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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Acho que o caso não é dor de protuberâncias do crânio... digo eu.

frito e escorrido por Peixe Frito, 25.11.21

Em dias de frio, chuva e vento forte ou moderado advindo das terras altas ou baixas ou de estatura média, ouvir o vizinho a desfrutar de um belo fado, enquanto solda peças.

Ninguém fica indiferente ao fado que o fado nos transmite. Nem eu, que não ouço por hábito.

Só me faz pensar que as soldas hoje estão extra inspiradas ou que o trabalho é mesmo um grande pincel. Que isto está para fazer chorar as pedras da calçada. (*sons de martelada*) Ao menos, expurga os demónios 

O meu ode aos coninhas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.06.21

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Pois é. Eu lá estava longe de alguma vez voltar a meditar acerca deste assunto, dado que os coninhas aqui pela blogosfera pareciam estar em vias de extinção ou estavam a sofrer de amnésia não se lembrando deste blog, artroses nos dedos que não possibilitavam escreverem o endereço ou algum problema vocal, que não os deixava dizer à Siri qual a página web que queriam visitar. Atendam, que não andam por aqui haters - tinham bom remédio, na verdade - mas a questão é quando encontramos os coninhas ao vivo e a cores, no meio do nosso círculo de amigos, vindos de onde menos se esperava.

Supostamente, se as pessoas se dão, algo hão-de ter em comum! Nem que seja só o gosto por comerem tremoços e beberem uma mini fresquinha à beira mar ou umas asinhas picantes daquela cadeia de fast food, que toda a gente sabe qual é. Porém, no que toca a sentido de humor, até a malta mais descontraída, porreira, com suposto sentido de humor e encaixe, alberga um coninhas bem refundido (não onde o sol não brilha, embora em alguns casos, deve ser onde essa criatura habita) que aparece assim de uma maneira, que uma pessoa fica sem saber ler nem escrever, tal a surpresa. É ver os coninhas a começarem a vir à pele, como se viessem do submundo das grutas, debaixo da lama, a brotarem que nem cogumelos bafientos, lentamente saindo dos entrefolhos lodais da alma de cada um, vindo à superfície, fechando os olhos por terem reacção à luz do sol - é legítimo, dado que se escondem tão bem que nem animais anti-sociais - emergindo como um Kraken sedento de justificações e apresentando a jurisdição dele à polícia marítima, passando multas aos pescadores pelo excesso de corda na âncora ou porque apanharam uma alforreca no meio da sardinha e porque levam algas no casco e mexilhões a viajarem à boleia, ilegais.

Meus amores, eu hoje até estou de bom humor e isto de facto só me espicaça mais a minha veia humorística, por isso venho aqui agradecer públicamente o quanto os coninhas contribuem para o crescimento do meu sentido de humor pois só me fazem inspirar mais, a mente encontrar coisinhas para vos torrar a cabeça e exercitar o meu sarcasmo, que têm andado meio ferrugento, diga-se de passagem. Precisa de ir ao ginásio exercitar as perninhas e os abdominais e não há nada equiparado à ofensa dos coninhas, aquando eu mando uma laracha que não é para eles, nada têm a ver com eles e a carapuça lhes serve, a luva assenta na perfeição, ui que aquele fato foi mesmo à medida para aquele cabeção ou mesmo que seja uma piada leve para eles directamente - não mando indirectas - e eles agem como se eu tivesse morto alguém, esfaqueado trezentas vezes um peixinho dourado indefeso e incauto e que tivesse ladrado a um gatinho bébé, lhe causando um susto tão grande que o gatinho dava um saltinho e ia embora à vida dele.

Vos agradeço de coração. Mas mesmo. Se não conseguem discernir o humor de de facto alguém querer ofender alguém, não vos posso ajudar em relação a isso. Talvez não lerem as coisas que escrevo ou não levarem tudo a peito e acharem que tudo é sobre vocês e que Copérnico estava errado pois os planetas não giram em volta do sol mas sim do vosso magnífico espécime coninhas ou então, o mais fácil ainda: não falarem comigo, migrando para outras bandas bem longe, se indo encher de moscas e para cheirarem mal à vontade, porque às vezes não há ambientadores que vos valham, tal o tufo agreste a coisas menos agradáveis para o nosso olfacto, fazendo uma reaccção alérgica ou até, em vários casos, os macacos do nariz fazem um bloqueio como os castores nos rios, mas com o intuito de não permitirem sentir os aromas que essas pessoas exalam, tal a conhinhice que emanam.

