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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Parece anedota mas é verdade.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.06.23

Conversa entre cliente e padeiro, na padaria:

- Bom dia, quero pão.

- Bom dia. Qual pão? Pão de fatia ou bolinhas?

- Pão. Quero pão.

- Okay... de fatia ou bolinhas?

- Ó senhor! Quero pão! Para mim tudo é pão!

- Pois minha senhora... Para mim não. Ou quer à fatia ou quer bolinhas.

- Deixe lá, já não quero nada.

E a criatura vai embora a refilar e a apelidar os restantes mortais, mais concretamente o padeiro, de ignorante. Agora deixo eu esta no ar: Pão de sementes ou bolinhas de pão tigre? Pão de centeio ou bolinha de leite? Pão saloio ou bolinha com chouriço? Por mais incrível que pareça, ainda há coisas que me impressionam. Das duas três, ou é falta de cultura ou é má vontade. Sem dúvida, má vontade. Mas sem dúvida. 

Quem me dera ser assim tão simples, no que toca a pão. Olha... pão!

Às tantas achou foi que eu me estava a fazer ao piso!...

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.03.22

...e que sempre tinha valido a pena tomar o seu banhinho mensal, pentear e pôr perfume.

Inevitavelmente, a minha vida é recheada de eventos e momentos de arrepios-de-vergonha-alheia, quer meus quer dos outros - mais dos outros, tenho o condão de presenciar cada coisa, que ó Senhor (*benzer sinal da cruz*) que me superam aos pontos, vírgulas e parágrafos - mas parece que as manhãs e fins do dia, são especialmente ricos nessas situações, quer seja porque as pessoas ainda estão ao rolentim, não acordaram para a vida e andam meio zombies, a sonharem com a almofada babada que tiveram de deixar em casa, sozinha, entregue aos bichos, pela manhã ou pela tarde, que já têem o cérebro frito, queimado, esturricado, armado em pipocas de microondas, com o modo zombie de cérebro dormente activado - este é diferente do da manhã. O da manhã ainda conserva réstias de inteligência, mas o motor ainda está a arrancar. O da tarde, já deu tudo o que tinha a dar, os olhos da cara, o couro e cabelo, o rabo e mais uns tostões e está mesmo com o botão "survival" e "sa f*da" premido e o piloto automático a tomar conta da situação há muito, estando o crânio vazio e o tico e o teco na esplanada a bebericarem uma imperial e a ratarem uns tremoços e minuins, observando os banhistas a levarem com as ondas no alto da pinha e beberem pirulitos - que tudo agrava, com o lume no cú de irem para casa o mais rápido possível. Eu que o diga, o que vivo na selva que é o trânsito ao fim do dia, com a quantidade de artistas do cinema mudo e as merdices que fazem, só porque estão aflitinhos para se teletransportarem para casa e se assolaparem no sofá, esquecendo que toda a gente têm vida e vontades e não só as amélias destes meninos. Mas adiante, fica tema para outro post.

Ora, há uns dias, logo pela matina, vivi um momento de arrepios-de-vergonha-alheia em primeira mão.

Imaginem estarem duas pessoas na rua, com distâncias de três passos uma da outra, de frente para a estrada e eu apenas conhecia uma. Adivinhem qual? A que estava mais atrás - só podia - Sabem que aconteceu, não é? Vai a Peixa e acena à tal criatura traseira, gritando um "Bom dia!!" pela janela do peixmóbil e eis que acenam ambas as duas criaturas ao mesmo tempo para mim, ambas as duas me desejam os bons dias e o da frente estava assim especialmente com um ar sorridente e estranho à Zé Tonhó das Couves, mega feliz da vida. E eu para mim "Mas quem é aquele artista?". Os arrepios-de-vergonha-alheia funcionam em ambos os sentidos: eu, porque sei lá que ficou o homem a pensar, por uma perfeita estranha lhe acenar daquela maneira e de maneira efusiva. Talvez que não aperto o casaco todo e coitada, não se diz que não aos malucos, deixa lá acenar à moça que ela assim fica feliz e a mim não me cai uma mão, ou dente, ou pé ou cabelo! Além de que pensei que é sempre mau retribuir acenos quando não são para nós. Senti compaixão, ao ir ao baú e recordar todos os meus momentos de arrepios-de-vergonha-alheia, que me passou rápido e pensei "tótó, a usurpar cumprimentos alheios com a maior das caras podres". Acontece a todos, mesmo. Venha lá o maior da aldeia, a ver se não lhe toca a ele também as figuras tristes. E o outro sentido em que funciona, basicamente é unilateral e rotativo, entrou em um sentido de rotunda, entra em contra-mão na mesma estrada que acabou de percorrer, na semelhança da carta de virar de sentidos do Uno, entendem? "Travões ó pessoal, agarrem-se que vamos fazer uma manobra perigosa de mudar de sentido". - isto de funcionar em ambos os sentidos neste caso, é similar como em alguns relacionamentos: só têm um sentido e não bufas. "Ah mas quero lá eu impor a minha opinião, eu respeito a tua maneira de pensar, liberdade...! Maaaas....."

