É aquele doce condão que só a ingenuidade confere.
Na família, não temos propriamente problema em nos vestirmos e despirmos ao pé uns dos outros e então, como tal, o criancedo está habituado a isso e não há pudores. Dito isto, a rifa de momentos embaraçosos, tinha de me calhar a mim mais uma vez:
Estava eu a vestir-me para ir treinar, na companhia da Rabinho Pequeno. Ela esparramada na cama a observar-me.
- Ó tia Peixa, quando eu crescer vou ter maminhas grandes?
- Er... Grandes grandes não sei, mas vais ter as maminhas maiores, sim.
- E quando vai ser?? Quando eu for adolescente??
- Sim, mais ou menos por aí.
- Adolescente quê, doze anos??
- ... Talvez sim.
- E elas vão ser assim, como as tuas?? - e faz assim um círculo no ar com o dedo, em volta do meu peito.
- Ah isso... Não sei como vão ser!
- Mas tia Peixa...!
- Olha, vai lá brincar vai!!
Ó senhora. A curiosidade é típica e natural das crianças mas se querem que vos diga, eu fico mais embaraçada de falar de determinadas coisas do que propriamente as crianças.