Posto isto e porque sou boa moça, disponibilizo o coninhas report para quem quiser preencher, imprimir as vezes que quiser mas lembrem sempre das árvores e do ambiente, mas como bons coninhas, com certeza que sabem de cor e salteado a poluição que é imprimir, o que faz às árvores, a pegada ecológica, problemas ao cão e ao gato e ao piriquito! Posteriormente, podem enviar para o raio que vos parta.

coninhasreport.jpg

O mundo sem coninhas não tinha graça, perdia o brilho, o interesse, as musas ficavam no desemprego, a inspiração sumia no ar, tudo mas tudo perdia a cor. Agradecida a todos os coninhas da minha vida, por me fazerem quem sou. Continuo a adorar-vos - sem sarcasmo - e a ter paciência para lidar com os vossos amuos, vos sorrindo e mandando beijinhos, como usual.

Ah! E escrevendo sobre vocês... claro. Mas acho que isso nem era preciso dizer!

A sacana é danada.

frito e escorrido por Peixe Frito, 26.01.21

Uma pessoa está à espera que a musa apareça, dê o ar da sua graça, a fim de se inspirar quer para escrever quer para desenhar. Se eu tivesse de apostar o que a minha anda a pintar, seria ela assim como a protagonista principal deste videoclip do Michael Jackson.

"Your Butt Is Mine
Gonna Take You Right
Just Show Your Face
In Broad Daylight
I'm Telling You
On How I Feel
Gonna Hurt Your Mind
Don't Shoot To Kill
Come On, Come On,
Lay It On Me All Right
I'm Giving You
On Count Of Three
To Show Your Stuff
Or Let It Be
I'm Telling You
Just Watch Your Mouth
I Know Your Game
What You're About
Well They Say The Sky's
The Limit
And To Me That's Really True
But My Friend You Have
Seen Nothing
Just Wait 'Til I Get Through
Because I'm Bad, I'm Bad-
Come On
(Bad Bad-Really, Really Bad)
You Know I'm Bad, I'm Bad-
You Know It
(Bad Bad-Really, Really Bad)
You Know I'm Bad, I'm Bad-
Come On, You Know
(Bad Bad-Really, Really Bad)
And The Whole World Has To
Answer Right Now
Just To Tell You Once Again,
Who's Bad . . ."
 

Mas eu acho que a malandra fez mesmo foi as malinhas e está em confinamento no raio que a parta, quando mais a cantar e coreografar - capaz disso era a menina... que eu bem que a conheço.

Quem é vivo sempre aparece...

frito e escorrido por Peixe Frito, 29.09.20

... sempre ouvi dizer. Até quem não é vivo, como é o caso dos fantasmas né, que vêem de lá de não-sei-de-onde onde Judas perdeu as botas, para lá de Bagdad e que estão a fazer tijolo há algum tempo. Alguns desconfio, que ajudam na reparação da muralha da China.

Independentemente do que for, é mesmo isso: a Peixa ainda respira.

Com tempos covideanos, com os isolamentos e distanciamentos sociais, as matérias primas aqui da fritadeira têem escasseado: problemas com os fornecedores do óleo, que não conseguem expedir o óleo do país de origem, aos correios não entregarem as encomendas em dia ou as mesmas serem extraviadas. Sem abordar o tema que a minha inspiração têm sofrido imenso com isto: com o isolamento e distanciamento social, uns lucraram porque se afastaram de mim mas eu fiquei sem contacto com as minhas musas inspiradoras. Não está certo. Demonstro aqui o meu desagrado.

