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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Mas que verdadeiras mãos de fada, ó senhora!

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.04.22

Tenho a pancada de fazer coisas caseiras - ainda ninguém tinha notado, o post das bananas passou ao lado - Sou adepta das coisitas feitas e confeccionadas em casa, daquelas que é melhor o grão cozido por nós e não o de produção industrial, assim como molhos, doces e compotas, sei lá eu que mais... aliás sei, eu é que não estou para estar aqui a enumerar tudo, tenho mais que fazer - qualquer dia, até as minhas roupas faço, com tecido produzido a partir de fibras de folhas de plantas, vou verdadeiramente parecer a Jane. Ao menos, com as lavagens, a traparia vai hidratando e até poderei ser presenteada com o florir de um dente-de-leão, algures na roupa. Ou daquelas coisas que se fumam, se fôr tecido de cânhamo. Aparte: se imaginassem a quantidade de piadas bardajolas que me passaram pela cabeça, desde o uso da palavra "desabrochar" ao me lembrar da música e anedota do canguru que tinha a flor na bochecha ou quantos pêlos têm ele no nariz...? Adiante!! - ontem decidi fazer pizza para o jantar. Mas não uma pizza qualquer! - no fundo no fundo, era com o que havia no frigorífico - Pizza caseira! Amassar a massa e todas essas coisinhas maravilhosas que nos fazem exercitar sem termos de ir ao ginásio e que consegue encher a cozinha de farinha até no sítio mais recôndito da bancada, por muito cuidado que se tenha. Para mim, a farinha é bicho selvagem: temos de ter cuidado, não respirar muito nem fazer barulho, e especial cuidado com o contacto visual, que ela esparrama-se logo, principalmente para onde não queremos que ela se expanda. Há que manusear com cuidado e suster a respiração, ter óculos de sol de lentes espelhadas, para a bicha não se espantar. Tudo muito controlado. Ora, lá fiz a massa e o respectivo recheio com molho de tomate - de compra - cogumelos laminados - frescos mas de compra - queijo ralado - de compra - espinafres - bebé, lavado, pronto a usar... de compra - e orégano  - de...? Compraaaaaaa!! Ainda bem que sou adepta de coisas caseiras - e meti a bicha a assar no forno. Só tenho uma coisa a dizer: Depois de assada, que linda ela estava! Eu até me dei ao trabalho de fazer desenhinhos com os ingredientes e tudo. Sim, estava um primor e eu esmerei-me. Decididamente, dei tudo na decoração desta pizza. Incluindo os olhos para a farinha  polvilhar. Quando a provo, o tempo desacelerou, tudo ficou em câmara lenta, ouvi harpas dos anjos, cânticos celestiais, juro que saiu um arco-íris dos meus olhos e era só raios de sol em minha volta. As minhas papilas gustativas abraçavam-se, choravam de alegria, nem queriam acreditar naquilo que estavam a viver e presenciar. Como era possível uma paparoca daquele calibre? Como? Só podia estar guardada pelos anjos, numa ilha remota, dentro de um baú vazio, enterrado na areia! A minha vontade foi de largar tudo e abrir uma roulotte de pizzas - a aquela hora não dava lá muito jeito e estava frio, eu de pijama e assim, agora vestir novamente? meh!! - e também me bateu de rompante em pegar na pizza e sair para a rua, dando pedacinhos a todas as pessoas com quem me cruzasse, para lhes dar um pouco de felicidade e cor aos seus dias cinzentos, mudando a sua existência para todo o sempre. É que foi uma pizza mudadora de vidas, acreditem. Eu hoje não sou a mesma! Nem dá para explicar! No meio disto tudo, como viram, os ingredientes são simples, singelos, corriqueiros, nada de extraordinários, fazendo assim tudo ainda mais um ficheiro digno dos ficheiros secretos a ser investigado por Fox Mulder e Dana Scully. Mas eu sei qual o ingrediente secreto, sabem qual é? Nada têm a ver com a decoração linda e maravilhosa que fiz, até soltei uma lágrima ao fatiar a pizza, nem a ver com eu não ter lavado as mãos desde que saí de manhã de casa até depois da confecção da pizza, nem com o facto de ter ido pôr o lixo fora e ter mexido em todas as maçanetas que passei até lá, incluindo a tampa do caixote, nem com o aspecto de ter terra debaixo das unhas por ter estado a jardinar, ano passado! É de mim. Pá, é de mim. O ingrediente secreto, sou eu. O amor que debitei ao amassar a massa. Agora sim, compreendo perfeitamente o pai do Po, do Panda do Kung Fu. O amor faz milagres. Torna tudo maravilhoso. Menos o tentar aspirar e limpar a farinha das bancadas e dos tapetes, bem como tornar uma máscara de banana funcional, sem emaranhar a piruca às pessoas. Mas torna sim. Ou é isso, ou levei com demasiada farinha na fronha. O que não pode ser posto de fora. Embora eu ache que se estar com fome, possa contribuir com o aumento da maravilhosidade de uma refeição. Digo eu, só de surra. Não tirando o mérito às minhas mãos de fada e ao meu ser, que pelos vistos, encantou a massa da pizza.

