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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Isto de ser "Bio", têm muito que se lhe diga.

frito e escorrido por Peixe Frito, 06.02.19

Ora, quando vou às compras e tenho oportunidade - e acho que o preço não me vai fazer hipotecar a casa, vender sangue, um rim, por a render o gato, o cão e o periquito e que os peixes vão ter de comer menos floquinhos por semana - costumo adquirir alimentos designados por "bio". Há uns tempos, comprei lentilhas. E lá estavam elas, airosas na sua embalagem a fazerem pirraça a todas as alminhas que eu tirava nas suas imediações e elas ali intocáveis, até que eu decidi fazer kichadi, ir fuçar na dispensa e encontrar as criaturas - ah pois é, bebé. Não ia durar para sempre o reinado da lentilha na minha dispensa.

Procedimento normal antes de as cozinhar: por de molho de um dia para o outro, juntamente com o basmati. Nada a aprontar, até que, começo a ver as impurezas das lentilhas. Meus amigos produtores de coisas "bio", eu acredito que elas são "bio" se lá estiver o selo, descrição da produção ou outras informações que normalmente os produtos "bio" de verdade têm. Agora, não é necessário incluírem nas embalagens desses produtos, serugas, pedacinhos de palhas, talvez ali um cadáver ou outro de insectos, fora a típica "sujidade" que estes cereais e leguminosas têm, que é normal, só para de facto provarem que é "bio", está bem? Eu, Peixa Maria, acredito em vocês e que não me estão a indrominar a dizerem que é "bio" mas que depois enchem tudo de pesticidas químicos, usam transgénicos e que afinal cultivam as lentilhas nas traseiras da fábrica, porque é mais fácil de processar o circuito fabril e de produção das mesmas.

Têm o seu charme, algo "bio" mostrar que vêm da terra, cultivo natural! Então não têm? Mas em produto embalado, ter terras, palhas e cenices em dose industrial, faz-me pensar que paguei mais pela terra e coisas - há quem venda ar, porque não comprarmos terra assim - do que pelas lentilhas.

Fica aqui o meu pedido de atenção em relação a isso. Continuo a adorar-vos a todos, a consumir os vossos produtos e acreditar na vossa honestidade em serem "bio" - mas menos evidências, está bem? Não é preciso se esforçarem tanto, como um adolescente a querer ser aceite num grupo pelos outros.

Posto isto, como mencionei bichos mortos - bichos mortos? Aonde?? - vai na sequência da linha de pensamento...

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...que dead bug yoga me soa mesmo bem!

 

O nosso amor é fatal...!

frito e escorrido por Peixe Frito, 01.03.12

 

 Pois é. Para quem acompanha aqui a fritadeira a algum tempo, de certo saberá o meu tórrido romance amor-ódio com as moscas e bichos alados (aqui e aqui também). Eu sou uma Peixa com muito bom coração. A sério que sou. (música instrumental de fundo, com violinos e harpas e tal) Se eu vejo o raio de um bicho de conta de patitas para o ar - como já mencionei ai pela fritadeira milhentas vezes -  assim desesperado a tentar virar-se e, obviamente, não está a ter nenhum sucesso, eu páro, olho para o bicho e pimbas... barbatana em cima! Não não, estou a brincar, dou-me ao trabalho de virar o bicho para ele continuar o seu caminho. Até apanho as aranhas e as coloco na rua. A sério, vão por mim - Ai Peixa, és tão fofinhaaaa... Uma jóia de moça! - Sou assim tótó, que querem? Sem ser novidade para ninguém, o mesmo não se aplicaria se fosse uma mosca ou uma melga nas mesmas circunstâncias - ok, se uma destas criaturas se encontrasse de patas para o ar, naturalmente que já tinha ido às couves, e eu não teria muito mais a acrescentar, pelo menos algo que me preenchesse. Há quem use a expressão: "Eu não faço mal nem a uma mosca!" Eu sou ao contrário: não faço mal a nada excepto às moscas!! Não sou espécime que "embirre" com alguma coisa, assim do nada. Isto já é uma relação amorosa de há anos e anos e anos. 