Pois é, pois é. Não sei quem é, de onde vêm, para onde vai, o que come, bebe, enfim... só sei que respira, porque é uma pessoa - acho eu, pode ser um alien ou um robot, sabe-se lá, nos dias que correm nada é o que parece - e tal espécime nunca mais foi visto por estas paragens. Talvez tenha percebido que o cumprimento não era para ele e se esfumou, cavou um buraquito até à China e viveu feliz para sempre em uma gruta, com vista para o interior da terra (que luxo!).

É por estas e por outras, que raramente aceno a alguém: com o filme que a minha vida dava, era certinho como o sol em como não seria para mim, o aceno. Por isso, mais vale estar quieta do que fazer figurinhas - já bastam as normais.

Sou contra a violência maaaas às vezes uma belinha nos bigodes, não lhes fazia mal a ver se atinavam.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.12.21

Este fim-de-semana, fui vítima de bullying animal. Sim, leram bem. Bullying animal. Ora, conheci o raio de um gato que fazia jus - até demais - à típica curiosidade gatal, andando a cheirar tudo, mexer, tocar, observar e morder. Queria era mordiscar.

Tudo começou em um belo dia de inverno, em que não estava frio nem calor, sol no céu sem nuvens e eu fiquei fechada o dia todo dentro de uma casa. Nada como aproveitar o fim-de-semana e o sol, apanhando ar nas pestanas, não é verdade? Pois, mas não. Ora, o raio do espécime de rabo comprido e que anda como se fosse um lorde, começou por se esconder: contra todas as probabilidades, o raio do bichano é tímido. Esconde-se debaixo das camas, atrás dos sofás. Pena que a timidez só lhe dê nesse aspecto, porque nos outros, é um descarado até mais não.

Ouvi um restolhar vindo do quarto. "Que raio... que se passa?" e olho para dentro do quarto e não é que vi o gato a roer uma estátua de uma Nossa Senhora de Fátima. Só lhe disse amavelmente: "Se a tua dona te vê, vais levar pantufada nos bigodes, só te estou a avisar". Quer dizer... além de arisco, deve ser ateu. Uma coisa é certa, estava a testar a resistência e qualidade de fabrico da estátua. No fundo, nada como submeter o produto ao consumidor, a fim de se aperfeiçoar o que for necessário e assim, garantir a qualidade do material e do produto final. Nota: A quem faz estátuas de santinhos, pensem nisto: contractem gatos para fazerem os testes de qualidade. É que não há melhor!

Enxotei o bicho e foi vê-lo a esconder-se atrás do sofá, no escuro. Baixava-se, escondia-se, levantava, sem sair do sítio. Achava mesmo que eu não o estava a ver pois o quarto estava escuro como o breu, o que o denunciava era o reflexo da luz nos seus olhos, que eu olhava lá para dentro e via dois faróis apontados para mim e ria-me da inocência do animal que, embora não fosse "gato escondido com o rabo de fora", era quase.

