O meu ode aos coninhas.
Pois é. Eu lá estava longe de alguma vez voltar a meditar acerca deste assunto, dado que os coninhas aqui pela blogosfera pareciam estar em vias de extinção ou estavam a sofrer de amnésia não se lembrando deste blog, artroses nos dedos que não possibilitavam escreverem o endereço ou algum problema vocal, que não os deixava dizer à Siri qual a página web que queriam visitar. Atendam, que não andam por aqui haters - tinham bom remédio, na verdade - mas a questão é quando encontramos os coninhas ao vivo e a cores, no meio do nosso círculo de amigos, vindos de onde menos se esperava.
Supostamente, se as pessoas se dão, algo hão-de ter em comum! Nem que seja só o gosto por comerem tremoços e beberem uma mini fresquinha à beira mar ou umas asinhas picantes daquela cadeia de fast food, que toda a gente sabe qual é. Porém, no que toca a sentido de humor, até a malta mais descontraída, porreira, com suposto sentido de humor e encaixe, alberga um coninhas bem refundido (não onde o sol não brilha, embora em alguns casos, deve ser onde essa criatura habita) que aparece assim de uma maneira, que uma pessoa fica sem saber ler nem escrever, tal a surpresa. É ver os coninhas a começarem a vir à pele, como se viessem do submundo das grutas, debaixo da lama, a brotarem que nem cogumelos bafientos, lentamente saindo dos entrefolhos lodais da alma de cada um, vindo à superfície, fechando os olhos por terem reacção à luz do sol - é legítimo, dado que se escondem tão bem que nem animais anti-sociais - emergindo como um Kraken sedento de justificações e apresentando a jurisdição dele à polícia marítima, passando multas aos pescadores pelo excesso de corda na âncora ou porque apanharam uma alforreca no meio da sardinha e porque levam algas no casco e mexilhões a viajarem à boleia, ilegais.
Meus amores, eu hoje até estou de bom humor e isto de facto só me espicaça mais a minha veia humorística, por isso venho aqui agradecer públicamente o quanto os coninhas contribuem para o crescimento do meu sentido de humor pois só me fazem inspirar mais, a mente encontrar coisinhas para vos torrar a cabeça e exercitar o meu sarcasmo, que têm andado meio ferrugento, diga-se de passagem. Precisa de ir ao ginásio exercitar as perninhas e os abdominais e não há nada equiparado à ofensa dos coninhas, aquando eu mando uma laracha que não é para eles, nada têm a ver com eles e a carapuça lhes serve, a luva assenta na perfeição, ui que aquele fato foi mesmo à medida para aquele cabeção ou mesmo que seja uma piada leve para eles directamente - não mando indirectas - e eles agem como se eu tivesse morto alguém, esfaqueado trezentas vezes um peixinho dourado indefeso e incauto e que tivesse ladrado a um gatinho bébé, lhe causando um susto tão grande que o gatinho dava um saltinho e ia embora à vida dele.
Vos agradeço de coração. Mas mesmo. Se não conseguem discernir o humor de de facto alguém querer ofender alguém, não vos posso ajudar em relação a isso. Talvez não lerem as coisas que escrevo ou não levarem tudo a peito e acharem que tudo é sobre vocês e que Copérnico estava errado pois os planetas não giram em volta do sol mas sim do vosso magnífico espécime coninhas ou então, o mais fácil ainda: não falarem comigo, migrando para outras bandas bem longe, se indo encher de moscas e para cheirarem mal à vontade, porque às vezes não há ambientadores que vos valham, tal o tufo agreste a coisas menos agradáveis para o nosso olfacto, fazendo uma reaccção alérgica ou até, em vários casos, os macacos do nariz fazem um bloqueio como os castores nos rios, mas com o intuito de não permitirem sentir os aromas que essas pessoas exalam, tal a conhinhice que emanam.
Posto isto e porque sou boa moça, disponibilizo o coninhas report para quem quiser preencher, imprimir as vezes que quiser mas lembrem sempre das árvores e do ambiente, mas como bons coninhas, com certeza que sabem de cor e salteado a poluição que é imprimir, o que faz às árvores, a pegada ecológica, problemas ao cão e ao gato e ao piriquito! Posteriormente, podem enviar para o raio que vos parta.
O mundo sem coninhas não tinha graça, perdia o brilho, o interesse, as musas ficavam no desemprego, a inspiração sumia no ar, tudo mas tudo perdia a cor. Agradecida a todos os coninhas da minha vida, por me fazerem quem sou. Continuo a adorar-vos - sem sarcasmo - e a ter paciência para lidar com os vossos amuos, vos sorrindo e mandando beijinhos, como usual.
Ah! E escrevendo sobre vocês... claro. Mas acho que isso nem era preciso dizer!