Porém, hoje - esta é fresca - fez-se luz aqui na cachimónia e decidi pedir uma coisa aos meus leitores, de modo a eu me inspirar e ver o que sai daqui: Todas as semanas tenciono escrever um post sobre algo específico. Seja o ar, o vento, as batatas, as cuecas ou até... até... de olhem, sei lá. E em que é que vocês entram na cenaice? Gostava que me dessem palavras chave para eu desenvolver e escrever sobre isso. Que vos parece? Nada de situações nem contexto nem nada, que possam influênciar a minha musa. E depois de lerem o meu post, me dêem o feedback se era naquilo que pensavam quando deram a palavra chave ou se eu de facto, dei demasiadas asas ao devaneio.

Não tenham altas expectativas de brilhanteza de texto, que vai ser como me bater o sol e onde (esperemos que nas costas, porque se for na cabeça, queima mais ainda os macacos-do-sótão).

Agradeço desde já as ideias que me possam dar, são todas bem-vindas (quase todas... só digo isto para ser simpática, já sabem quanto a casa gasta).

 

E saudades vossas!!

Beijocas aquáticas

Peixa.

 

Pré-desafio | "Os Pássaros"

frito e escorrido por Peixe Frito, 04.09.19

Sou espontânea e aderir a este desafio é a prova disso! Não pensei muito sobre a situação, porém após reunião com convocação de última da hora com o meu tico e teco, concordámos que um desafio é sempre bem-vindo. Desde - desde! - que estimule a parvalheira que habita na cabecinha deste ser e que faça os macaquinhos-do-sótão andarem na loucura, em busca da sua musa inspiradora, que nos entretantos já deve ter feito as malas e ter ido habitar para outra cabeça mais sensata. Além disso tudo, vai ser lindo para alguém que fala pelos cotovelos e escreve como tal, me resumir a algumas palavras. Já me estou a ver (*nuvem em cima da cabeça comigo a roer as escamas em frente ao monitor*) a contar baixinho as palavritas e a resumir tudo, de modo a que sendo espremido, saia algum sumo. Deus me ajude. Até porque matemática nunca foi o meu forte. Eu é mais bolos mesmo. Bolachas. Eu é rir e comer bolachas. E, by the way... será que se-eu-escrever-assim-desta-maneira-apenas-conta-como-uma-palavra-e-não-como-várias-a-fazer-um-lindo-de-um-comboio-digno-de-festinhas-da-aldeia-ao-som-de-um-mega-hit-pimba? Fica a questão no ar.
E se esperam posts cheios de conteúdo e dignos de se retirarem excertos para memes inteligentes... Vamos torcer todos por isso! Pelo sim pelo não, sentem-se. Não quero que se cansem de estar de pé, à espera que tal situação de facto aconteça!
Grata aos Pássaros pelo desafio!

O que uma noite bem dormida pode fazer à mais inocente das alminhas.

frito e escorrido por Peixe Frito, 10.01.19

 

Poema de hoje, maravilhoso e fantástico, mega inspired, com direito a Podcast e tudo - vêm mesmo assim das entranhas do meu ser:

 

É a cama quentinha,

É a friasca de sair dos lençóis afofada.

É a banhoca da boa no corpo molenga,

É a bota com fecho estragado, calçada.

 

É acordar sem olhos de panda,

É a pele espectacular,

É estar a por o rímel,

e toda a pálpebra esborratar.

 

É o cabelo encaracolado,

carradas de amaciador para o domar,

É o secá-lo com todo o cuidado,

E chegar á rua e ele num ninho de ratos, se tornar.

 

É o cheiro a tabaco no andar,

É o cheiro do saco do lixo,

É o cheiro do pequeno almoço do vizinho debaixo,

Era torrada ou pão com chouriço.

 

É gelo em cima das folhas de manhã,

É a frisca ao entrar no carro.

É o ficar com a mão molhada da porta,

É não ter um pano enxugado.

 

É o sol a brilhar sem nuvens,

bem forte baixo no céu.

Sou eu a ficar encandeada e não ver um cú,

Nem óculos de sol me valeu.

 

É eu ter dormido bem,

É estar extra bem humorada,

Fico assim neste estado,

Inspirada e maravilhada,

Em que até me apetece, admirada

cantar o belo do fado.

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O meu pai.

frito e escorrido por Peixe Frito, 19.03.18

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Não tenho por hábito escrever por aí sobre os temas em voga, nomeadamente neste caso específico, ser Dia do Pai. Ora, como eu fui educada, é um dia como outro qualquer. Na verdade, segundo os meus pais, dia do pai ou da mãe é todos os dias - tirando o dia da criança... esse sim a prendinha tinha de ser garantida para os piolhos, não havia cá merdas coisas.

