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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ao menos era fresca.

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.12.23

Ora, há acontecimentos na vida, sejam eles grandes ou pequenos, em que é a nossa maneira de (re)agir perante essas surpresas da vida, que demonstramos a nossa maturidade, personalidade e aptidão para resolução de conflitos (se assim necessário). No fundo, o aceitar ou adaptar ou o desenrascar, deixa andar ou carregar no botão do "fd-se para isto tudo" e cavalgar em direcção ao pôr-do-sol. Cada situação têm a sua abordagem.

Posto isto, introdução filosófica espicaçada pelo frio no tico e no teco, imaginem como é a meio da tarde, a alma pedir um café, para ajudar a esmoer o almoço. Não sou propriamente pessoa de café, mas às vezes a paparoca pede um café para rematar e ajudar a digestão. Como não apreciadora de café, fui bebericando. Um golinho aqui. Outro golinho ali. Outro acolá. Dada altura, senti uma textura, uma espécie de granulado e pensei que seria um borrão do café. Pára tudo. Borrão de café em café tirado de máquina de cápsulas?? Exacto. Após expelir o tal grão ou cena ou coise, a medo de me deparar com uma pata de um alien, eis que afinal, era nada mais nada menos do que... uma mosquinha. Sim, uma mosquinha. Daquelas irritantes e pequenas. Daquelas que nem calibre têem para serem chamadas de moscas, são apenas mo. Era esse pedacinho de alma que andava a nadar no meu café e com a sua boa sorte, acabou por ser levada tal o outro que entrou na boca da baleia. Compreendo que está frio e que lhe estivesse a saber bem aquecer as patas no meu café, mas quer-se dizer... Oportuno, não?

Que fiz eu? O que qualquer pessoa de perfeito juízo faria: olhei para o café e examinei se havia mais alguma. Após minuciosa inspecção, a equipe concluiu que não existiam mais restos mortais visíveis (não falemos de microbiologia, que isso devia de haver às pazadas), acendendo assim a "luz verde", arrumando as tralhas e indo embora. (*assobio*) "'Bora pessoal vamos pregar para outra freguesia!" (*momento breve de reflexão*) Bem, meus chuchus, a verdade é que não foi assim muito tempo a pensar, é mais atar e botar ao fumeiro, siga que atrás vêm gente. Perdido por cem, perdido por mil. E vai de emborcar o resto do café. 

Uma coisa é certa, além da frescura, adquiri proteínas sem grande esforço, fora ter reforçado o sistema imunitário. Bem visto e analisado, "win win".

- Fosga-se, já nem beber um café sossegada se pode. Rais parta mais à vida selvagem e à sua mania de irem cheirar onde não devem! -

Deus me dê paciência e um paninho para a embrulhar.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.10.23

Não necessariamente a mim, mas a quem me atura. Ora imaginem só, receber uma prenda advinda do cardume, em que a Rabinho Pequeno foi a mensageira, acompanhada pela Rabinho Gordinho, assim na dela a observar e a dar apoio moral à outra criatura.

- De certeza que vais gostar, tia Peixa!! - começa por dizer a Rabinho Pequeno.

Peguei no saco e comecei a adivinhar:

- É uma bomba...? Não posso abanar muito? - e encosto o saco ao ouvido.

- Não! - diz a Rabinho Pequeno.  Rabinho Gordinho sempre a observar, encostada à ombreira da porta.

- Hum... Um unicórnio??

- Nãoo!

- Um gato? Cão? Piriquito?

- Nãaaaooooooo!

Silêncio.

- É... (*de repente, interrompida por  Rabinho Gordinho*)

- É uma mala!

Pronto. As crianças hoje em dia pá... dão cabo do suspense todo. E eu da paciência delas.

Já estavas bonita, alminha. Estavas estavas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 05.07.23

Quando em pleno dia de calor tórrido, à soleira do próprio sol escaldante e impiedoso, se vai dar um gole na cerveja e... se sopra a mesma antes de se beber. Qual o intuito do sopro? Arrefecer o frio? Afastar a espuma? Espantar as moscas? É que nem eu própria sei! É só uma ligeira suspeita de que algo se passava... E foi na primeira cerveja, imaginem só.

Ora, meus caros, lá diz o pai Adamastor que "se for para beber e não fazer efeito, mais vale não beber"!

A culpa era do sol, pois está claro. Ela queimadinha já é, ainda ficou pior!  Gente croma, é o que é.

