O amor é mesmo cego. Ou então é o medo de levar uma carga de porrada.
Aparece uma colega no trabalho, cheia mas cheia mas cheia de base e carregadíssima de blush rosa. De tal maneira que parecia que tinha levado umas bofetadinhas ao de leve nas bochechas! E ela têm cor de pele assim meio "caramelo", por isso se eu notei a base e o blush, imaginem como ela estava - se lhe desse com uma almofada, ficava lá a cara dela pintada ou até se juntasse um pouco de água, fazia uma máscara de gesso - Ao ficar a olhar para ela naquele estado e ela mega alegre a falar comigo, logo pela matina, ela devia de ter desconfiado pois já me conhece extremamente bem para saber que se eu fico a olhar seriamente e a franzir as sobrancelhas e fazer caretas, algo se passa. Até que lhe digo:
- Olha lá gaja! Mas que se passa contigo hoje? Andaste a dar no blush e na base sem dó nem piedade como se não houvesse amanhã ou o quê?
- Hein? Ahhh Mas tenho assim tanto?
«Porra» pensei eu - Mulher, isso vê-se ao longe.
- Ah, é que eu perguntei ao Manel - nome fictício do marido - como é que eu estava e ele disse que eu estava linda!!
- O Manel têm mazé de usar óculos, é o que tenho para te dizer.
Depois lá fomos as duas para a casa-de-banho, tentar remediar a situação.
Gajos, pá! Cá para mim, devia de estar com medo de violência electrodoméstica, só pode. Ela parecia uma boneca de porcelana versão indiana!! As bochechas até faziam um círculos de blush rosa... Supé discreto.
Bem, há gostos para tudo. Se bem que eu continuo a dizer... se lhe batesse ao de leve na cara, começava a rachar tudo, tal a camada.