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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Deve ter sido o mesmo que criou o design das melgas, só pode.

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.07.22

Há coisas do caraças e uma delas é quando um animal foi desenhado, projectado e fabricado onde quer que ele tenha sido, há sempre margem para algo de diferente se dar... um raio de evolução ou, em casos muito específicos, desivolução mesmo. Imaginem uma barata. Por si só, já é um animal lindo, lustroso, fofinho, airoso e limpinho e asseado - ficava aqui por dias, a debitar fofozuras sobre as baratas - logo, era necessário que alguém se lembrasse de fazer uma versão large do bicho? E, como bónus, lhe dar asas com potência suficiente, para voarem? Completamente desnecessário, a meu ver. Ser tão perfeito, cheio de atributos e qualidades invejáveis - não por mim, mas há gostos e mercado para tudo: há quem adore a sua crocância, outros a textura e ainda quem adore mordiscar aquelas anteninhas e fazer as patas de palito dos dentes - que aguenta não-sei-quantos dias sem comer e sem cabeça, sendo o potencial sobrevivente a uma catástrofe natural e nuclear em todo o planeta - ainda assim, nada me faz querer ser uma barata. Quando me perguntam "Que animal gostavas de ser?" decididamente, a barata nem me ocorre, é mesmo ponto assente que não faz parte integrante das minhas ambições, a não ser que seja para apanhar uma desgovernada, aí é o foco número um da minha ambição - acho que as asas eram escusadas. É pá, para quê? Principalmente porque o dito animal têm a mania o atributo de andar a chiriquitar onde não deve e quando uma pessoa o tenta apanhar, engata a primeira a fundo e lá vai ele, ó patinhas, aquilo vai na jarda que até arranca o pavimento! Onde entram as asas? Eu digo qual a utilidade delas. Além de excelentes trepadoras, fazendo inveja ao Homem Aranha a subir os prédios, as baratas gostam de voar à noite, a desfrutarem da brisa nas antenas. Curiosas como só elas sabem ser, apanham uma janela aberta e lá vão elas, sem serem convidadas, entrar em casa alheias verificando a decoração dos residentes, mas principalmente a qualidade da sua limpeza e asseio - deviam de trabalhar para as entidades responsáveis dessa área - fuçando por tudo o quanto é sítio. Posso dizer, que isso pode ser descabelante para os habitantes da casa. Segundo dados de relatos recolhidos recentemente, de testemunhos que sofreram dos abusos de uma barata, afirmam que: "ela entrou pela janela, durante a noite. Começou a correr pela cozinha e foi esconder-se na despensa. Bem que virámos tudo do avesso e barata, nem vê-la". Está o caos gerado. Onde se enfiou a barata? É que é assim, não dá jeito nenhum ir tomar banho e ter uma barata voyeur a assistir à cena, sozinha - há aquelas que são específicas e adoram espreitar pelos respiradores da casa-de-banho e inclusive, tentam vir para o banho também - ou andar a coçarmos o rabo pela casa descansados, e andar sempre uma na escuridão, a mirar-nos, fazendo o relatório para a central baratal, de pesquisa sobre os humanos.

Ora, convenhamos, a barata que foi para a despensa, foi esperta. Com tantos sítios em casa bons para ela, incluindo a porta da rua, foi afofar-se na despensa cheia de paparoca.

Ninguém ainda sabe do paradeiro da barata, mas se é capaz de sobreviver aos arraiais com músicas da Maria Leal, certamente que uma despensa é coisa para meninos. Mais certamente, vê as gerações da família a mudar, sobrevive à passagem do tempo, enquanto enche a barriga de bolachinhas e bolinhos, do que a encontrarem. Muito menos se conseguiu apurar, o que a fez fugir para dentro de casa, mas uma coisa é certa: era dispensável. Altamente dispensável. E de quem é a culpa no meio disto tudo? Do inteligente que decidiu incorporar asas nas baratas! Ao cromo mirabolante que arquitectou as baratas: na próxima, fica sossegado. As baratas já são o que são por si só, mas porque raio asas?? Asas em algo assim?! Não deves ser tu quem as aturas, certamente. Se uma entrar pela tua casa adentro, porque se lembrou de fazer da tua casa pista de aterragem ou de sítio para acampar por tempo indeterminado, te paparocando o que tens na despensa e usando os teus rolos de papel higiénico que enfeiraste na altura do confinamento - ultrage!! Como a barata se atreve?! - vais ver como elas mordem e com quantos paus se faz uma canoa. É para aprenderes.