Nunca me senti tão sexy e escaldei tanto os pés na areia.

frito e escorrido por Peixe Frito, 15.06.22

Após bastante publicidade - falado uma ou duas vezes no máximo e só com uma alminha - acerca de umas cenaices que ajudam a retirar as peles mortas dos pés, decidi experimentar. Nestes dias de feriados em pack, era a melhor altura para ter uns pés lindos e maravilhosos, frescos e fofos, dignos de uma sereia - sim, sereia. Que a Cinderella deve ter cada calosidade, que é obra. A julgar pelo que ela trabalha e pelas socas que usa, ou têm uma excelente pedra pomes e bons cremes hidratantes ou então esqueçam lá isso. "Fada madrinha, quero ir ao baile!" "Não, Cinderella. Tu queres mesmo é que eu tê dê um dia no spa, para tratares dos presuntos, qual baile, qual quê. Estas miúdas só pensam é em bailaricos e andarem a mexer o bum bum" -  Lá experimentei a cenaice, questionando-me sempre como raio aquilo iria funcionar, dado que aqui a criatura não é dotada de cascos pés que quando vão à pedicure mais parecem lascas de queijos, as peles a serem retiradas, mas sim algo semelhante ao fim de uma embalagem de queijo ralado: migalhitas e nada, quase nada que se veja e se preze de ser chamado de pele morta. Ora, cumprindo todos os requisitos das instrucções, zero de peles a começarem a sair. Disclaimer: Durante 15 dias (sim 15 dias) as peles iriam começar a sair. "Meh" pensei e disse eu, na minha santa inocência. "Isto não vai dar em nada". Mal sabia eu, o que me esperava ao virar da esquina! Chega a altura de pôr as peles a apanharem ar e nada de cascas de queijo à vista. No dia em que me aperalto toda para ir à praia, olho para os pés: ia-me benzendo! Parecia uma autêntica cobra a mudar a pele! "Eita, diacho", pois é, pois é. Tinha logo de ser quando ia estar em público que isto me iria acontecer. Basicamente, passei uns 4 dias a tirar as peles dos pés - mesmo a tempo do fim-de-semana comprido acabar - que parecia que tinham sido escaldados que nem as patas das galinhas antes de se confeccionar ou que tinham estado de molho e a água evaporado, ficando o calcário a marcar a zona do nível da água inicial.

Vos digo e garanto que parecia mesmo que tinha farrapinhos laterais nos pés, uns flippers ali, mil patinhas de centopeia, mas de pele. Ainda se entrasse na água e desse para boiar, mas nem isso! Situação digna de ser mencionada, com medalha de mérito de participação no meio desta coisada toda, foi o facto de a areia ser grossa, com pedaços de seixos e a escaldar nas horas do caraças. Ou seja, a altura melhor e mais do que perfeita, da pele dos pés mudar e estar fina e nova, sem espessura no calcanhar para criar barreira à prova de assanços das barbatanas! Nem 1 milímetro que se preze de forra de casca de queijo da serra havia. Quase parecia aquele anúncio dos anos 90 a um refrigerante em que até o cão se queixava da areia quente, mas na vertente que pé na areia, só na imaginação e mesmo assim, queimava.

Conclusão: Não me apanham em outra. "Ah e tal que és jovem", mas não. Felizmente não ia em fim-de-semana romântico ou com a intenção de ir à caça de gambuzinos, porque assim, ui ui, caiam todos aos pés mas era de choque com tal paisagem de natureza morta viva. Pena não haver daqueles peixinhos que comem as peles mortas, aonde estive. Era um festim que virava tudo peixes baleia!

Sempre ouvi dizer que há uma primeira vez para tudo.

frito e escorrido por Peixe Frito, 24.05.22

Se há coisa que nunca pensei, foi proferir tais palavras e ainda mais, a um homem:

- Queres vir comigo ver morcegos?

Há quem veja as estrelas. Observe as perseidas. Desfrute de um eclipse ou lua de sangue. Agora, ir ver morcegos?

Só eu. É que é tão romântico, que até dói. O que vale é que a ideia não é essa, porque se fosse... acho que ganhava só pela originalidade.

Lá vai o Batmam emigrar ou meter baixa ou vai de férias, ao saber que eu vou andar a observar morcegos naquele dia. É o preço que a humanidade têm de pagar, para que eu possa andar a passarinhar durante a noite, a ver bichezas (noite escura + morcegos pretos = não se ver um rabo. Mas fica a intenção de se ver um vulto ou sombra de morcego, na noite).