Acho que tenho de ponderar em mudar de área e me dedicar às pizzas. Á fome, não desfaleço. Ao menos isso. Agora de resto... quem sabe??

Just shoot me, please.

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.05.13

  Hoje, logo pela matina:

 

  - Ah Peixa, mas esse sushi fica ali no restaurante tal que fechou e agora é um italiano?
  - Italiano?... {#emotions_dlg.confused} Não. É num restaurante que fica mais para ali além.
  - Um chinês?
  - Não... Um japonês.
  - Pois, isso.


  Oh pá... Eu sei que há "misturas" estranhas de restaurantes, desde um indiano servir comida italiana além da indiana e restaurantes chineses servirem também sushi, mas agora confundir sushi com gastronomia italiana... é muito à frente para mim.

Esta malta pá... O pessoal bem que se esforça...! ^.^

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.10.11

   Tal como as revistas de culinária, que a maioria do gajedo compra e nunca se lembra de usar, os programas de culinária têm praticamente a mesma utilidade. Ora, falo por mim. Adoro ver o Ingrediente Secreto, o Jamie Oliver, a Nigella, Em forma na Cozinha e até o Master Chef. Agora perguntem-me se alguma vez esta alminha cozinhou alguma das receitas que viu? - Bem na realidade cozinhei duas receitas... ao fim destes anos todos a assistir assiduamente os programas de culinária - Podemos ver as receitas mais fáceis, saborosas, deliciosas, mas daí até fazê-las... Farto-me de ouvir, e fazer, o comentário: "Eh pá... aquilo parece mesmo bom. Tenho de experimentar a fazer!" e pimbas...!! Está de gesso, pois está claro!

    Jamie Oliver e Em forma na Cozinha, podem esforçar-se o que quiserem para os espectadores alterarem os seus hábitos alimentares, que na realidade, a maioria nem sequer anota as receitas. Se forem como eu, até estamos a assistir ao programa com uma boa taça de gelado ou a roer um belo de um snickers...!!

    

Este ao menos não cheira a chulé e vêm com extra :)

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.09.11

   