Só escrevo este post, porque eu realmente sou como sou, graças ao Pai Adamastor. Não, não me vou por aqui com agradecimentos e essas mariquices, com histórias de emocionar as pedras da calçada. Não é o meu estilo. Ainda mais porque ele nem vai ler, por isso qual o intuito de escrever algo a agradecer a alguém ou o que for, quando a pessoa nunca vai ver ou ler aquilo? Não iria passar o mínimo cartão. E além disso, eu sou mais de demonstrar agradecimento e carinho, de outras maneiras, quer seja a ir à quintinha comprar legumes, encher-me de lama até aos joelhos e lhe trazer beterrabas que ele tanto gosta. Ou de lhe levar para o aquário mor, frascos de doce ou compota, que eu fiz e que sei que ele adora comer aquilo quase à colher racionadamente barrado na sandocha.

Dito isto e aqui vai a razão de escrever este post, é que é mesmo verdade, sou como sou graças ao pai Adamastor. Foi pelo modo como ele sempre têm sido para mim, que eu cresci meio arrapazada, com um mau génio característico do cardume, sentido de humor sarcástico apurado e expressões que não lembram nem aos diabos, fazendo parecer que temos um dialecto próprio entre as criaturas do cardume.

Sejam as aventuras inspiradamente cómicas que ele sempre partilhou com a família, com a sua maneira sui generis de contar, nos fazendo rir dos arrepios-de-vergonha-alheia que ele nos transmite com as figurinhas que fez/faz, na maior das descontracções como se fosse tudo o mais natural possível, encorajando-nos a todos, a sermos nós próprios, não importando o que é que os outros pensam ou deixam de pensar.

É com carinho que recordo momentos como ele largar uma silenciosa nada silenciosa na sala, alguém dizer:

- hey pai... que tufoooooo.

ao que ele respondeu: Eu?? Foste mas foste tu, filha Peixa. 

- Pois está claro, está na cara que fui eu. Tenho desses hábitos em público.

E ele se ir embora a rir tipo Mutley.

Ou situações, também envolvendo gases - é mera coincidência, mas histórias de gases é coisa que não falta na família - como irmos de viagem em férias e termos chegado a uma barragem quase deserta, lá para o Norte, e mal parámos, o Pai Adamastor sai disparado do meu Peixmóbil (mal me deixou parar o carro) e ouve-se uma vuvuzela na rua. Além da coisa gasosa que ele expeliu, aquilo fez um mega eco com a barragem. Resultado: O Pai Adamastor com ar aliviado e a dizer: "Ahhhh já não me estava a aguentar mais (felizmente foi na rua, senão desfaleciamos todos dentro do carro e não estava aqui hoje a contar esta história) que granda bujarda!!" e estava um casalinho a namorar a olhar a paisagem, a rapariga fugiu logo dali enojada a olhar para o Pai Adamastor e o rapaz a rir-se todo divertido com aquilo.

Como as histórias acima, há "n" mais durante a minha vida.

O belo hábito que temos de contar/reviver esses episódios em família, nos nossos almoços ou jantares, não tendo a mínima vergonha de partilhar as coisas tal como elas foram, por muito que muita gente não tivesse a mínima coragem de as partilhar, tal fossem as figurinhas.

Não, eu não tenho o hábito de largar ambientadores gasosos de cebola biológicos onde ando, mas não há a mínima dúvida que falo e me expresso muito como o Pai Adamastor. É mesmo caso de dizer que quem sai aos seus não é de Genébra.

Por isso, se alguém têm alguma coisa a agradecer ao meu paizão, são mesmo os leitores aqui da fritadeira. Se não fosse o modo como fui educada, croma ao mais alto nível, sem vergonha de contar as minhas peripécias por muito que algumas pareçam saídas de um filme ou de partilhar os meus pensamentos mega geniais, aqui a fritadeira não existia nos moldes em que a conhecemos. Na sua parvalheira sublime e absoluta.

Dito isto, grande pai Adamastor