E assim, ficámos apresentados. Ao longo do dia, de todas as malas penduradas no bengaleiro, a minha é que o seduziu... bem como de todo o calçado, os meus ténis é que lhe pareceram dignos de umas mordiscadelas. Não contente, subia para a bancada da cozinha e andou a cheirar o meu telemóvel. Avisei-o de que gostava de comer gatinhos assados no forno e para ele se portar bem, que o forno ainda estava quente do almoço. Não me passou bilhete. Mas passou sim a sua curiosidade e os seus bigodes coscuvilheiros do telemóvel para os meus óculos. Então, sacana do bicho, cheirou e cheirou e cheirou e vai de abocanhar os meus óculos de sol, para fugir com eles! Ó senhores... óculos de sol? Está bem que aqueles eram lente cateye - e são mesmo, imaginem o que me ri com a ironia da situação - e se calhar tocaram-lhe ao coração, mas quer-se dizer! Só lhe mandei um berro que assustei toda a gente ali em um raio de 5 kms, o terror de bigodes lá largou os óculos no sítio e patinhas para que vos quero.

Se realmente acham que ele acalmou, desenganem-se. O animal estava mesmo possuído e só estava bem a fazer bilharetas. Só me fazia lembrar de um outro gato que era tão mas tão curioso, que a dona tinha uma vela acesa e ele foi cheirar. Resultado, queimou os bigodes. Nunca mais foi cheirar uma vela. Ah pois é.

O caso deste, espalha terror a tudo e a todos. Têm para dar e vender. Invés de "um olho no burro e outro no cigano", temos mesmo é de estar a pau com o gato, que anda sempre a inventar.

Agora sim, compreendo perfeitamente quem escreveu a música "atirei o pau ao gato". Não há pachorra quando estão ligados à corrente e ao disparate, possas! E eu devo ter mel, só pode.

Quando penso que eu vou fazer figuras, constato que ainda há pior que eu.

frito e escorrido por Peixe Frito, 18.10.21

Decidir lavar o carro e começar a chuviscar. "Que se dane,vou lavar o carro na mesma, senão parece que andei no rally, pelo meio da lama".

Chegar ao spot das lavagens e ver um tipo de camisola de capuz, tranquilamente no exterior da lavagem, a passar a camurça no carro todo.

E sim, estava a chuviscar e sim... o senhor sabia. E sim, continuou a passar a camurça mesmo estando a ser regado pelas nuvens, durante um bom bocado. E ainda meteu os tapetes nos bate-tapetes, a serem humidificados. Tudo com muita calma e na santa paz do senhor. 

O meu ode aos coninhas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.06.21

alerta-coninhas-alerta-coninhas.jpg

Pois é. Eu lá estava longe de alguma vez voltar a meditar acerca deste assunto, dado que os coninhas aqui pela blogosfera pareciam estar em vias de extinção ou estavam a sofrer de amnésia não se lembrando deste blog, artroses nos dedos que não possibilitavam escreverem o endereço ou algum problema vocal, que não os deixava dizer à Siri qual a página web que queriam visitar. Atendam, que não andam por aqui haters - tinham bom remédio, na verdade - mas a questão é quando encontramos os coninhas ao vivo e a cores, no meio do nosso círculo de amigos, vindos de onde menos se esperava.

Supostamente, se as pessoas se dão, algo hão-de ter em comum! Nem que seja só o gosto por comerem tremoços e beberem uma mini fresquinha à beira mar ou umas asinhas picantes daquela cadeia de fast food, que toda a gente sabe qual é. Porém, no que toca a sentido de humor, até a malta mais descontraída, porreira, com suposto sentido de humor e encaixe, alberga um coninhas bem refundido (não onde o sol não brilha, embora em alguns casos, deve ser onde essa criatura habita) que aparece assim de uma maneira, que uma pessoa fica sem saber ler nem escrever, tal a surpresa. É ver os coninhas a começarem a vir à pele, como se viessem do submundo das grutas, debaixo da lama, a brotarem que nem cogumelos bafientos, lentamente saindo dos entrefolhos lodais da alma de cada um, vindo à superfície, fechando os olhos por terem reacção à luz do sol - é legítimo, dado que se escondem tão bem que nem animais anti-sociais - emergindo como um Kraken sedento de justificações e apresentando a jurisdição dele à polícia marítima, passando multas aos pescadores pelo excesso de corda na âncora ou porque apanharam uma alforreca no meio da sardinha e porque levam algas no casco e mexilhões a viajarem à boleia, ilegais.