   Ainda no outro dia, arejei o aquário: abri as janelas todas durante um tempo - ou era da minha vista ou o ar estava a ficar verde ;D. Antes de me ir deitar no meu leito de beleza e conforto, fechei as janelas. Enfio-me na "anémona" e "ahhhhh que bueno. É Kinder é bueno!" - sim, costumo dizer esta idiotice - desligo a luz e afofo-me.  Não tarda e oiço um "Bzzzzzzzzzzzz" irritante até à quinta casa. "Eh pá, não acredito... é que não pode ser uma porra de uma mosca... ACABEI DE ME DEITAR!" - Tradução: "RAIOS PARTAM QUE SE TE APANHO FAÇO-TE EM FANICOS!", é que eu não descanso enquanto não encontrar a criatura. Vejo todos os cantinhos do aquário minuciosamente. Nem quando estou armada em fada-do-lar vejo as coisas assim tão ao pormenor diga-se de passagem, transforma-se numa busca assim similar à da ovelhinha amarela, mas adiante -  Ao avaliar pela música que me estava a dar, deduzi que era uma varejeira... ui se há algo que me aquece o sangue e o faz borbulhar... é exactamente uma varejeira.

   Lá andei e dei com ela. Arrefinfei-lhe uma e outra, mas a magana não dava o braço a torcer e continuava a zombar de mim. Continuou a saga. Até me dei ao trabalho de usar a mão tipo "raquete" - olhem que é uma boa estratégia: esperar que ela venha e pimbas arrefinfar-lhe uma solha no preciso momento em que ela vai a passar por nós - Não contente, passei a usar uma almofada - a margem de erro é menor. Fatalmente, pousou num dos meus cortinados e eu bati palmas. Ensanduichei-a, pois bem. E pronto, dei cabo dela. Foi uma morte bonita e honrada. Feliz da vida, fui-me deitar.

   Nem sempre tenho vontade de as mandar ao jardim das tabuletas, por vezes limito-me a dar-lhes uma pancadinha de amor (como às formigas que me torraram o juízo uma vez)... É vê-las pousadas no vidro, e vai de lhes dar uma cacetadinha de amor, como se estivesse a jogar ao guelas. 

    Depois de reler este post, apenas concluo que:

    1.º Por falar em moscas, há uma que irritantemente está a zumbir algures e eu ainda não descobri onde ela está - não vai ser por muito tempo;

    2.º Apetecia-me apanhar sol, mas infelizmente o céu está meio encoberto e já se fala do regresso da chuva;

    3.º Mesmo estando prestes a adquirir mais uma ruga, as mesmas não fazem justiça à minha maturidade.

 

    Bicho-de-conta palmado da net.

Vai um faganhoto flitinho?

frito e escorrido por Peixe Frito, 02.07.08

    Adoro as férias... Praia, descanso... Relax. A euforia de fazer as malas, ver se não nos esquecemos de nada (acabamos sempre por nos esquecer de algo), e a pressa de partir. Metemos as malitas no bogas, e toca a ir encher o depósito. Ah, mas já que vamos atestar o depósito, lavamos também o carro! Que maravilha, ver o bólide lavadinho, a brilhar... Mas lavar para quê?? Só é desperdício de água, tempo e dinheiro! (não, não me estou a referir a lavar o carro e depois chover) Quando chegamos ao destino, e saimos do carro, parece que estamos a ver um filme de terror! Só cadáveres de insectos, das mais variadas raças, feitios e tamanhos (para todos os gostos), esborrachados e coladinhos no nosso carrinho "lavadinho" (o carro que era branco, passou a ser um dálmata com tantas pintas)... O pior de tudo, é conseguir tirar os restos mortais dos ditos... Se vamos ao "Elefante Azul",  ainda arrancamos a tinta do carro, de tanto tentar tirar a patinha do mosquito, que ficou colada! E fica sempre uma réstia do género "Gafanhoto esteve aqui" (como escrito nos bus e comboios)... Com o que pagamos nas portagens, ao menos podiam fazer uma rede "insectal" electrificada, em volta da estrada. Assim, tipo gaiola... Não havia insecto que resistisse.

    Acho bem que os chineses os comam! Se não, pelo andar da carruagem, os nossos porta-chaves viram mata-moscas, e toda a gente começa a andar com saquitos de água em cima da cabeça!