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Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Ó da guarda, peixe frito!

Vai com arrozinho de tomate?

Métodos de sobrevivência que uma pessoa vai adquirindo ao longo da sua vida.

frito e escorrido por Peixe Frito, 17.12.21

Aparte da lanzeira, o meu método até hoje, têm sido bastante fiável.

Como sei eu como está o tempo na rua, acabadinha de acordar e sem pôr a peida fora das mantas? Qual ir à net e ver as previsões de meteorologia? Faço algo ainda mais fácil e simples: se tenho calor, está ameno. Se me apetece ficar enroscada nas mantas porque me sinto quentinha e ali no bem bom, está frio - não uso aquecimentos em casa, felizmente o aquário não precisa dessas coisas, basto lá viver eu, uma brasa... a temperatura não oscila tirando quando vou tomar banho ou me empiriquito toda para sair - Como por vezes apenas nos fiando em uma confirmação pode dar asneira, utilizo outro método infalível: a temperatura do meu nariz. Apalpo a batatinha e é o óbvio: quentinha ou fria, tempo menos agradável. A vestimenta para o dia necessita de cachecol. Se estiver temperatura normal, dia solarengo. Há quem use termómetro, eu utilizo o nariz. Só não mostra a temperatura, mas acho que com uma actualização de sistema, me safo.

A terceira opção infalível, é fazer silêncio e tentar ouvir a passarada: se estiver dia propício a ficar quentinho, é ouvir a passarada feliz e contente; Se estiver sol mas fresco: poucos se ouvem na rua... normalmente, quase só o melro.

Nada como levantar e abrir a persiana a pensar que está dia quente e apanhar com um nevoeiro nas trombas... e achar que está um frio dos tomates e ver sol lindo a brilhar lá fora e a serra sem um pingo de neblina, após utilizar estes três métodos infalíveis. Nunca falham. Sinto-me uma verdadeira Bear Grylls das mantas!

O que faz o raio da preguiça e falta de vontade de uma pessoa se levantar...!! 

Totalmente solidária, mas amiga, nada posso fazer por ti.

frito e escorrido por Peixe Frito, 20.09.21

Dia da semana. Hora ainda por precisar mas pelo sentir, não muito longe da hora de levantar a peida da cama e partir o coração ao edredon.

"Ahhh santa porra. Que lanza. Hoje era mesmo daqueles dias em que trabalhava era na cama deitada, agarrada à almofada, a partir de sonhos".

E ouço a vizinha pequena do andar debaixo, em pleno pranto, a gritar:

- Não queroooooooo!! Não queroooooo!!!

- Mas ó não-sei-quantas, anda lá!! - dizia o progenitor visivelmente (visão raio-x através do chão) com aquele tom de é-melhor-que-mexas-a-peida-senão-estás-aqui-e-estás-ali.

- Não queroooooooo mas eu não querooooooo!!!! - e a choradeira continuava, tal como a expressão "vira o disco e toca o mesmo".

E eu, a assistir isto tudo do piso de cima, afofada nos lençóis e agarrada à bela da almofadinha, a constatar que eram seis e tal da manhã e que faltava para o meu despertador tocar e que ainda podia ficar mais um pouco na ronha.

Vida de adulto sucks mas de criança também não é fácil. Posto isto, espreguicei, virei para o outro lado e esparramei a aguardar a minha vez de não querer fazer porra nenhuma.

A almofada ficou num pranto a chorar por mim.

frito e escorrido por Peixe Frito, 23.04.18

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Isto hoje está assim. Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Esta expressa o meu sentir matinal de ser segunda feira de manhã, estar exageradamente em modo de  rabinho de sono, sair à rua com os pés pesados e ver nevoeiro cerrado temperado com chuva miudinha.

Fujam, que isto pega-se.

frito e escorrido por Peixe Frito, 13.03.18

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Santa paciência, que se há coisa difícil de parar é de bocejar.

Quando pega, não despega mais. Basta ver outro ser humano a bocejar ou ouvir o som de um bocejo... já foste.

Como eu te compreendo...

frito e escorrido por Peixe Frito, 07.02.12

    Que inveja... A vontade é a potes. Se bem que, com o vento que se faz sentir lá fora, não sei se hoje seria um bom dia para estar na lanzeira num ramo de uma árvore. Provavelmente bem amarradinha com uma corda, lá se dava um jeito.