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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

A minha black friday.

frito e escorrido por Peixe Frito, 04.12.19

Sabem quando compram um telemóvel novo e ficam todos contentes com a cenice? Formatam ao vosso jeito, instalam as apps que tinham no antigo tijolo, as músicas, as fotos, os contactos e tudo e tudo e tudo. Arrumam a antiga criatura na caixa dele e armazenam no arquivo vertical dos telemóveis de vossa casa. E tudo corrre bem, até chegar a segunda feira a seguir ao fim-de-semana do black friday.

De manhã, o receio de não ouvir o novo despertador, era latente. Até acordei antes da hora. Até que... ora aí está o novo despertador! Ahhh hora de levantar. Mas, partilho: eu ponho o despertador a tocar não sei quanto tempo antes da hora de levantar, para dar a margem do engonhanço e do adiar até levantar. Adiei o toque do despertador, afofei nas mantas quentinhas... eis que oiço o antigo despertador a tocar. O telemóvel antigo, acordou dos mortos, no confim dos armários, dentro da caixa! Resiliente, a criatura, hein? Pois é. Lá tive de me levantar e ir desligar e desprogramar o alarme do anterior telemóvel, que me esqueci. Não me levantei quando o despertador tocou, porque não me apeteceu. Mas o outro diabrete, fez-me levantar na mesma. Ninguém merece.

Não se esqueçam de desligar os alarmes no vosso anterior telemóvel senão vão ter uma criatura a assombrar-vos, a surgir do silêncio da casa, vinda das catacumbas dos tempos, vos tirando do aconchego dos lençóis!

Aprendam comigo, que não duro para sempre.

E que têm isto a ver com a Black Friday? Nada. Só assim por acaso.

Como alguém se candidatar a levar uma bordoada logo pela matina bem fresquinha.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.08.18

Manhã cedo. Tudo dorme. Santa paz reina na casa, tirando um ronco ou outro vindos de várias secções da casa.

De repente, todo esse ambiente mágico se desfaz como um vampiro em pó ao apanhar sol nas pestanas: um despertador começa a tocar na área comum da casa. E toca. E toca. E toca. É entoado pelo silêncio da divisão. E toca... e toca. Começa a notar-se que quem dormia nessa área, estava bem acordado às custas desse alarme e com ganas de o ensinar a voar pela varanda, fazendo companhia às andorinhas e aproveitando o vento, fazia um baptismo de vôo invejável. E lá continuava ele a tocar, até que o respectivo dono o veio calar, levou o telelé e voltou a enfiar-se nas mantas.

Um aviso, caros leitores: quando colocarem o telemóvel a carregar durante a noite, num sítio comum onde outras pessoas se encontram a dormir, pelo menos desliguem os alarmes dos telemóveis.

Não dá lá muito jeitinho andar a acordar o povo inteiro, sem necessidade aparente.

No meio disto tudo, sabem que vos digo? É o azar de ser segunda-feira 13. Qual sexta 13, gato preto, qual escada e qual não-sei-quê. São os despertadores alheios a tocarem a chamar o dono que se encontra a dormir pacificamente bem longe dele e invés de gatos pretos, são cães a ladrarem com a pilha toda na área comum do prédio, fazendo um eco que até dói. Sem mencionar a gentileza com que os vizinhos de cima fecham a porta da rua e os do lado põe os sacos do lixo à porta do apartamento, aromatizando o ambiente do prédio a colónia l'eau de lixo.

Sexta-feira 13 é coisa para meninos de coro. Tenho dito.

E com esta, me vou.

Boa segunda-feira 13. Tenham cuidado com os despertadores alheios, passarinhos a voarem por cima de vocês que vos borrifam com algo que não água do mar e não fiquem com a havaiana colada numa pastilha, o que dá sempre um jeitaço fenomenal. E, para quem está de férias... boa sorte para o síndrome sardinha em lata alheio, quando estiverem esparramados ao sol e sentirem uma sombra e um chinfrim, vindo de não sei de onde.

Bem hajam.

Eu mereço, certamente.

frito e escorrido por Peixe Frito, 05.02.14

   Não há nada como a hora de deitar. Afofar nas mantas quentinhas com um frio de rachar, a ouvir o temporal de vento e chuva na rua.

   Antes de dormir, o ritual habitual: verificar se o despertador / telefone está programado para a hora correcta, deixá-lo à mão na mesa-de-cabeceira e ir dormir. 

   Tranquilo. Silêncio. ahhhhh Gosto tanto. Eis que, passado um pedação de tempo, o raio do telefone toca. Primeiro pensamento neste pickle:

   «O despertador já está a tocar?! Fosga-se-te (sim não existe, mas eu digo esta palavra), não me digam que passei outra noite em branco e nem notei...»

   Pronto, lá pego no telefone a mau modo de quem queria era estar a dormir e tinha de se levantar para ir trabalhar, ensonada diga-se de passagem, para desligar o dito despertador e verifico que afinal me estavam era a telefonar e não era o despertador.

    Resumindo e moral da história:

    - Tenho de mudar o toque do telefone, para não ser tão similar ao do despertador, para estas coisas não acontecerem. É que não há nada pior que estarmos afofados nas mantas, a sonhar com o Jensen Ackles e acordarmos a pensar que era o despertador e afinal era apenas uma criatura que nos estava a telefonar a horas indecentes.

    Deviam de inventar um aparelho (ou aplicação, que agora está na moda dizer "ah e tal eu tenho uma aplicação que coze batatas e também cose os buracos das meias e coiso") que, a determinada hora da noite, quando alguém tivesse a inteligência de telefonar a alguém, lhe dissesse:

    - Oiça lá pá, acho bem que esteja a morrer ou que seja o fim do mundo em cuecas, para estar a telefonar a esta alminha que está no seu sono de beleza, a estas horas indecentes, sua criatura das trevas.

    Ou que simplesmente lhes transmitisse um choque, através do telefone, só para abrirem a pestana e deixarem de ser tótós de terem ideias ronhonhócas de telefonar a uma pessoa à noite.

      Agora é assim, se for para me dizerem que ganhei o euromilhões, telefonem à hora que quiserem, que eu nesse caso ponho em prática o meu sono de beleza numa ilha tropical, sem grandes problemas.