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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Eu é que sou mesmo pobretanas!

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.04.18

Ainda fico incrédula com coisas que vejo. Há tempos, estava numa daquelas caixas self service numa superfície comercial, onde se pagam com moedas ou notas. Olho para a minha carteira e penso: "Catano, espero bem ter dinheiro suficiente! Se não tiver, cravo à malta" - tinha famíla numa caixa atrás de mim.

Conforme me viro para dizer à famelga que se calhar preciso de moedinhas, fico parada a olhar para uma criatura, ao lado deles. Uma tiázorra, loira oxigenada, casaco com pêlo de bicho morto, salto alto de agulha. Estava ela a pagar as suas cômprás e não é que deixa cair uma série de moedinhas no chão. Eu ia dizer-lhe mas reparo que ela nota que as deixou cair e nem se deu ao trabalho de apanhar. Simplesmente aguardou o talão sair, pegou nas compras e aí vai ela.

Eu fiquei  ao assistir a aquela situação e ver o valor que as pessoas dão ao próprio dinheiro. Okay, eram umas moedinhas pretas e umas de 10 cêntimos, mas ainda assim... tanta gente que aquelas moedinhas podiam fazer falta para o que fosse (até a mim, que podiam faltar míseros 5 cêntimos para pagar a conta e não tinha) e ela faz aquilo... Ou não lhe custa a ganhar ou se está mesmo é a cagar no alto da sua petulância e arrogância.

Respeito. É a única coisa que devemos ter pelo que seja. Nem que seja pelos outros que possam ter necessidades ou porque alguém ia ter de apanhar aquilo do chão.

Dá que pensar...

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.12.09

   Ao comprar lenha para a lareira, não é o equivalente a queimar dinheiro? É que estamos a comprar algo que sabemos que é para arder... e conscientes disso! E nem nos ralamos!! A única utilidade é aquecer-nos um pouco, coisa que um cobertor pode fazer igualmente e é reutilizável! Ah, e a botija-de-água quente.

   Sim eu sei, é fantástico ver a lenha a crepitar, o calor abrasador que sai da lareira... A atmosfera romântica que surge do nada... O que uma lareira consegue fazer! É igualmente fantástico apanhar lenha húmida, pagarmos mais por esta estar mais pesada, chegamos a casa e ateamos-lhe fogo... e ficarmos com tudo cheio de fumo... encantador. É igualmente envolvente, abrasador, o acto de abrir a porta da lareira, para colocarmos mais uns toros, e apanharmos um bafeles quente que até nos chamusca as sobrancelhas e as lianas...! (suspiro)

   Mas sabem o que têm as lareiras assim... de mágico, de fantástico, de... maravilhoso? É o acto de comprarmos alguns quilos jeitosos de lenha, termos de acartar com ela no lombo até ao lugar de armazenamento (sim que há quem tenha de acartar com ela, cof cof que por acaso até nem é o meu caso! ahahahahahaha), e a malta ficar cheia de jipose...! É termos de retirar as cinzas que ficam, os restos mortais dos toros da lenha, e acabarmos sempre por snifar umas quantas cinzas, o que é sempre agradável e acolhedor, fazendo daquele momento, um momento... assim... nem tenho palavras para descrever.  Só sei, é que começo com uma vontade inata de falar com os toros-de-madeira! E sim... há uns que falam connosco, se escutarmos com atenção...!

   Vêm meus caros? O que muitos de vocês perdem nas vossas vidas, por não terem lareira? A vossa vida assim não faz sentido.