas Peixas, de facto, mas eu conheço poucas. Mas que as há, há. Tipo as bruxas - de modo que quando o oiço, a primeira reacção é escrutinar as redondezas a ver se detecto alguma fronha conhecida, que pode estar de facto a chamar aqui a je.

Ando a ponderar seriamente mudar de nome. Talvez Esparafúncia ou Miclina. Assim acabam-se estes ballet's, eu fico mais sossegada e concentrada nas minhas comprinhas, descansada da vida, poupando a minha criatura de distracções alheias.

Embora, há um nome vulgar, o qual eu sou chamada apenas pelos meus sobrinhos afilhados - foi o ser mais velho que me baptizou assim, quando ainda era um alevim - e esse sim, pode haver quinhentos maranhais a dizerem o meu nome repetidamente e apenas quando é emitido com aquelas duas vozinhas, no meio de uma multidão, é que eu sei que sou eu o ser associado a aquele nome e vou directamente de encontro com elas, tal traça atraída pela luz.

Felizmente, os meus pais não me chamaram Maria, nem Ana ou Filipa, senão Jesus, das duas uma: ou eu arrancava os cabelos cada vez que ouvia chamar o nome ou então bem que me podiam chamar que eu não estava nem aí - que é o que acontece se me assobiam. Nem ligo uma peça gigante das caldas. Mas se for aquele assobio daquela maneira, já sei que é o pai Adamastor a chamar a malta.

Uma adivinha para a malta

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.10.09

   Quando não se têm guardanapos-de-papel, ou os corriqueiros rolos-de-cozinha, que se usa em sua substituição?

    Ah não resisto, é mais forte que eu... Façam como eu própria: Sim meus caros, usem o papel higiénico...! ahahah Ainda ia sugerir a borda da toalha, mas então, eu costumo usar individuais! E também acho que a minha mãe não ia gostar de descobrir, que eu limpava as beiçolas à toalhinha aos patinhos que ela me ofereceu, com tanto amor e carinho.

    É o que vos digo, uns morrem, outros ficam assim!

Modernices! (outro com bolinha)

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.07.09

  Se há tarefa que considero especialmente peculiar durante as compras, é precisamente a escolha do papel-higiénico. E porquê? Porque perco-me na panóplia de qualidades, cores e cheiros. Hoje dei por mim a pensar: para que raio, quer uma pessoa comprar um papel-higiénico com cheiro a rosas?

   Primeiro ponto (e assente!): O rabo não cheira, só fede. Para que vos interessa comprar papel-higiénico (amigos vou passar a escrever p.h. que isto de escrever por extenso papel-higiénico dá muito trabalho) com cheiro, se na realidade o vosso rabo não vai usufruir desse aroma, e está-se nas tintas (para não dizer outra coisa) se o p.h. têm cheiro ou não?

   Segundo ponto: Não se iludam também, que ao comprarem p.h. com cheiro a rosas, que os restantes aromas expelidos na poltrona, são camuflados e deixam de feder tanto. Não me parece.

   Terceiro ponto: Toda a gente sabe para que serve o p.h., onde ele vai andar e onde vai parar. Para quê tanta mariquice? Falo por mim: ando sempre à procura do mais baratinho (mas não daqueles deste tipo) porque não é algo que mereça investimento. Afinal de contas, estamos a falar de papel-higiénico, catano! E não quero saber se o rolo não condiz com a cor dos azuleijos, nem se deita aroma a aloé-vera. Quero é que ele cumpra a sua finalidade.

Que arrepios-de-vergonha-alheia!!

frito e escorrido por Peixe Frito, 01.07.09

   Olha as figurinhas... Realmente há cada um... e infelizmente, eu faço parte dessa "seita". Pois é. Aqui a personagem foi comprar umas calças, e quando a assistente me perguntou o número que uso, eu não me lembrava - ou tinha vergonha de dizer em alta voz, em que toda a gente ouvia loool - e que tive de fazer? Levantar o vestido - tinha vestido e calças vestidas. É que de manhã fiquei na dúvida se havia de levar um vestido ou calças, e como o tempo anda assim meio despassarado, decidi levar os dois, não fosse o diabo tecê-las - em plena loja, para dizer à moça o número, que pela cara dela, ficou mais encavacada que eu. Não, não foi pelo dito número... Foi mesmo por pôr as miudezas à mostra para conferir o meu próprio número de calças.

   Confesso: Números, só me lembro do que calço. Calças, camisolas (variam do modelo pronto, estou desculpada), cuecas, soutiens!! Raramente me lembro do número. E sou eu que compro as coisas, ainda tinha justificação se fosse a minha mãe ou gajo a oferecer ou isso, mas não, sou eu que vou às lojas.

    Para gaja, é deveras bizarro e anormal, não é?

Centros comerciais: Há sítio mais bestial para passear?

frito e escorrido por Peixe Frito, 04.06.08

É incrível como aos fins-de-semana, os centros comerciais estão sobre lotados. Normalmente, existe certa preferência das pessoas, de irem passear para os shoppings:

-"Ahh Hoje estou mesmo com vontade de passear... Maria, traz os miúdos que hoje vamos passear pó shopping!"

- "Yeahhhhhhhh".

É incomparável o ar puro (condicionado) que respiramos lá dentro, as vistas são fantásticas (montras), sempre dá para praticarmos um pouco de desporto (carregados de sacos) e de perdermos uns quilinhos (carteira vazia)!