Meus amores, eu hoje até estou de bom humor e isto de facto só me espicaça mais a minha veia humorística, por isso venho aqui agradecer públicamente o quanto os coninhas contribuem para o crescimento do meu sentido de humor pois só me fazem inspirar mais, a mente encontrar coisinhas para vos torrar a cabeça e exercitar o meu sarcasmo, que têm andado meio ferrugento, diga-se de passagem. Precisa de ir ao ginásio exercitar as perninhas e os abdominais e não há nada equiparado à ofensa dos coninhas, aquando eu mando uma laracha que não é para eles, nada têm a ver com eles e a carapuça lhes serve, a luva assenta na perfeição, ui que aquele fato foi mesmo à medida para aquele cabeção ou mesmo que seja uma piada leve para eles directamente - não mando indirectas - e eles agem como se eu tivesse morto alguém, esfaqueado trezentas vezes um peixinho dourado indefeso e incauto e que tivesse ladrado a um gatinho bébé, lhe causando um susto tão grande que o gatinho dava um saltinho e ia embora à vida dele.

Vos agradeço de coração. Mas mesmo. Se não conseguem discernir o humor de de facto alguém querer ofender alguém, não vos posso ajudar em relação a isso. Talvez não lerem as coisas que escrevo ou não levarem tudo a peito e acharem que tudo é sobre vocês e que Copérnico estava errado pois os planetas não giram em volta do sol mas sim do vosso magnífico espécime coninhas ou então, o mais fácil ainda: não falarem comigo, migrando para outras bandas bem longe, se indo encher de moscas e para cheirarem mal à vontade, porque às vezes não há ambientadores que vos valham, tal o tufo agreste a coisas menos agradáveis para o nosso olfacto, fazendo uma reaccção alérgica ou até, em vários casos, os macacos do nariz fazem um bloqueio como os castores nos rios, mas com o intuito de não permitirem sentir os aromas que essas pessoas exalam, tal a conhinhice que emanam.

Posto isto e porque sou boa moça, disponibilizo o coninhas report para quem quiser preencher, imprimir as vezes que quiser mas lembrem sempre das árvores e do ambiente, mas como bons coninhas, com certeza que sabem de cor e salteado a poluição que é imprimir, o que faz às árvores, a pegada ecológica, problemas ao cão e ao gato e ao piriquito! Posteriormente, podem enviar para o raio que vos parta.

coninhasreport.jpg

O mundo sem coninhas não tinha graça, perdia o brilho, o interesse, as musas ficavam no desemprego, a inspiração sumia no ar, tudo mas tudo perdia a cor. Agradecida a todos os coninhas da minha vida, por me fazerem quem sou. Continuo a adorar-vos - sem sarcasmo - e a ter paciência para lidar com os vossos amuos, vos sorrindo e mandando beijinhos, como usual.

Ah! E escrevendo sobre vocês... claro. Mas acho que isso nem era preciso dizer!

Não sei se é estupidez humana, falta de cérebro ou mais grave ainda, um fosso que chega à China por falta de cultura e de olhos na cara.

frito e escorrido por Peixe Frito, 29.01.21

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(Máquina de escrever palmada da net)

 

Será que o óbvio só é óbvio para os olhos preparados... ou o óbvio é tão óbvio, que até obviamente, obivia a cabeça das pessoas, olhando para algo que obviamente é o que é mas que ainda assim, suscita dúvidas?

Está uma máquina de escrever em cima da mesa.

- Peixa, que é isto? - aponta uma criatura na sua casa dos vinte e tal anos.

Qual acham que foi a minha reacção? Com a minha delicada subtileza, ri-me:

- Uma máquina de escrever!!

- Ahhhhh

Não, penso que olhando bem, deve ser uma máquina para se fazer código morse com o abecedário e teclado para escrever.

Só me faz lembrar aquela anedota, do tipo em frente a uma poia de m#rda. Será que é m#rda? Cheira a m#rda... Têm textura de m#rda... Ah! E sabe a m#rda! É mesmo m#rda!!! Porra, ainda bem que não a pisei. 

Devo esclarecer que é natural as pessoas não saberem o que são determinadas coisas, mas esta bate TUDO aos pontos. O que é aflitivo. Mas me faz ter a certeza que a inteligência daquela cabeça é mesmo é selectiva. Para o que convém.

Com amigos destes... vai lá vai.

frito e escorrido por Peixe Frito, 28.05.20

Petiscada em casa de amiga:

- Miga, não queres pôr uma toalha sobre esta protecção da mesa?