Parece uma anedota mas acreditem que é verdade.

frito e escorrido por Peixe Frito, 10.05.22

Quer dizer, no fundo, até nem se vão admirar:

Chega a altura do aconchego dos lençóis e haja lá maior maravilha do mundo, do que deitar a cabeça nas mantas da nossa bela caminha. O cansaço acusa, a mente vagueia livremente pelos campos verdejantes, cheios de flores viçosas e borboletas que pousam aqui e ali... rios que correm... riachos frescos, pedras com musgos.. e sapos. Sapos?... (*momento de reflexão*) (*pergunto-me*)... «Será que os sapos nadam de costas??»

Pois é, o João Pestana tem mazé de começar a verificar a validade dos pós que larga na malta ou que tipo de pó nos polvilha, é que isto de dar por mim a pensar se os sapos nadam de costas, aquando estou a relaxar para começar a cozer batatas e babar a almofada... Têm lá jeiteira! Há quem conte mémés. Há quem pense onde está o Wally. Há quem pense se amanhã faz sol pois têm de estender a máquina de cuecas lavadas. Há quem pense na origem do universo: eu penso nos estilos de natação dos sapos. Está certo!

Isto era maz'era combinação já magicada com antecedência.

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.04.22

Há hábitos que não se perdem e um deles, é dizer a alguém da família de que aquele animal que está a dar na tv, é ele. E sem critério, um animal qualquer completamente aleatório. Felizmente, todos têem sentido de humor e ninguém fica ofendido, pois a ideia é essa, brincar e não andar a chamar nomes às pessoas de modo indirecto. Ora, a ver um filme de desenhos animados, digo eu à Rabinho Pequeno:

- Olha, aquele ali és tu. E aquele o pai, aquele a mãe, aquele o gato, aquele o piriquito.

E aparece um camaleão com olho de vidro, um olho virado para a China e outro para a América. Diz logo ela:

- E aquele és tu, tia Peixa!!

Fosga-se, com tantos animais foi logo escolher aquele mais raimoso.

- Sim, então não sou? Não vês que é a minha vestimenta de ir à praia??

- Vocês têem a mesma cor de sombra nos olhos - diz ela a rir.

Um facto. Eu e o camaleão tínhamos a mesma cor de sombra.

Mais à frente, aparece novamente o camaleão em cena, desta vez em um bruto descapotável com música alta e diz logo ela:

- Olha tia Peixa, olha!! Olha tu novamente!!

- De facto, Rabinho Pequeno, sou mesmo eu. Ora, eu tenho essa música no carro e tudo! - tenho mesmo.

E não é que o raio do camaleão estava a ouvir metal no carro? Se havia dúvidas que eu estava a ser caracterizada pelo camaleão, ali ficou tudo em pratos limpos. Duas metades da mesma laranja. Gémeas separadas à nascença. Uma humana e outra... animada. Será ela o meu animal totem? Fica a questão no ar.

Qual a probabilidade? Mas qual MESMO? Pois é, é como é. Começo a achar que o universo está sempre à espreita para sacar um coelho da cartola na minha vida, mesmo nas coisas mais improváveis. O menino podia ir para aqueles shows de comédia de improviso, que se safava tranquilamente...! E olhem que aquele dia até estava a correr bem e pacificamente. Decididamente, não tenho um dia de folga. Até já com desenhos animados... Ninguém merece!

Mas que verdadeiras mãos de fada, ó senhora!

