Não há nada como estar a crescer e descobrir o mundo que nos rodeia.
Dediquei-me ligeiramente à jardináge este fim-de-semana, acompanhada pela cú rabinho pequeno. Entre eu lhe explicar para não puxar os frutos das roseiras, que ainda se picava e porque assim magoava as plantas, começaram a surgir as perguntas... pois está claro.
- Ó tia Peixa, e como é que as plantinhas conseguem buber se não têm boca??
E como lhe explicar isto, de modo que fizesse sentido? Lá comparei as raízes das plantas a esponjas, que absorviam a água que se lhe punha na terra.
Também a ensinei a não chatear as lagartas, que mais tarde iriam fazer um casulinho, quentinhas, e se transformariam em lindas borboletas. Ficou séria a olhar para a lagarta. Devia de estar a pensar como é que aquilo se ia tranformar numa borboleta. Ao menos, não é como o irmão em pequeno:
Frente a um formigueiro, que encontrou quando íamos na serra:
- Lagartixa, anda para aqui, deixa as formigas.
E ele vai, observa, observa e observa.
- Lagartixa! Anda, vamos, deixa as bichas sossegadas!
Pois quando se deu por ele, estava a saltar em cima do formigueiro, pois não descansou enquanto não as pisasse.
E eu, a pau com as criaturas especialmente com o espécime mais recente, estava sempre a controlá-la, não fosse ela dar uma trolitada na lagarta e a desgraçada mais tarde já nem podia ir fumar o seu narguilé em cima do cogumelo, descansada, sem um galo na testa.