- Não! Vocês sujam a toalha toda e eu não estou para estar a lavar toalhas! Não me apetece!! - responde ela, a refilar em altas.

- Olha agora - digo eu - estás a chamar-nos badalhocos? Obrigada pela parte que me toca!!

E assim ficámos. Até que, após um tempo a darmos nas fuças aos caracóis e uns copos de lambrusco, reparo no lado dela da mesa. Ao que parece, houve para ali uma cena de crime e alguém fugiu, a largar molho e folhas de orégão:

- Olha lá pá... Tu mandas cá uma moral! Olha lá para essa badalhoqueira!! Depois são os outros que sujam a toalha da mesa!!

Ela conseguiu fazer um caminho de pingas de molho dos caracóis, desde a travessa até ao prato dela e o respectivo caminho de volta. Pingas... Já eram poças! Foi altamente tentador não ir lá pôr os pézinhos para ver a temperatura da "água", tal era o nível do "mar", nem ir buscar umas braçadeiras ou colete salva vidas, não fosse uma pessoa se afogar, à socapa. E, como se não bastasse, era mesa, prato e ela. Umas belas medalhas na camisola, toda metralhada. Os caracóis que ela apanhou, deram uma grande luta até desfalecerem no último suspiro. Só visto.

Esta malta... Têm uma latosa. O que vale é que são sempre os outros.

Talk dirty to me.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.05.20

- Atira-me contra a parede e chama-me lagartixa!

Yep. Romântico, né? E fervoso... 

Ainda não experimentei dizer isto a ninguém, mas a cara de reacção deve ser impagável.

Aprendam meus filhos, aprendam... Que génios destes, não duram para sempre.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.12.19

Um parque automóvel têm buracos no pavimento. É chato... são as poças que nem girinos criam de tão manhosas, é a malta a por lá os pés aquando vai para as suas viaturas, sou eu a meter os pés nas poças de propósito só para me meter com os colegas que andam de ténis e fogem das poças como diabo da cruz, sem mencionar que a manobrar, os carros as cilindram. Então, há que reparar... certo?

Claro. Em dia que está aviso amarelo no país inteiro, de que uma tempestada se aproxima de território nacional, que vai ventar como o caraças mais velho e chover como se não houvesse amanhã. Mas não há como errar! Observem onde estão as poças e é precisamente para lá que mandam o cimento fresco.

Ó senhores... a sério? Sim, a sério. Só visto, que contado ninguém acredita.

Ao menos não misturavam água na massa, aproveitavam a que estava nas poças. Nem nisso pensaram.

Génios. Tão brilhantes que até a lâmpada parte de excesso de energia.

Dá-me um irreal, um imaginário… dá-me um irreal!

frito e escorrido por Peixe Frito, 09.01.19

Já vi muitas coisas na vida. Muitas mesmo. Mas às vezes, ainda me deparo com coisas tão básicas que me faz crer se de facto aquilo é verdade ou ilusão minha (surrealizar por aííííí, populaaaar!). Então, existem pessoas que têm ajudas de custo no seu emprego, entre elas os ditos km's. E para ser mais elucidativa e não irreal e imaginária, as ajudas de custo com km's constam nos km's que a pessoa faz a ir visitar clientes ou reuniões e até em suposta prospecção de terreno a fim de adquirir novos clientes. Quem é que preenche nas folhas de km's a apresentar ao departamento financeiro para aprovação, os km's que a pessoa faz para ir à sede da empresa, trabalhar? Trabalhar. Trabalhar!! Eu bem que suspeitava a criatura vir todos os dias à sede de manhã, bebia o seu café e fumava o seu cigarro e, minutos depois, de surra dava de fuga. Pois assim também eu, a debitar os km's à entidade patronal, iria todos os dias beber café e ir embora. E isto para provar as minhas acusações malvadas, sem sentido e incorrectas, desde que foi chamado à atenção de que os km's contabilizados para o local de trabalho não podem ser dados como despesa - reacção de admiração da criatura, verídico, merecia um óscar. Eu vi, com estes olhinhos que a terra há-de comer, não é contado - ironicamente raramente aparece de manhã para beber café, só mesmo quando têm alguma coisa que é exigida a sua presença.

Aprendam com esta malta a serem artistas - do cinema mudo como diz o outro - que eles não duram para sempre.