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.04.22

Tenho a pancada de fazer coisas caseiras - ainda ninguém tinha notado, o post das bananas passou ao lado - Sou adepta das coisitas feitas e confeccionadas em casa, daquelas que é melhor o grão cozido por nós e não o de produção industrial, assim como molhos, doces e compotas, sei lá eu que mais... aliás sei, eu é que não estou para estar aqui a enumerar tudo, tenho mais que fazer - qualquer dia, até as minhas roupas faço, com tecido produzido a partir de fibras de folhas de plantas, vou verdadeiramente parecer a Jane. Ao menos, com as lavagens, a traparia vai hidratando e até poderei ser presenteada com o florir de um dente-de-leão, algures na roupa. Ou daquelas coisas que se fumam, se fôr tecido de cânhamo. Aparte: se imaginassem a quantidade de piadas bardajolas que me passaram pela cabeça, desde o uso da palavra "desabrochar" ao me lembrar da música e anedota do canguru que tinha a flor na bochecha ou quantos pêlos têm ele no nariz...? Adiante!! - ontem decidi fazer pizza para o jantar. Mas não uma pizza qualquer! - no fundo no fundo, era com o que havia no frigorífico - Pizza caseira! Amassar a massa e todas essas coisinhas maravilhosas que nos fazem exercitar sem termos de ir ao ginásio e que consegue encher a cozinha de farinha até no sítio mais recôndito da bancada, por muito cuidado que se tenha. Para mim, a farinha é bicho selvagem: temos de ter cuidado, não respirar muito nem fazer barulho, e especial cuidado com o contacto visual, que ela esparrama-se logo, principalmente para onde não queremos que ela se expanda. Há que manusear com cuidado e suster a respiração, ter óculos de sol de lentes espelhadas, para a bicha não se espantar. Tudo muito controlado. Ora, lá fiz a massa e o respectivo recheio com molho de tomate - de compra - cogumelos laminados - frescos mas de compra - queijo ralado - de compra - espinafres - bebé, lavado, pronto a usar... de compra - e orégano  - de...? Compraaaaaaa!! Ainda bem que sou adepta de coisas caseiras - e meti a bicha a assar no forno. Só tenho uma coisa a dizer: Depois de assada, que linda ela estava! Eu até me dei ao trabalho de fazer desenhinhos com os ingredientes e tudo. Sim, estava um primor e eu esmerei-me. Decididamente, dei tudo na decoração desta pizza. Incluindo os olhos para a farinha  polvilhar. Quando a provo, o tempo desacelerou, tudo ficou em câmara lenta, ouvi harpas dos anjos, cânticos celestiais, juro que saiu um arco-íris dos meus olhos e era só raios de sol em minha volta. As minhas papilas gustativas abraçavam-se, choravam de alegria, nem queriam acreditar naquilo que estavam a viver e presenciar. Como era possível uma paparoca daquele calibre? Como? Só podia estar guardada pelos anjos, numa ilha remota, dentro de um baú vazio, enterrado na areia! A minha vontade foi de largar tudo e abrir uma roulotte de pizzas - a aquela hora não dava lá muito jeito e estava frio, eu de pijama e assim, agora vestir novamente? meh!! - e também me bateu de rompante em pegar na pizza e sair para a rua, dando pedacinhos a todas as pessoas com quem me cruzasse, para lhes dar um pouco de felicidade e cor aos seus dias cinzentos, mudando a sua existência para todo o sempre. É que foi uma pizza mudadora de vidas, acreditem. Eu hoje não sou a mesma! Nem dá para explicar! No meio disto tudo, como viram, os ingredientes são simples, singelos, corriqueiros, nada de extraordinários, fazendo assim tudo ainda mais um ficheiro digno dos ficheiros secretos a ser investigado por Fox Mulder e Dana Scully. Mas eu sei qual o ingrediente secreto, sabem qual é? Nada têm a ver com a decoração linda e maravilhosa que fiz, até soltei uma lágrima ao fatiar a pizza, nem a ver com eu não ter lavado as mãos desde que saí de manhã de casa até depois da confecção da pizza, nem com o facto de ter ido pôr o lixo fora e ter mexido em todas as maçanetas que passei até lá, incluindo a tampa do caixote, nem com o aspecto de ter terra debaixo das unhas por ter estado a jardinar, ano passado! É de mim. Pá, é de mim. O ingrediente secreto, sou eu. O amor que debitei ao amassar a massa. Agora sim, compreendo perfeitamente o pai do Po, do Panda do Kung Fu. O amor faz milagres. Torna tudo maravilhoso. Menos o tentar aspirar e limpar a farinha das bancadas e dos tapetes, bem como tornar uma máscara de banana funcional, sem emaranhar a piruca às pessoas. Mas torna sim. Ou é isso, ou levei com demasiada farinha na fronha. O que não pode ser posto de fora. Embora eu ache que se estar com fome, possa contribuir com o aumento da maravilhosidade de uma refeição. Digo eu, só de surra. Não tirando o mérito às minhas mãos de fada e ao meu ser, que pelos vistos, encantou a massa da pizza.

Acho que tenho de ponderar em mudar de área e me dedicar às pizzas. Á fome, não desfaleço. Ao menos isso. Agora de resto... quem sabe??

Hoje é o meu dia! Se preparem...!!

frito e escorrido por Peixe Frito, 22.03.22

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Apanhando boleia do meu conterrâneo Sponge Bob, é mesmo mágico. Um mágico dia se avizinha pela frente.

