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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

É um tema sensível e que merece ser abordado com toda a delicadeza que isso implica.

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.12.21

Passadeiras. Sou só eu que tenho a vontade de querer cilindrar alguém, quando os peões passam armados em vedetas, ar pedante, nem agradecendo nem nada, parecendo que estão a desfilar em uma passerele?

Com esta abertura soft de debate para este post, ainda dá para dissertar mais um bocado. Ora, os peões têm prioridade na passadeira e acho muito bem. Eu não me esqueço que eu também sou peão - sim, que não ando sempre de carro, óbvio. Se bem que às vezes dá vontade de até entrar com o carro dentro dos supermercados, pois está quentinho e não apetece tirar o rabo do banquinho aquecido - e até a mim me acontece alguns condutores pisarem no acelerador, só para não pararem na passadeira e, acrescento, em miúda ia sendo atropelada ao passar na passadeira, porque um senhor nem se deu ao trabalho de parar, quando ia a atravessar. E sim, tinha visibilidade: imaginem uma enoooooorme recta, com passadeira pouco mais do que a meio da mesma. Para quê parar? Depois queixam-se de porem lombas em sítios menos próprios, é graças a estes engraçadinhos.

Podendo ter ficado a fazer parte do pavimento e constituindo uma lomba orgânica e natural ou não aparte, respeito mesmo as passadeiras. Até peço desculpa aquando por algum motivo de força maior - e não, não é do pé pesar no acelerador - não consigo parar na passadeira. Haja respeito, ou não é? Mas depois, há a outra vertente, dos peões armados ao cardo. Há uns que apressam o passo, ao ouvirem o tipo de música que o peixmóbil partilha com o mundo - devem achar que levo uma seita dentro do carro, cabras para sacrificar e o anticristo - enquanto há outros que olham para mim e me sorriem e eu sorrio de volta. É como é. Cada um é como cada qual. Agoooora quando há aqueles marmelos que se mandam para a passadeira sem sequer olhar se vêm um carro - o carro têm de parar e pronto. Que se lixe lá a física e as suas leis que temos de ter tempo para travar, nós como seres humanos nos cair a ficha e o próprio carro ter tempo de resposta, dada a velocidade, peso e etc limitada - eu espumo um bocado. Ah mas espumo. Não se capacitam que eu vou dentro do carro e tenho a estrutura até chegar a mim enquanto eles, têm a obra da graça do espírito santo a fazer de escudo, indo directamente aos seus cromados. Mas não importa: é passadeira e a pessoa têm de passar. Lá se está a ralar se o carro pára a tempo ou não. E há também aqueles que até param para passar mas que depois vão a desfilar... vão a apreciar a paisagem, apanham flores, a fruta da árvore, deleitam-se com as nuvens e o sol. Não peço que passem a correr mas agora ao nível de um caracol os ultrapassar, haja bom senso! Focando igualmente em outra estirpe de peão, aquele que passa com ar de importante, se pavoneando e nem dizendo um "obrigado" ou assentir de cabeça, como agradecimento. E não, não são obrigados mas e educação? Se calhar faço mal em tabelar as pessoas pela minha visão - Peixa pá, tens de deixar de ser assim tão ruim e querer que as pessoas sejam educadas - em que até digo "bom dia" ao segurança do supermercado ou ao gajo que vende as farturas, no estacionamento, inclusive passo por alguns trabalhadores das lojas e cumprimento. "Conheces?" "Não, mas não custa nada se ser educado."

Por isso deixo aqui o meu aviso: não vos cai um dente se me agradecerem aquando paro na passadeira. Uma vénia caía bem, mas na possibilidade de vos doer as costas, basta um aceno. Eu fico feliz e a vocês nada custa se ser amável. Porque com toda a certeza que eu, mesmo sem conhecer todo o povo, quando param na passadeira para eu passar, faço sempre um aceno e pontualmente, dou um sorrisinho de agradecimento. E, milagre! Ainda respiro, não me aconteceu nada de mal por ser educada e amável. Quem diria!

E agora falando de alguns condutores, como peoa que sou: se continuarem a acelerar para não pararem na passadeira aquando eu vou a passar, podem crer que vos vou continuar a gritar elogios, nomes pomposos e fofinhos, inclusive ameaçar que vos dou com a almofadinha mais macia e agradável que tenho no aquário, nos vossos dentes. Depois não se armem em marias ofendidas e puritanas, como alguns armam. Temos de ser uns para os outros ou não é? A quem pára na passadeira, podem contar com o meu aceno de agradecimento e se for algum gajo giro, um piscar de olho e beijinho no ar, a sensualizar no pedaço.

Equilíbrio de ambos os lados, é fundamental. Embora eu defenda a teoria de que as pessoas na estrada têm os mesmos comportamentos erráticos que dentro dos centros comerciais, se observarem bem: sempre em cima do próximo, batem nas pessoas, atravessam à frente para mexer na fruta ou chegar à cueca que está em promoção, passam de um lado para o outro que nem um passarinho desgovernado e ainda param de repente enquanto iam a andar, sem sequer observarem se alguém vêm atrás. Nestes casos, se dermos uma arrefinfadela na pessoa, uma bordoada, somos nós que temos a culpa ou é ela? "Ai veja por onde anda, que me deu cabo das cruzes e me amarrotou o casaco vison" "Pois olhe, tivesse cuidado na sua marcha e certificado que ninguém vinha atrás. Eu é que não vou pagar a conta da engomadoria, para tirar esses vincos". Eu digo sempre a quem me faz isso "travar assim, é que nem ligou os intermitentes" e ficam a olhar para mim. Mas é verdade! Deveríamos andar equipados como os carros: com piscas de mudança de direcção, luz sinalizadora de travão e quatro piscas. Tantos encontrões, pisadelas seriam evitados. Vão por mim! Então agora na época natalícia, é um ver se te avias!!