Sou uma rebelde, com certeza cheia de germes na barriga, mas uma rebelde.

frito e escorrido por Peixe Frito, 12.03.18

Ralhava-me a mãe Peixa, eu era mais moçoila, quando me apanhava a beber água da torneira do lavatório, na casa-de-banho. Honestamente, não entendia o porquê e argumentava que a água vinha toda do mesmo sítio, quer saísse da torneira da cozinha quer saísse da do lavatório - na verdade, até a que sai do autoclismo. Porém, essa não me atrevo eu a provar ou beber. Já alguns canitos, discordam de mim - ao que me respondia que ali se lavavam as mãos, não era para beber água.

Estão mesmo a imaginar o quanto eu lhe passava cartão. Tinha sede e a casa-de-banho era o sítio mais à mão do meu quarto - eita lanzeira era só dar mais quatro passos e estava na cozinha, mas a magia não era a mesma. - Penso eu que seria pior, se bebesse dos pratos dos vasos das flores, ou não é? Embora essas águas é que estavam riquinhas em coisas boas: restos de terra, mosquinhas a nadarem de costas, folhas putrefactas. Para ganhar anti corpos e uma valente dor de barriga, quase fazendo os intestinos virem apanhar ar e tornar o trono na minha melhor amiga, é na muche!

Mal sabe a mãe Peixa, que há coisas que não se perdem. E esta é uma delas. Todo o santo dia à noite, antes de deitar, lá vou eu de chinelo no pé, passar o copo de água nocturno por água, o meu compincha de mesa de cabeceira, substituindo a água por uma nova... acabadinha de sair da torneira do lavatório da casa-de-banho.

Isto é que é viver a vida no limite! Se for de outro lado, não sabe ao mesmo.

Como uma traquinice se torna num hábito.

ehhh... Madjé!

frito e escorrido por Peixe Frito, 10.09.12

  A cozinheira no refeitório faz tanto mas tanto mas tanto chinfrim com os tachos e as panelas que, ou está a praticar bateria ou está a treinar para fazer parte do pessoal dos Stomp.

  Aos menos que fosse um pouco mais melodiosa, que vão para ali uns "acordes" assim meio para o coiso, a porem o cabelo do pessoal de pé e a afastar a bicheza para bem longe - com um pouco de sorte também afasta as moscas e as melgas.

   De certeza que quem lhe disse que ela tinha jeito para a coisa, foi a mãe dela. Não sei. Cheira-me.

Parece que estou a jogar ao Mikado

frito e escorrido por Peixe Frito, 29.12.09

   Abrir o armário da despensa, e cair a embalagem dos palitos no chão. É desesperante varrê-los, porque há sempre um maldito que se enfia nas cerdas da vassoura, não dá para aspirar porque atravessam-se no cano do aspirador, pelo que por vezes, apenas me resta andar a apanhá-los à mão. E mesmo com o esforço sobre-humano de os tentar apanhar todos, existe sempre a piece de resistance, que encontramos encafuada algures, uns tempos depois da catástrofe palital.

    Quando é que alguém têm a excelente ideia de conceber uma embalagem de palitos, de modo a que cada vez que esta caia no chão, não se parta ou espalhe os palitos pelo chão?

Deve ter sido um vidreiro alucinado!

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.06.09

   - "Vidro Temperado";

   Temperado? Para mim, temperado é com azeite e vinagre, ou com limão, uma pitadinha de óregão, ou com a bela da vinha d'alhos! E é comida, não vidros. Quem deve apreciar vidro temperado, é aquela senhora do guiness, que come cacos de vidro, que eles devem ser assim um bocado a roçar o insípido.

   Aquele estômago é que é de uma verdadeira trituradora. Já imaginaram? Ingerir vidros... Nem quero imaginar como é à saída!

Eu nunca sei...

frito e escorrido por Peixe Frito, 14.01.09

... o que hei-de responder a alguns amigos, que me convidam para ir jantar lá a casa, e que eu sei que cozinham pessimamente mal.