Posso adiantar que acordei de madrugada e não dormi mais. Ouvi o despertador e atrasei-me mesmo não tendo adormecido -  verdadeiro piscar de olhos e a vida passa em segundos. Ao me empiriquitar, tive a infelicidade de perder um piercing, que ao que me parece, deve ter apanhado um portal dimensional pois não o encontrei em lado nenhum. Até no meio dos cabelos o procurei. Às tantas, armado em depravado, vai passar o dia comigo enfiado na camisola interior e quando me despir à noite, vai fazer um momento "Tchanaaaaaaammmm babeeee!! Estive contigo o tempo todo!!!". Continuando a vida, que isto há mais que fazer, fiz desvio para roubar a bela sopa de feijão do aquário mor. Com todo o cuidado, escolhi um pamparuére que isolasse bem, pois ninguém quer perder uma gota que seja daquele precioso caldinho. Saco por fora, não fosse o diabo tecê-las, ainda tive tempo de roubar uma sandocha e um iogurte. E cá vai ela, bela e amarela, esplendorosa! Chegando ao trabalho, se sentindo infeliz e miserável fechado em um pamparuére, o caldinho deu de fuga e encheu o saquito da marmita, de molho - alguém precisa explicar ao caldo o caldo que armou, porque lá por ele ser delicioso, não faz com que tudo o que toque, se torne irresistível e comestível. Se bem queeeee aquele papel de chocolate ficou assim de repente com ar apetitoso... Foca-te Peixa, Foca-te!!  (*par de estalos mentais*) - e tudo o que estava nos arredores e periferia, a circundar em volta o pamparuére, ficou baptizado. Ora, carga dos trabalhos, andar a limpar tudo. Sim, porque pegar em uma banana ou laranja e as mesmas cheirarem a sopa de feijão, confunde bastante o tico e o teco. "Ahhh agora já te safaste, ó Peixa! Ainda há um par de horas começou o dia e já tiveste animação para o resto do dia!" Pois, mas não. Isto a arte de surripiar o frigorífico dos outros, têm muito que se lhe diga e aviso desde já, que o crime não compensa. O meu sentido peixe-aranha ainda soou o alarme mas eu na aceleração do andamento matinal, ignorei e disse "Meh, há-de estar tudo bem". Fia-te na Virgem e não corras, sempre ouvi dizer. E em quê fui alertada? Validade. Olha a validade do yágurte!! #sóquenão. Basicamente, sentei o pandeiro para ratar a bela sandes - fruta roubada têm sempre outro sabor, já dizia o outro - e não é que o yogurte estava fora de prazo, mas assim já à légua? Bem que as teias de aranha no frigorífico não me soaram assim a algo normal, mas pronto, é assim, os animais habitam onde querem ou não é?

Tanto a sandes como o yogurte marcharam, por isso já sabem, se não souberem mais de mim, é porque fui buscar mais uma sandes e outro yogurte.

Hoje é o meu dia! Sinto-o assim nas peles, nos ossos, nas romelas e principalmente, nas olheiras da noite mal dormida e no cabelo esticado que já apresenta a sua batalha campal pela sobrevivência, com a ómidade.

Algo de muito bom vai cruzar os meus caminhos hoje, porque ninguém merece tanta moideira logo de manhã - na verdade, nem foi das piores - Se isso não acontecer, vou escrever uma reclamação à direcção da vida, que assim não pode ser. Mas é só cascar e dar estiva no lombo da malta? Ahhhhh já agora, era logo a primeira bola a sair do saco!

Posto isto, um feliz dia para todos. Viva a Primavera, que se esqueceu de ler o boletim informativo e o correio, e ainda não deu a cara nem tão cedo parece que vai dar o ar da sua graça.

Isto haveria de bater de alguma forma...

frito e escorrido por Peixe Frito, 16.03.22

Não sei que se passa. Se será da chuva - falta dela - se será do vento - que até sopra - ou se é mesmo algum parafuso solto, mas a verdade é que ao olhar para a rua, anda-me a dar o saudosismo de quando bebia tang laranja, em miúda. Aparentemente, do nada urge essa vontade.

Tal como acho que o bronze à Donald Trump, deu um novo significado ao padrão "camuflado" ou, especificamente, à técnica de "camuflagem": Pode andar descansado pelas ruas de Portugal, que ninguém o vê. Talvez assustar um ou outro pois vai parecer que a franja anda a pairar pelo ar, mas fora isso, é bafejado por um mesclar no meio que o rodeia, quase tão eficaz como as capas dos elfos de Lothlórien.

No meio isto tudo, acho que estou mesmo é a precisar de óculos.