  Existem culturas estranhas. Muito estranhas. Mas muito muito estranhas mesmo - pelo menos para mim, claro. O que devem algumas criaturas pensar de mim igualmente? - Essencialmente, gostos estranhos. E porque digo isto, ora porque uns têm na sua gastronomia iguarias como aranhas (ui tanta chicha naqueles ossinhos), centopeias (deve de dar um bocado de trabalho roer aquelas patas todas), percevejos, grilos (estes dão-nos música), escorpiões (estes devem picar um pouco a língua, não sei, digo eu), minhocas (dizem que têm poucas calorias, o que não é mau de todo), larvas (recheio cremosoooooo nhamyyy), gafanhotos (bem que os gatos já tinham entendido isso, apesar de não serem fritos, de serem ingeridos e "processados" au natural - estavam à espera de quê? Os gatos não sabem fazer uma fogueira, e por motivos óbvios: se se descuidam, ainda são eles que lá vão parar), aproveitando a referência, gatos (há quem goste com batatas eheh :D), canitos, ratos... enfim um grande rol de pitéus, de manjares dos deuses. Ao fim ao cabo, também nós acabamos por ter uma cultura estranha: comemos caracóis, caracoletas ranhosas (aiiiii que boooom), ouriços, cágados, rãs, cobras (sim amigos, fritinhas ai não que não marcham ;)), porquinho-da-índia, as entranhas dos animais, usamos sangue dos mesmos para fazermos um arrozinho, aproveitamos também o rabo do boi para sopa, língua e as patas das vacas, patas dos porcos, das galinhas (adorooooooo), coirato do réco, cabeças e mioleira de cabrito também... Imaginação para utilizar e aproveitar todas as partes de um animal não nos faltam. Ainda assim, há uma coisa que a mim me faz mais espécime do que todas as acima referidas (tirando o comer gato e cão): comermos queijo com bolor. Sim, somos capazes de torcer o nariz, feitos dondocas e armados ao pingarelho, com a mania que os chatos andam de avião, frente às opções gastronómicas de outras culturas, e depois andamos a comer queijo com bolor. Sem referir nem aprofundar, o comermos queijo que cheira a chulé. Questiono-me da origem deste queijo. Ok, o mais natural é que alguém deixou estragar o queijo na época ou então puro e simplesmente as poupanças não eram muitas, e lá se tinha que aproveitar tudo o que se tinha em casa. Mesmo assim, corajoso aquele que comeu o queijo cheio de bolor. Só de pensar, que quando o queijo que está no frigorífico ganha bolor, as pessoas os mandam fora... provavelmente estão a perder uma experiência única na vida, daquelas assim que nos fazem levitar do chão, ver o mundo com novas cores e as paredes falarem connosco (estas últimas duas apenas se poderão eventualmente concretizar, quando o queijo já têm cogumelos mesmo, digo eu!) ou então daquelas experiências em que temos de colocar uma almofada na casa-de-banho e ficamos a conhecer a poltrona lá de casa com todos os pormenores ínfimos dela.

  Admito que tenho curiosidade em degustar pratos exóticos. Numa futura viagem pela Ásia, irão ver-me a roer ou um gafanhotozito ou uma aranhita na certa. Não fosse eu uma das personagem a adorar queijo roquefort, cheiiinho de bolor... nhammm... Agora cão e gato... não me convidem.

Sempre a aprender, porque saber não ocupa lugar!

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.07.11

   Ultimamente, tenho enriquecido o meu conhecimento de pratos gastronómicos. Cada dia que passa, há pelo menos um que eu não conheço. E isto porquê? É tudo graças à cozinha-de-fusão de uma equipe de uma  cozinheira transmontana ou que raio é a senhora e de uma cozinheira angolana, inspirados certamente, em vários pratos da gastronomia portuguesa. Aqui há dias, havia "impadão de carne", "amburga grelhada", "bifi de frango" e até "espetada shikjnfuhufbnhiu" - escusado será dizer, que ninguém percebeu que tipo de espetada era... Ninguém fala aquele dialecto. Exótica era de certeza absoluta. Deve ser para alguém que gosta de desafios.  Uma coisa é certa: suscitam-nos sempre curiosidade, nem que seja pelo facto de nos fazer exercitar o tico & o teco, para descobrirmos o que será aquele prato.

    No meio destes pratos magníficos, esplêndidos, autênticos gourmet, fiquei a saber que tenho um primo novo. No menú estava, para amanhã, "Pespada frito"...!

    Este é que eu não conhecia mesmo... :)

Uau... que mágico!

frito e escorrido por Peixe Frito, 21.03.11

   Noite agradável... Lua cheia a iluminar as copas das árvores, as plantas... os grilos a cantarem de fundo (ou seriam os ralos??)... o chão a reflectir uns desenhos abstractos, uns brilhos lindos e fantásticos nas pedras da calçada... Pára tudo!! Brilhos na pedras da calçada?? Sim, brilhos nas pedras da calçada! Ao que parece, até os caracóis decidiram dar o seu contributo romântico, para esta primeira noite primaveril: andaram a encher tudo de ranhoca!!

   E são uns verdadeiros artistas, os bicharocos! Mas sinceramente, prefiro é vê-los a fazerem desenhos de outra maneira: assadinhos na brasa, e a darem o seu contributo artístico no molho de manteiga e limão...!! :D