E é assim que se contribui para a educação de uma criança - ou não.

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.02.19

Já disse "n" vezes, que a prole da família, é tramada. Eu costumo dizer que já não me bastava ter aturado o paizinho das criaturas, como que ainda tenho de roer com o alevim e com a rabinho pequeno. Este último ser, consegue ser o upgrade do irmão e do pai, para mal dos pecados de TODA a gente. O seu sentido de humor e palhaçada é claramente herdado da família, agora o mau génio, não faço ideia onde ela o foi buscar, mas com toda a certeza, ao lado da famíla da mãezinha dela, pois está claro - sim, que no meu cardume, é tudo gente exemplar e bem comportada que não parte um prato cof cof.

Agora imaginem, está a passar a fase maravilhosa de ter consciência do feminino e do masculino, que resulta em coisas como partilhar connosco que: "Vi a pilinha do mano, quando ele estava de cuecas vestidas" - o que me fez questionar se ele usava cuecal de renda, mas adiante - e "vi a pilinha do pai, quando ele estava a fazer chichi" e outras tantas por aí adiante, desde dizer à mãezinha dela que queria uma pilinha e a mãe lhe dizer que não podia, era menina, e ela dizer sabiamente: "compras-me uma!!" - esta vai ficar nos meus registos, para mais tarde gozar com ela sobre isto.

Esta fase incluí, o mostrar resistência e testar a paciência e limites de quem a atura, das mais variadas formas e modos nunca antes testados ou com os clássicos de todos os tempos, como o típico: dá-me isso, não não dou, dá cá isso se faz favor, não não dou, estás aqui estás a levar uma palmada e ela vai e atira aquilo para o chão, a nos desafiar com algo para nos irritar, apenas porque quando está enrezignada com o sono ou amuada, Deus nos valha.

Ontem, foi dia de nos fazer a cabeça em água. Aprontou tantas e andou com tanta bilhareta, que já ninguém sequer lhe podia ver a sombra à distância. Ora, a dada altura e porque toca a todos, sobrou para mim. Decidiu tirar macacos do nariz - somente porque lhe disse que tinha de limpar o nariz que via ranhoca a sair - e comer, quando eu lhe tinha dito para não estar a tirar macacos e quando o tirou, limpasse ao guardanapo. Que se faz nestas situações? Chantagem emocional com algo que lhes toca no coração. Não... não falo ameaçar de palmada, nem de tirar as bonecas, nem de mandar a plasticina patuda para o lixo nem sequer o não ver desenhos animados! Temos de ser criativos e exercer medidas extremas. Algo bem chegadinho ao coração. O quê? A chucha!!

Ameacei: continuas com essa porqueira, lambo a tua chucha - belo exemplo de como não se ser porco Peixa, lamber chuchas alheias.

- Ah, não lambes - e vai de mexer no nariz.

- Rabinho pequeno, tira o dedo do nariz...

Continuava a limpar o salão.

- Ah é? - pego na chucha, ponho a língua de fora e faço de conta que a vou lamber.

Ela guincha. Pode comer macacos à vontade, mas lhe lamberem a chucha, isso é que não! É blasfémia e uma nojeira pegada.

- Vais parar de tirar macacos e comer, ou como é?

E ela continuava a mexer no nariz.

Cenário: toda a família à mesa a observar o téte-à-téte entre mim e o caganito.

Ela a pensar que eu era só conversa, enchi-me de coragem, recalquei o pensamento dos germes da chucha, por onde deve ela ter andado e lambi a argola da chucha.

Pânico! Muito pânico!

- Como é? Já acabou?

Ela a medo, mete o dedo no nariz e eu vai mais uma lambidela, beeeem grande na chucha.

Guinchou, ar de nojo e parou. Veio ter comigo, pegou na chucha e foi sossegar para outro lado, até ao próximo devaneio, que deve ter sido um minuto mais tarde, mais coisa menos coisa.

Resumindo... os preparos que uma pessoa se põe, só para uma criança fazer o que lhe pedimos.

Se leva palmada, ainda se ri. Se fica de castigo, pfff borrifei, se fica sem bonecos, igual. Então, há que puxar pelas armas secretas e tocar naquele ponto sensível. Resulta sempre.

E sim... é preciso coragem para lamber uma chucha, mas fiz o que era preciso, para parar aquela loucura - mereço uma medalha!

Os exemplos e educação que dou aos filhos dos outros.

frito e escorrido por Peixe Frito, 07.05.18

- Não rabinho pequeno! Quando abres o yogurte, lambes a tampa por dentro. Passar com a colher não dá jeiteira nenhuma. Experimenta lá.

E lá vai ela de lamber a tampa do yogurte.

Tempos passam, estamos a lanchar sentados à mesa de família. Lampeira, a rabinho pequeno ia abrir o yogurte e não conseguiu. Pediu ajuda. Aguardou pacientemente eu abrir o yogurte e que eu lhe desse a tampa. Lambeu-a com satisfação e começa a comer o yogurte. A olhar para a cena, diz o paizinho da criatura:

- Isso só podem ser coisas que a tua tia te ensina.

- Hey... olha agora... mas porque é que fui eu a ensinar isso?

- Está-se mesmo a ver que são coisas tuas.

E pronto. Contra factos não há argumentos. Arrumei a viola no saco e continuei a comer a minha sandocha.